PRÓLOGO
Reiterando ou exatamente reproduzindo o
prólogo do meu segundo Blog: ─ Este é o meu quarto blog ─ de uma série de
muitos sobre vários assuntos que pretendo paulatinamente postar. Se o conteúdo deste
não for o assunto que possa lhe interessar; todavia, creio ser bem possível que
dentre os futuros, de alguma forma, algo possa vir ao encontro do seu interesse
ou até “de encontro” (contra) a isto ou aquilo que lhe interessa ou possa lhe
motivar atrativamente pela controvérsia. Eu, na maioria das vezes, aprendo
muito mais quando sou contestado, ou objetivamente quando alguém, de forma
detalhada, traz para o meu exame exatamente aquilo que ainda não entendi ou é
exatamente contra o que defendo.
AGRADECIMENTO
a
Aproveito de igual modo, para agradecer
de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais trinta
Blogs de estudos estão sendo visitados por milhares de pessoas no Brasil, e em
mais de quarenta (40) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior do
que no Brasil. Isto enseja o meu muito
obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus estudos sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto,
como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima
seriedade na direção de ser útil a todos nós seres humanos... Também lhes
informo que estou aberto às contestações sérias que visem ajudar esse
intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Também
informo, que em função da saudável controvérsia suscitada por mim para o termo
homofobia, que está tendo conseqüências; acresci o estudo nesse pormenor no
final Deste Blog. Para acessar os demais, dos atuais catorze Blogs, clique no
link perfil geral do autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando
clicar no título de cada um para acessá-lo.
b
Ainda, vale à pena informar de
forma antecipada aos estudiosos de filosofia que possivelmente discordarão da
leitura que faço das obras de Platão nos comentários feitos neste e outros
Trabalhos ; que antes de estribarem-se
naquilo que têm aprendido sobre elas no decorrer da história quanto à autoria atribuída a Platão, por exemplo: da
“Alegoria (não mito) da Caverna”, e outras coisas atribuídas
a ele; que leiam antes, depois ou concomitantemente o meu primeiro Blog
SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO (clicar link do perfil do
autor e depois o nome do Blog na lista que aparecerá); no qual identifico o
genialíssimo Platão como MODERADOR CONTEMPLATIVO
aquele que não emite opinião, nem
modera de forma incisiva os debates nos fóruns criados por ele em cada
uma de suas obras sobre vários assuntos e os legou a nós, toda humanidade...
Ainda, se você não consegue entender o que um brasileiro simples morador no Rio
de Janeiro, na criticada Baixada Fluminense: diz aqui sobre as obras de Platão.
Pense primeiro no que disse Maquiavel sobre a opinião da Maioria e Nelson Rodrigues
parafraseou. Caminhe até próximo de Platão em seu aluno Aristóteles, que
escreveu a obra A Política: uma exata
antítese da obra A República de seu
mestre Platão, também fez sérias críticas a Sócrates em outra obra: Ética a Nicômaco. Do que, quanto à
leitura da Maioria, diferentemente,
Aristóteles leu e entendeu: como eu, exatamente aquilo que cada filósofo disse
nessa e naquela obra, e na A República.
Quando nesta Sócrates em debates maiêuticos com Glauco e Adimanto, irmãos de Platão: produziu a pérola
socrática, conhecida mundialmente como A
Alegoria da Caverna ─ que não pode, nem deve ser chamada de Mito. E quanto
aos reparos que fez: contestou nominalmente a Sócrates em alguns de seus
postulados; porquanto foi assim que Aristóteles entendeu o que Platão escrevera
em seus, não diálogos e sim debates, de igual modo eu assim entendo e todos
deveriam racionalmente ler e entender os escritos de Platão, pois não há
opinião objetiva dele em suas
obras.
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
COISAS IMPORTANTES SOBRE
IGREJAS EM CÉLULAS
1
Esse assunto ou objetivamente essa prática de igrejas
em células, que foi se sofismando desde a sua primeira abordagem como o G12,
sempre me causou grande preocupação como demonstrei desde o meu primeiro livro,
quando identifiquei essa idéia de maneira sintética, chamando-a de
contraposição à Igreja de Cristo. Agora, de maneira bem mais detalhada e
veemente, procurarei mostrar a você que já tem aceitado essa idéia por não
conhecer os objetivos embutidos nela e a sua falta de embasamento bíblico;
também a você que a tem rejeitado por não entendê-la como bíblica ─ que espero
poder lhe ajudar mais nessa direção ─, e
de igual modo a você que sinceramente está em dúvida sobre esse importante
assunto ─ creio ser realmente importante pela sua impertinência junto à prática
das verdadeiras igrejas de Cristo.
2
Creio, e quem me conhece o sabe plenamente, que
entendo ser do interesse do nosso Deus e seu Filho, o Senhor Jesus, que devemos
“examinar exaustivamente as Escrituras, em conseqüência conhecermos a verdade e
sermos de fato libertos”. Isso demanda e pressupõe a constante preocupação em
saber; se o que aceitamos ou estamos praticando tem de fato base bíblica. Disso
resulta ─ entendo eu ─; para aquele que estuda e pesquisa cada vez
mais para ter como avaliar tudo o que surge de novo, inclusive, às vezes,
envolvido numa auréola de sérios sofismas; para quem estuda e também ensina ou
escreve; surge ou se consolida a advertência do Senhor Jesus, conforme Lucas
19. 39-40 ─ Nisso disseram-lhe alguns dos fariseus
dentre a multidão: Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem,
as pedras clamarão.
3
Tomo esta advertência para mim, e creio (como sugestão)
que todos devam fazer o mesmo; daí tenho me posicionado sistematicamente nessa
direção e de forma concomitante tenho orado e pedido a irmãos que orem por mim
nesse pormenor, para que eu de alguma forma, possa corresponder às expectativas
do Senhor para a minha vida, também ─ me permito dizer, a de cada um de nós.
4
Como já afirmei acima, vou buscar neste não se calar,
primeiramente mostrar a improcedência bíblica deste negócio chamado igrejas em
células, que no seu conjunto de ensinamentos ─ encontrado na sua literatura, que
até contradiz a ciência ou mecanismo que usa: que é a psicopedagogia, nela
usada de maneira predatória ─, quando não busca ensinar que se faça de maneira
inteligente, madura, racional e ascendente, e sim alienante e descendente,
tornando os ensinados por essa pedagogia nos pacíficos crentes condicionados;
que tem também dentro do seu processo de ensino uma forte vertente psíquica,
que é com muita habilidade confundida com o espiritual ─ talvez pela sua essência
que é o psique (alma). Em síntese, é isso que você encontrará em estudos de
implantação de igrejas em células: Um conjunto de ensinamentos coercivos e
alienantes, aplicados de maneira intensiva ─ para não dar tempo de
raciocínio ─, cujo objetivo é o de
tornar os membros dessa igreja (os participantes das células), como aqueles
obedientes participantes que não pensam e tão-somente agem fazendo o que lhe
mandam. Tudo isso é literalmente a psicopedagogia às avessas sendo
praticada.
5
Perdoe-me,
se mais à frente ─ nos parágrafos de vinte e nove ao de número trinta e três ─,
irei novamente bater nesta mesma tecla dessa improcedente e absurda heresia em
sua essência. Não havendo, absolutamente, qualquer dita estratégia bíblica de
evangelização ou esse dito fantasioso modus
operandi no proceder dos apóstolos no início da Igreja e das igrejas,
conforme os primeiros relatos de Atos dos Apóstolos. Sendo, diferentemente,
esses procedimentos deles foi o exato descumprir do incisivo IDE de Jesus: Mateus 28.
18-20, Marcos 16. 15-16, Lucas 24. 47 e Atos 1. 8... Isto quer dizer que, de
fato e diferentemente são: a Comissão dos Doze (Mateus 10. 1-14, Marcos 6. 7-13
e Lucas 9. 1-6) e a Comissão dos Setenta (Lucas 10. 1-1); que não se daria a
ela o nome de estratégia, mas sim, o exato inteligente fazer (modus operandi) do evangelismo ─ ensinado por Jesus ─, praticado por eles e sendo
o que deve ser praticado por qualquer cristão ou igreja que professe de maneira
séria o nome do Senhor Jesus. E de maneira nenhuma a prática institucional
de Grupos Pequenos, Grupos Familiares, G 12, ou outro G de qualquer número,
Igrejas em Células ou outro qualquer expediente antibíblico... Senão
observe o que fazem as Testemunhas de
Jeová em seus trabalhos de evangelismo, que é exatamente o que fora ensinado
e ordenado por Jesus, conforme vou reiterar no parágrafo de número oitenta e
oito (88). Trabalho esse com todas as nuances, inclusive, de racionalidade e
preservação do lar daquele que evangeliza, porquanto o evangelismo é feito de
casa em casa de todos os evangelizados e no caso da possibilidade de estudos
bíblicos, são sempre feitos na casa desses (aqueles a quem
se prega) e não na dos evangelizadores...
6
A falta de conhecimento bíblico somado à má
intenção de enganar as pessoas visando poder político, promoção social e locupletar-se
com o dinheiro de tolos é que acaba ensejando todo esse mar de heresias ─ não
estando eu falando agora somente dessa dita estratégia ─, tais como rosas ungidas, águas milagrosas, sal
grosso, banhos aqui e ali e essas outras coisas mais elaboradas: toda sorte de
campanhas e correntes e por fim (como já citei): uma série de ditas estratégias
e procedimentos, que indevidamente dizer existir na Bíblia e outros modismos
contemporâneos que diuturnamente vão incidindo neste negócio caça-níqueis, que há
muito tempo deixou de ser o Evangelho do Senhor Jesus.
7
Por este motivo postei este Blog. Leia-o com
carinho, pois o escrevi na direção de responder a tudo isto de maneira
detalhadamente bíblica, com toda a grandeza necessária quando se caminha na
real direção do texto sagrado. Também desejando àqueles que acreditam nessa estratégia,
e os que a usam, estudem com carinho tudo o que aqui explicarei, porquanto,
estará exatamente dentro do direito de liberdade religiosa. E, de igual modo,
atentem para o fato, de que a Igreja católica romana, a qual nós evangélicos
criticamos e acusamos a todo o tempo, tem se comportado de maneira plenamente
democrática, nesse direito de divergir quanto à fé dos que têm a mesma regra Constitucional,
que é a Bíblia. Obedeçamos a Deus e respeitemos o direito de cada um em
divergir e ensinar com detalhes aquilo que verdadeiramente está contido na
Bíblia.
8
No caminhar na direção do responder biblicamente estas
questões; quero começar a fazê-lo através de Paulo na sua segunda carta a
Timóteo, que é uma espécie de resumo das advertências, ensinamentos e
considerações finais, pois foi nessa carta, II Timóteo 4. 6-8, que ele falou da
sua morte próxima e neste mesmo capítulo fez uma advertência profética muito
séria, conforme II Timóteo 4. 3-5 ─ Porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de
ouvir coisas agradáveis (a tradução exata é: tendo comichão nos ouvidos),
ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão
os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em
tudo, sofre as aflições, fase a obra de um evangelista, cumpre bem o teu
ministério.
9
Em toda a trajetória histórica que se seguiu, isso
veio acontecendo contra a Igreja; sendo que de maneira terrível no final do
século III e até o século XVI, quando aconteceu a Reforma. A partir daí a coisa
se deu e tem se dado ou acontecido, não mais de maneira truculenta, mas, sim de
forma sutil e sofisticada, conduzida por líderes semideuses, pregoeiros
e doutores de estratégias milagrosas e mirabolantes ─ que segundo esses ─, não foram pensadas por Deus e por seu
Filho o Senhor Jesus, mas que agora Deus as está revelando, e afirmam
categoricamente ser para o crescimento da Igreja... Das igrejas, sim, da manipulação
de mentes, do poder de mando destes, e também, do fim e objetivo maior do poder
sobre muitos e o conseqüente enriquecimento desses líderes. Foi isto que Paulo
viu de maneira profética, senão, leia também e que ele disse na carta anterior,
I Timóteo 6. 9-21, que reproduzo partes por ser o texto extenso ─ Mas os que
querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências
loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o
amor ao dinheiro é a raiz de todos males; e nessa cobiça alguns se desviaram da
fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores. (...).
10
Tendo eu falado de interpretação bíblica, Escola Bíblica
e o dito discipulado e feito crítica severa a qualquer estratégia de grupos
institucionais; tais como células e congêneres, quero aproveitar por ter feito
a contraposição a partir da ação do maravilhoso casal Áquila e Priscila,
grandes evangelizadores, de fato discipuladores, e por a igreja de Roma
ter precariamente, no sentido do transitório, se reunido na casa deles (Romanos
16. 3-5); têm sobre si essa pecha ou “acusação moderna” de terem tido em sua
casa uma célula; quando na realidade era ali a igreja de Roma, na sua fase
transitória ─ é assim que vejo este modismo. Porque é pseudo o fundamento
bíblico de igrejas em células, pois não tem de fato base bíblica; porquanto os
textos que falam de igrejas em lares, referem-se a períodos de transição e são
poucas estas referências. Como a experiência e dificuldades com a guerrilha
tida por César
Castelanes, na Colômbia; mas, decididamente, não a dita revelação
estratégica de David
(Paul) Yonggi Cho, porque as igrejas que estavam nos lares eram plenas
igrejas e não pedacinhos, fração, ou uma determinada igreja dividida em pedaços
aqui e ali com o controle de uma central do igrejão do pastorzão.
Será que os defensores de células ─
deveriam, por coerência ─, também criar células em catacumbas e cemitérios como
se reuniram os crentes de Roma no passado? Será que vamos continuar seguindo
esse tipo de coisas, como folha ao vento, que vez outra aparece no nosso
universo evangélico?
11
O pressuposto de igreja em células é tão repugnante
que nem mesmo o postulado de Nicolau Maquiavel; os fins justificam os meios, consegue
legitimar algo totalmente dissociado dos verdadeiros ensinamentos bíblicos, no
que, a inteligência de Maquiavel não concordaria com fins escusos, justificados por
meios nobres.
12
Sendo didático e bem elementar; obviamente, embora não
concorde, admito a força lógica desse postulado de Maquiavel. Porque se tenho um fim ou
objetivo nobre, cabe lutar e buscar fazer com que ele se realize na visão desta
cartilha (que é essa obra dele, como expliquei no primeiro Blog), daí Maquiavel
concluir que os meios, não precisariam necessariamente ser nobres, porquanto
nessa visão dele, que reitero, é lógica, embora não o aceite, até porque eles
estariam em função dos interesses do “Príncipe” (metáfora do poder que quer se
consolidar) e decididamente os fins não justificam os meios, ainda que estes
fins tivessem “importância” muitíssimo acima dos meios
13
Considerando igrejas em células, temos exatamente o
contrario, que nem Maquiavel teria nada a ver com isto, fins e objetivos escusos,
buscados e perseguidos por “meios nobres.” Nobres, sim! Porque, cultos,
reuniões de oração, reuniões para estudo bíblico, de confraternização e etc.
nos lares, é salutar, e uma prática sine qua non de qualquer igreja
séria, portanto nobre e necessária, sem tornar-se instituição com outros fins.
14
Se você torceu o nariz quanto ao que estou dizendo;
peço em nome do Senhor Jesus, continue lendo com atenção, pois vou tentar
explicar de maneira contundente, inclusive antes fazendo um pequeno retrospecto
dessa relação com Deus, que se deu no decorrer da história primeiro através do
tabernáculo, do templo e por fim das sinagogas. Também no fazer esse
retrospecto buscarei mostrar os plenos erros bíblicos desta estratégia humana e
nada inteligente; de igual modo, as várias incoerências psicopedagógicas,
psicopedagógicas sim, porque os seus procedimentos de ensino (pedagogia) ou efetiva
implantação da idéia têm basicamente componentes de alienação e
condicionamento, como se fora exatamente a prática da psicopedagogia às
avessas, com a agravante de em alguns momentos do processo, literalmente
promover o aflorar do conflito, justamente na decantada vertente maior que é a
dita comunhão... Caminhemos na avaliação de tudo isso de maneira pormenorizada.
15
O período que compreendeu a presença do tabernáculo
entre o povo de Israel, foi o da pós-saída desse povo do cativeiro do Egito (século
XV a.C.) até o início do reinado de Salomão (século IX a.C.), que foi quem
construí o primeiro templo, destruído posteriormente por Nabucodonosor,
início do século VI a.C. Quando no período de Moisés, Josué e dos juízes, esses
foram efetivamente como representantes políticos da nação emergente,
ressalvando de um modo mais especial a pessoa de Moisés, que de fato também
exerceu a função como de um sumo sacerdote que não seria para se estranhar,
pois Moisés era da tribo de Levi, porquanto, na verdade, desde o início fora o
que relacionava de fato o povo com Deus, todavia, o sumo sacerdote oficial era
seu irmão Arão. Estou buscando informar, e ao mesmo tempo chamar a atenção de
que é preciso muito cuidado com certos tipos de conclusões tendenciosas quanto
a esse ou aquele líder, evento ou conceito bíblico.
16
Quero e voltarei ainda a falar sobre Moisés,
entretanto tivemos em Josué, seu sucessor o seguimento dessa caminhada. Josué,
servo fiel do Senhor Deus e general que comandava os homens de guerra de Israel;
teve no suceder a Moisés; que conciliar mais duas incumbências (ou ministérios),
anteriormente exercidas transitoriamente por ele. Na conquista da terra
prometida, Josué vivenciou até um fato que lhe fugiu á avaliação prévia (Josué
9. 1-27), quando foi enganado pelos gibeonitas, numa perfeita representação
teatral que citei como manifestação dessa arte entre os judeus muito antes que
na Grécia; convenceu a ele e aos príncipes de Israel a fazer com eles um pacto
de amizade, dizendo que moravam distante e fora da região da terra prometida.
17
Em Josué tem-se a conquista da terra prometida em
quase sua totalidade, agindo ele como líder principal na coordenação política
da nação embrionária, general no comando de batalhas; como a mais importante
delas a da conquista de Jericó, onde as muralhas foram milagrosamente
derrubadas por Deus, e também como líder religioso junto ao sacerdote Eleazar,
conforme Josué 14. 1, 17. 4, 19. 51 e 21. 1. Todos esses acontecimentos ainda
com a presença do tabernáculo entre eles.
18
Como nós sabemos ou devemos saber; a lei de Deus
previa que os da tribo de Levi não teriam possessão, não participariam da efetiva
divisão da terra conquistada; entretanto, hoje praticamente todos os que se
intitulam levitas querem possuir tudo, e essa idéia de igrejas em células está
exatamente em função de criar macro impérios religiosos com donos. O grave
quanto ao que estou querendo informar é o fato desses buscarem alinhar tudo o
que aconteceu no passado à igreja de hoje, dando interpretações indevidas e
tendenciosas para normas e procedimentos que foram específicos daquela época e
já são passados.
19
Isto, com relação a Josué, e demais líderes daquele
período, senão, suas atitudes morais e espirituais como indivíduos. O conjunto
de eventos ligados a eles não são exatamente modelos ou normas a serem seguidas.
A legislação, rituais e tudo o que aconteceu no passado, foram fatos
específicos, alegóricos e transitórios, que vale a pena se fazer um estudo
sério da epístola aos Hebreus, que somente os princípios e atos de confiança em
Deus (fé) se universalizam, por serem atemporais. E quanto aos levitas e a sua
presença em todo território de Israel; há uma sinalização importantíssima que
caminha na direção da fragmentação dos locais de culto, que foi o colocá-los
residindo em todos os núcleos de propriedade de todas as tribos, conforme Josué
21. 19 (ler todo o capítulo 21). Isso sinaliza o que o Senhor Jesus ensinou à
mulher samaritana quanto à descentralização da adoração e culto, que é
sintetizada na grande comissão.
20
Esta descentralização foi um ensinamento vigoroso da
parte de Deus, e claramente demonstrado paulatinamente; na evolução de todo o
processo que teve dois momentos claros do rompimento com essa indevida camisa
de forca na era da graça, que é a presença de macro sistemas e mega congregações
com concentração de poder eclesiástico. A primeira manifestação desse
entendimento se deu no período da administração de Josué, quando membros das
tribos de Ruben, de Gade e metade tribo de Manassés edificaram um altar ao
Senhor; sendo isso inicialmente entendido como rebeldia, pois de alguma forma
foi entendido como o fracionamento do controle de culto, que naquela época não
era entendida como a correta, pois o período ainda era o da centralização,
coisa que foi plenamente esclarecida e posteriormente entendida (Josué 22.
10-34).
21
O evoluir deste processo; lembre que ainda voltarei a
Moisés, que também nos levará a Josué capítulos 23 e 24, quando ele fala da sua
idade avançada, traz à memória de todo povo toda a trajetória desde o cativeiro
egípcio, e os concita a continuar servindo ao Senhor; e numa frase de grande
efeito e sincera, conforme Josué 24. 15 ─ Mas, se vos parece mal o servirdes
ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram
vossos pais, que estava além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra
habitais. Porém eu e minha casa serviremos ao Senhor.
22
Após ter trazido à mente do povo tudo o que Deus havia
feito a eles, todos os ensinamentos da lei e instar para que continuassem
obedecendo a Deus. Ele não indicou um sucessor para si, porque Deus não o
mandou fazer, como mandara Moisés indicá-lo, entretanto insistiu que o povo
permanecesse no servir ao Senhor e depois disso morreu aos 110 anos de idade,
junto com sacerdote Eleazar (Josué 24. 29).
23
Tivemos no decorrer desta história os cerca de três
séculos de duração para o período essencialmente dos juízes, com a plena
ausência de lideranças pré-estabelecidas por Deus, quando claramente Deus
esperou; que tendo o povo todo arcabouço da lei e todo ensinamento de como
agir, eles se resolveriam religiosamente sem a intervenção de uma liderança
central, coisa que se repetiu no período não profético dos 400 anos a.C.;
induzindo que estes dois períodos, caminha no consolidar a regra de
sistematização, amplamente estudada neste livro, ao qual este subtítulo
pertence. Sendo o que estou ponderando neste parágrafo é que estes fatos
caminham não na direção de igrejas em células, frações de uma mega, e sim
pequenas igrejas com administração congressional plena quanto a tudo e
tão-somente se reportando a Jesus que é a cabeça da Igreja e das igrejas.
24
Como prometi, e estou de volta a Moisés de maneira
rápida e objetiva; primeiro ressalvando e reiterando que as lideranças do
Antigo Testamento tiveram suas funções com características específicas e
contemporâneas àquela época, inclusive como tenho demonstrado; com uma clara
trajetória paulatina ascendente que culminou com o ministério do Senhor Jesus,
e contextualizada nos textos de Gálatas 4. 4, Efésios 1. 10 e Hebreus 1. 1-3.
Isso quer dizer que decididamente a liderança de Moisés e de outros não são
modelo de administração de igrejas; até porque aquela religião era
essencialmente estatal, e a Igreja de Cristo foi estabelecida totalmente
desvinculada do Estado; daí o conflito do judaísmo com ela, e o tentar
envolvê-la com o Império Romano, como demonstro no subtítulo O sofrimento de
Jesus na cruz, do primeiro capítulo, do meu livro que este subtítulo é
parte.
25
Não use como exemplo a idéia de Getro, sogro de
Moisés, que foi posta em prática por ele e consentida por Deus para legitimar o
seu título com a de fato hierarquia, na chefia sobre ditas igrejas em células,
de bispo, apóstolo, missionário, pastor presidente; no pressuposto de que
Moisés tivera ascendência de fato e de direito sobre líderes e multidões;
entretanto antes de chegar a essa conclusão, identifique primeiramente o que
foi Moisés naquele momento histórico, o que foi Arão e o que foram os
sacerdotes. Moisés foi principalmente o líder político, e o representante
direto de Deus, naquele momento de transição, Arão foi o primeiro sumo
sacerdote, que teve sucessores até Jesus, não havendo sumo ou chefões de nada
após o Senhor Jesus, que é a cabeça da Igreja e das igrejas. Se houver alguma
duvida quanto a isso pergunte ao escritor aos Hebreus, pois na sua carta essas
coisas são explicadas, que ele lhe mostrará de maneira didática e plena serem
os sumo sacerdotes a transitada alegoria de Jesus, que findou com o seu
nascimento e início do seu ministério. O que sobrou foi o sacerdote, que é
alegoria do pastor, obviamente o que hoje existe legitimamente e abençoado por
Deus.
26
Para não me estender muito nesse assunto; vou
considerar o outro momento transitório que foi a chamada de Samuel por Deus
para juiz e profeta, que exerceu o seu ministério; tendo ainda como referencial
entre o povo de Israel e Deus, o tabernáculo ─ sendo ainda a continuação da
tentativa de Deus em promover a ausência de chefões eclesiásticos; que embora
você que está lendo este Blog ache contraditório essa minha conclusão ─ procure
estudar a Bíblia e todos os acontecimentos da história desse povo de Deus ─; não a partir dos efeitos e sim das causas
(raiz) ou efetivamente o que motivou esse ou aquele ensinamento e conhecimento.
27
A história narrada na Bíblia é conhecida de todos, ou
senão, ela aí está disponível para esse aprendizado e estudo. Samuel, Saul,
Davi, Salomão, a divisão em dois reinos, os profetas canônicos, a queda do
reino de Israel e a posterior queda do reino de Judá. Paro aqui para voltar a
Salomão. Por intermédio de quem foi construído o templo, e que mudou a
referência de culto e adoração, até então ligada ao tabernáculo. Que passou para
o templo recém construído, que ainda manteria historicamente, a prática
adoração centralizada.
28
Com a queda do reino de Israel, isso não se alterou,
pois o templo estava em Jerusalém que era parte do reino de Judá. Entretanto
com a queda do reino de Judá, a destruição do templo e o início do cativeiro
babilônico, a idéia dessa dependência; anteriormente do tabernáculo, depois do
templo, como fora quanto a alguns montes, ainda estava forte na mente até de
servos valorosos de Deus, como Daniel 6. 10-11; entretanto, de forma até
difícil de entender, foi a partir da destruição do templo a mando de Nabucodonosor
e o cativeiro de setenta anos; que os judeus começaram a construir as sinagogas
ou pequenos templos, para reuniões, estudo e orações, que se tornou no forte e
pleno referencial para as futuras igrejas que vieram na era da graça, inclusive
foi o modelo judaico do seria a E. B. D.
aos sábados.
29
Este é um pequeno retrospecto histórico
desses entendimentos; que inclusive com a reconstrução do templo consolidada em
515 a.C. se perpetuaram definitivamente como o verdadeiro modelo a ser seguido
até a consumação dos séculos. Sendo que esta deformação do macro prédios e da
mega membresia do catolicismo romano, que não tem nada absolutamente nada com a
Igreja de Cristo, assim como incorrem em um sério erro esses macros negócios
ditos evangélicos, que decididamente também não têm nenhum respaldo
bíblico.
30
Paulo, escrevendo aos Romanos 12. 4-8 e
de maneira mais abrangente em I Coríntios 12. 12-27 usou o corpo humano como
alegoria de maneira objetiva, o que é de fato cada igreja com suas diversidades
de personalidades e dons, todavia “una” no Senhor, que é a cabeça dessa e de
cada igreja que ele mostra em alegoria como sendo um corpo.
31
Tenho me preocupado muitíssimo com essa “novidade,
chamada igrejas em células”; para mim que sou Batista (as ainda de práticas
sérias), as que têm administração congressional; entendo que nesta dita
estratégia se abre outra deformação mais grave ainda do que os do sistema
episcopal; o qual já contempla esse mecanismo, que é o sistema “do braço maior
que controla núcleos distantes”. A IGREJA em CÉLULAS praticamente anula o
princípio bíblico de cada igreja ser autônoma, no qual, as células são de fato
mini-igrejas instituições que se reportam à sua mãe matriz. Que de maneira
coerciva induz aos da sua membresia a cederem suas casas para a existência
dessas ditas células, se possível o número a ser perseguido ser igual ao total
de famílias ou lares dos membros dessa igreja-mãe.
32
Dentro desta indevida prática; temos o ensinamento por
meio coercivo totalitário de afirmar, que quem não aceita a idéia de igrejas em
células é alguém com falta de espiritualidade; sendo isso um expediente muito
forte de alienação; e também incompatível com a fé cristã, e pior, totalmente
desprovido de base bíblica, pois a existência de um determinado grupo
institucional, assim são as células, como parte ou propriedade de uma
determinada igreja-mãe, não tem decididamente nenhuma base bíblica, portanto
passível de pleno antagonismo.
33
Trazendo à mente o disse anteriormente; que o praticado
nas células, relevando-se o tipo de literatura e ensinamento com contornos de
alienação e até de discriminação e perseguição; quando citei como exemplo o
argumento dos defensores de células, que nada mais é senão um grupo de crentes
reunidos em alguma casa; no que, se diz serem as células o meio “mágico” que permite que a igreja
esteja presente em condomínios fechados; que de outra forma não seria possível.
34
Mentira para enganar a tolos ou um erro inocente de
quem não avalia com seriedade o que diz e ensina ─ prefiro acreditar na segunda
opção, pelo menos para uma parte dos defensores dessa dita novidade
estratégica. Porque como quando e onde se estabelece uma célula, é exatamente
isto. Na casa de um crente, que viabiliza a entrada de outros crentes nesse
condomínio fechado ─ ou em qualquer outro lugar que se resida, e se convida os
que ali moram, como ele, para essa reunião. Fora desses pressupostos nenhuma maravilhosa
célula se instalará em qualquer condomínio.
35
A questão substantiva quanto a esta reunião, que foi
viabilizada por esse crente que mora nesse condomínio, será para mim ou para
qualquer pessoa que não saiba a orientação desta reunião; não sabendo o nome
dado a ela, se célula, com todos os seus ensinamentos ou se aquela maravilhosa
reunião, se de oração, culto, estudo bíblico ou confraternização; há séculos
realizados por membros de diversas igrejas em todo o mundo, sem nome específico
e sim o que toda igreja faz ou se não o faz deveria fazer; todavia sem as projeções
de crescimento monitoradas por relatórios de condicionamento em todos os
sentidos (robotização mental).
36
Paulo,
nos dois textos citados anteriormente fala de cada igreja em alegoria como
sendo um corpo e mais detalhadamente em I Coríntios 12. 12-27; que permite
especular; se há dois mil anos passados, lá na época de Paulo, já se tivesse o
pleno conhecimento sobre as várias ciências, inclusive o átomo, a física, a
química e a biologia como o temos hoje, ele usaria para a sua comparação das
igrejas com o corpo; não os membros e órgãos visíveis, e sim, de maneira
perfeitamente correta pela sua parte menor, exatamente as células.
37
Ele, como fez de maneira didática usando membros e
órgãos visíveis da constituição humana e concomitantemente fazendo a associação
com o corpo (uno), cuja cabeça é Cristo; certamente ─ especulo que o faria a
partir das células, como concluí acima ─,
no que mostraria células diferentes quanto às suas funções e características
físicas diferentes, quando na formação dos diversos tecidos. Possivelmente
falaria do tecido sangue que irriga todo o corpo, e como a própria Bíblia
ensina, ser a vida do corpo (o elemento vital), Gênesis 9. 4 e Levítico 12.
10-12, também citaria o tecido dos órgãos intestinais, pois ele fala de membros
menos honrosos; de igual modo falaria dos tecidos dos órgãos genitais, porque
também ele fala dos órgãos menos decorosos.
38
Finalmente ele fala da plena interligação entre cada
órgão do corpo; quando conclui, que o sofrimento ou dor de um deles é sentido
por todo o corpo, no que, concluiria sobre as células; que não há como, sem um
trauma, ainda que por meios científicos modernos, separar as células do seu
tecido e da sua intrínseca relação com todo o corpo.
39
Afirmo com toda a certeza; que do ponto de vista
teológico e da alegoria com o biológico, ser totalmente improcedente a
denominação “igrejas em células”; porquanto o pressuposto de que um grupo que
se reúne em uma casa é uma igreja, sendo esta a verdadeira referência bíblica,
decorreria ser esse grupo um corpo que tem as suas conseqüentes células;
obviamente não podendo o grupo (igreja), que é um corpo, ser considerado ou
chamado de célula ─ que seria fração de algo que não existe. Pois “igrejas” são
instituições e parte da IGREJA, que não é instituição, e do ponto de vista
corretamente bíblico, cada igreja instituição também é plena e não se divide,
porque tem Cristo como cabeça, sendo cada uma delas um corpo; e se assim o
fazem, como têm feito, estará o missionário, apóstolo, bispo ou sei lá o que,
chefiando as igrejas plenas, cuja cabeça é Jesus, numa atitude de usurpador e
literalmente anticristo.
40
Quando falei de Maquiavel ─ “os fins
justificam os meios” ─, e constatei que igrejas em células são exatamente os
meios justificarem fins, é porque os meios se mostram claramente
nobres, entretanto, os fins de maneira evidente caminham na direção do exercer
domínio: De mando, financeiro, controle efetivo dos grupos e até economia para
a matriz, quanto a gastos decorrentes ─ já
comentei sobre isso ─, do lugar onde se
reúnem os grupos, como alguns defensores dessa prática dizem ser esse um ponto
positivo e importante desta idéia.
41
Objetivando esta questão células. Qualquer igreja
local pode ser mostrada em alegoria a partir da idéia da igreja como um corpo
humano, no pressuposto de que o Senhor Jesus é a cabeça desse corpo, conforme
Efésios 5. 23 ─ porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo
da igreja, sendo o próprio salvador do corpo.
42
O que teríamos para todas essas considerações seria
que a partir da idéia de que um corpo é formado por membros e órgãos, como na
alegoria bíblica e também de fato por milhões de células; que representaríamos
isso de maneira objetiva através do desenho de um corpo humano normal e com uma
cabeça estilizada, com o nome Jesus Cristo ou Jesus ou Cristo, que seria a
mesma alegoria (corpo) seja em função de órgãos ou células.
43
O sistema de igrejas em células, que pretende ser
corpo; deveria ser representado por uma silhueta do corpo humano, tendo
desenhado dentro dessa silhueta varias “ditas células”, que poderiam ser em
forma de pequenos círculos encostado um no outro, como fiz na representação que
tenho; no que, esses pequenos círculos seriam as diversas mini-igrejas
controladas por uma determinada matriz, cuja cabeça é um pastorzão ou
bispo ou apostolo ou presidente ou ainda exatamente o que é de fato todo aquele
que ocupa o lugar de Cristo: simplesmente anticristo, conforme I João
2.18. O exemplo deste parágrafo mostra um pretenso corpo, cujas células estão
juntas pela ilusória silhueta de corpo e não intrínseca e plenamente ligadas
como num corpo verdadeiro ─ não por uma arbitrária osmose e sim numa de
fato bio-junção celular ─, inclusive com
a cabeça verdadeira, que é Cristo. Quando citei acima o texto da primeira carta
do apóstolo João quanto aos anticristos e os vinculei aos chefões dessas
igrejas que deturpam o Evangelho, isto é muito claro e tranqüilo, pois a idéia
de um único anticristo, que virá e
dominará o mundo é totalmente desprovida de base bíblica. Porque o poder que
dizem, será desse tal anticristo, já está no mundo desde o início da era
cristã. E também dos anticristos, assim informou João nesse texto
citado, que é todo aquele que de alguma forma age contra Cristo ou as verdades
do Evangelho ─ mostro isto num livro a ser editado sobre escatologia. Estudemos
melhor com seriedade este assunto!
44
Depois deste pequeno retrospecto histórico sobre o
início de como o povo de Israel se relacionou com Deus na era da lei, a
sinalização de como se relacionaria após o ministério do Senhor Jesus ─ agora
juntamente com os gentios ─, e as
considerações que fiz sobre a idéia de células, que demanda e é possível
mostrar, que essa deformação contemporânea chamada igrejas em células, teve, de
alguma forma, o seu pleno referencial num determinado momento do início da
Igreja primitiva; também traçar a verdadeira trajetória da Igreja espiritual de
Cristo, que se desdobrou na criação das igrejas, instituições do Novo
Testamento, que são parte dela.
45
O verdadeiro modelo bíblico de evangelismo
foi e é o ensinado por Jesus; que consiste primeiramente em ir de casa em casa,
podendo ali permanecer por algum tempo pregando aos vizinhos em volta desta
casa; desde Jerusalém e toda a Judéia (nossa vizinhança e o Município), Samaria
(o Estado e o País) e até os confins da terra (outros Países). Isso Jesus fez e
coordenou os seus discípulos fazerem enquanto ainda estava com eles antes da
sua crucificação, morte e ressurreição.
46
Estranhamente,
após ter estado por 40 dias com os seus discípulos e imediatamente antes de ser
assunto aos céus, lhes dar uma objetiva e grave ordem, que cabe também a nós
hoje ─ Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e
até os confins da terra que é a grande comissão de Atos 1. 8. Eles
resolveram especular na direção da volta eminente de Jesus, no “se
eu quiser que ele fique até que eu venha que tem tu com isto?”
(João 21. 22-23). Propositadamente reproduzi esse texto do grave ide de Jesus
constante também no livro dos Atos dos apóstolos, justamente porque é neste livro
que temos basicamente toda a fundamentação ou o falso fundamento bíblico de que
a Bíblia respaldaria como regra a ser seguida a idéia do igrejão
estabelecer um ponto de cooptação na casa de cada um dos seus membros ─ digo de
maneira grave e veemente, cooptação ─, por causa do processo de coerção usado
na manipulação e o perfil de alienação da Literatura usada.
47
Tenho eu, e qualquer pastor sério, a obrigação de
estudar com toda inteligência e aplicação o texto sagrado. Isto quer dizer que
qualquer pessoa que seja inteligente e responsável ─ não se deixando manipular
por líderes cridos como espirituais e doutores nesse específico assunto ─;
ainda que sinceros e inocentes úteis, verá de maneira clara e objetiva, que os
relatos dos sete primeiros capítulos do livro de Atos, excetuando a fala de Jesus
e dos anjos, Atos 1. 4-11 são fatos que mostram um agir dos discípulos fora dos
propósitos estabelecidos por Jesus; quando fizeram o pregar somente para judeus
e estarem todos ali reunidos em torno da mega membresia da igreja de Jerusalém,
e é justamente ai que os defensores dessa “dita estratégia evangelística melhor
do que a de Jesus, as igrejas em células”, que vão ao encontro de
pastores gananciosos e se aproveitam dos pastores sinceros inocentes úteis para
difundirem essa idéia plenamente humana, apoiada nesse momento atípico, e
lamentavelmente vão de encontro (contra) com o verdadeiro Evangelho de
Jesus.
48
Peço até que me perdoem todos os queridos pastores que
aceitaram ou estão namorando essa idéia como se fosse bíblica ─ os
irmãos precisam estudar mais e melhor as Escrituras sobre esse assunto. E
se após lerem varias vezes os sete primeiros capítulos de Atos e darem uma
atenção especial a Atos 8. 1 e todo o seguimento dos demais capítulos e não
concluírem negativamente contra igrejas em células; creio que estaremos com
grandes dificuldades para entender a Bíblia, todavia para ajudar um pouco mais,
vou reproduzir uma fala de Jesus e de João; no momento de sua estada com sete dos discípulos junto ao mar
de Tiberíades; quando profetizou o seu futuro estar com João em revelação na
ilha de Patmos no ano 95 (Apocalipse), que eles entenderam e divulgaram que a
volta de Jesus seria eminente; tanto que Pedro faz na sua segunda carta no
capitulo três uma espécie de mea culpa quanto à zombaria decorrente
dessa não volta eminente. Que eles divulgaram e estacionaram ali em Jerusalém
esperando essa volta imediata de Jesus, inclusive praticando uma espécie de
“comunismo cristão”; coisa atípica que nunca mais aconteceu na Igreja de Jerusalém
e em nenhuma outra.
49
O texto que me refiro é o de João 21. 21-24 ─ Ora,
vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor e deste que será? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele
fique até que eu venha, que tens tu com isto? Segue-me tu. Divulgou-se,
pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer.
Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: Se eu quiser que ele fique
até que eu venha, que tem tu com isto?
Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e
sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Deu para entender? Embora Jesus
lhes venha ordenar de maneira grave mais próximo da sua partida ou ascensão,
que pregassem a todas as pessoas de varias nações e povos; eles preferiam ficar
com a conjectura de que Jesus voltaria antes de João morrer, o que chamo de
escatologia de Pedro; e foi preciso o Senhor levantar a Saulo (Gálatas 1.
15) para perseguir a igreja e ela deixar de ficar ali em volta das mesmas
casas partindo o pão; naquele evangelismo chocho que não era o ir de casa
em casa dos que não conhecem a Jesus, conforme ele mesmo havia ensinado; que
voltou a acontecer vigorosamente a partir de Atos capítulo oito. Não é
exatamente o texto de Atos 2. 42. 47 o referencial maior das igrejas em
células? O que estou afirmando mais uma vez é que não há a mínima base bíblica
para fundamentação de igrejas em células; e pelo contrário, os fins embutidos
nessa idéia são exatamente o do macro controle do grande número de fiéis e de
grande massa de dinheiro como no caso de David (Paul) Yonggi Cho. Diferentemente
o texto sagrado sinaliza a idéia de pequenas igrejas independentes, e
distribuídas (localizadas) em vários lugares, não como células ou pedaços aqui
e ali sendo propriedade de algum igrejão. Uma determinada igreja ter
núcleos, que chamam de células, em todas as residências dos seus membros; e
fazer com que os vizinhos participem, é de fato uma estratégia humana, todavia,
matematicamente interessante, pois projeta até um crescimento em progressão
geométrica ─ ressalvando a coerção e alienação ─, entretanto não foi isso que Jesus ensinou
e o praticado pelos apóstolos. Por este motivo rogo em nome do Senhor Jesus que
não continuem ensinando isto desta maneira agressiva como se tivesse base
bíblica e ser uma espécie de correção de Deus para um evangelismo que
o Senhor Jesus praticou e ensinou errado. Quanto a isso, não esqueçamos que
somos crentes em Cristo através do Evangelho pregado de dois em dois indo de
casa em casa, como ensinou o Senhor Jesus e foi praticado pelos seus discípulos
e os primeiros cristãos.
50
Assim como os fatos relatados nos primeiros
sete capítulos de Atos dos apóstolos se afunilaram no que chamo de Escatologia de Pedro, também demandou
uma ação vigorosa contrária ─ exercida por Saulo ─ com permissão de Deus. De
igual modo, aquela espécie de “comunismo cristão,” que é hoje o principal
referencial do modismo igrejas em células, foi rejeitada pelo Espírito Santo de
Deus, e voltou a ser exatamente o “Ide e pregai”, indo de dois em dois, como
está claro na grande comissão, o ide e pregai; que fora feito pelos membros da
igreja de Jerusalém dispersa e de maneira efetiva por Paulo e depois pelos
demais discípulos.
51
As considerações feitas até agora me permitem dizer
enfaticamente que os apóstolos e os membros do igrejão de Jerusalém, após
deixarem aquele proceder parecido com o que chamam hoje de igrejas em células,
e agindo exatamente como Jesus ensinou; em Antioquia, eles foram efetivamente
vinculados à pessoa de Jesus, sendo chamados de cristãos, conforme Atos
11. 26, ou o fato de agirem não mais parecidos com o que hoje denominamos
igrejas em células, foi o que tornou possível eles serem chamados de: Seita
do Nazareno, os do Caminho e por fim de Cristãos.
52
No pressuposto de ter sido entendido o que
significou e como aconteceram exatamente aqueles primeiros eventos pós a
descida do Espírito Santo; também entenderemos e constataremos que o perfeito
método ou estratégia evangelística de Jesus; de mandar ir de dois em dois de
casa em casa, é, foi e será até a sua volta o principal e a mais inteligente
estratégia ou método de evangelização. Pois o Senhor nosso Deus; deixou
acontecer àquela deformação registrada nos primeiros sete capítulos do livro de
Atos, que denominei de Escatologia de
Pedro; coisa que o Senhor
posteriormente reprovou de maneira contundente. Tendo usado a Saulo para
perseguir a igreja e acabar com aquela parecida e hoje malandramente
identificada como igrejas em células, que os defensores dessa idéia acreditam
ter acontecido esse tipo de coisa ali. Sendo que, esse deixar acontecer e
reprovação, foi para mostrar ─ como o acontecido após o que está relatado a
partir de Atos 8. 1 ─, que o evangelismo ótimo e todo suficiente ensinado por
Jesus durante o seu ministério é o que seria usado para evangelizar todo o
mundo, como foi feito a partir dos membros da igreja de Jerusalém ─ quando
dispersa e perseguida ─, e em seguida pelos apóstolos, principalmente Paulo. É
uma temeridade e até plena irresponsabilidade dizer que o evangelismo ensinado
e praticado por Jesus está desatualizado ou não contemplaria as necessidades estratégicas
de hoje ou que a estratégia humana de igrejas em células seria melhor que a de
Jesus.
53
Antes de falar sobre o ícone desse negócio chamado
igrejas em células, o reverenciado (Paul) Yonggi Cho, vale à pena ou é até necessário
que eu desenvolva ou trabalhe um pequeno raciocínio dos que defendem esse
entendimento, e de igual modo, ao desenvolver a pretensa trajetória bíblica
este entendimento; não usarei inicialmente o texto básico citado pelos que
defendem igrejas em células, que é como já citei: o de Atos 2. 42-47, que como
já expliquei foi um evento e um momento atípico, portanto não sendo referência
de nada nessa direção que querem dar,
mas antes quero me reportar a um texto e evento que também é usado
indevidamente pelos defensores desse modelo igrejas em células.
54
O episodio da morte de Uzá (II Samuel capítulo seis),
que antecedeu os três meses que a arca esteve na casa de Obede-Edom, o quanto
Deus o abençoou, e como Davi ─ após saber disso, reagiu favoravelmente em trazer
para junto de si a arca. Em primeiro lugar
─ Esse evento não deveria ser
usado como mecanismo de coerção e cooptação no conseguir lares para hospedar
igrejas em células ─, porquanto, ainda
que tentando aceitá-lo como pertinente, teríamos logo de imediato ─ se
Obede-Edom representa o crente dono da casa ─, conseqüentemente Davi representa
o pastor. No qual evento, vê-se um pastor se amedrontando em ceder a sua casa;
e de maneira truculenta, transferindo para sua ovelha uma responsabilidade sua,
que sendo informado dos benefícios de Deus a Obede-Edom (sua ovelha nessa
analogia), inteligentemente capitula do seu medo inicial de estar com a arca e
resolve trazê-la a para junto de si como era o objetivo inicial. Entenda também
que tudo aqui é inusitado, e envolve outras lições que não se ajustam como essa
idéia de igrejas em células. Porque o aceitar a coerção de ceder a casa para
que os vizinhos ali venham estar, só será de fato bom (sem a coerção e
preferencialmente na casa do evangelizado) quando motivado e precedido do ide e
pregai.
55
Ainda, a arca representava ou era exatamente
o elemento visível e palpável da presença de Deus naquela época do pouco e
conhecimento de Deus: reiterando, a arca era ou representava a Deus junto ao
seu povo! Sendo absurdo e até estupidez teológica compará-la com pessoas que
precisam ouvir o Evangelho e aceitar a cristo como salvador: estúpida e infeliz
comparação de quem pouco conhece da Bíblia, reitero; embora aqui desnecessária, poderia haver sim uma
inteligente comparação, diferentemente:
com os da Comissão dos Doze e dos Setenta, quando da estada deles
em alguma casa que os recebessem de forma receptiva: aqueles sim seriam
abençoados com a paz decorrente da comunhão espiritual dos evangelizadores com
o mestre Jesus; conforme os relatos nos três evangelhos chamados sinópticos citado
por mim no parágrafo de número cinco (5).
A título de coerência com o estudo bíblico vou procurar explicar melhor a
trajetória da devolução da arca do concerto, desde a sua estada com os
filisteus até o dançar de Davi quando do conduzi-la para a sua casa em
Jerusalém.
56
Coincidentemente essa trajetória da arca, teve o seu
início também num capítulo seis, precisamente em I Samuel 6. 1-18. No capítulo
anterior ─ o de número cinco (I Samuel 5. 12)
─, foi relatado todos os motivos
ou problemas pelos quais passaram os filisteus enquanto tiveram posse da arca.
Sendo o primeiro a ser atingido pelo juízo de Deus por essa posse indevida, foi
Dagom ─ o pseudo deus representado naquela imagem, que sendo a arca colocada no
seu templo; no primeiro dia seguinte, lá estava a estátua de Dagom derrubada
com o rosto em terra perante a arca do concerto... Inteligentemente, os
sacerdotes pagãos ─ como fizeram posteriormente quando do envio da arca ao
território de Israel ─, buscando evitar
a possibilidade de ser aquilo uma coincidência; eles levantaram a estátua e
deixaram a arca ali no mesmo lugar junto a ela.
57
No dia seguinte, a estátua novamente estava derrubada,
sendo que dessa vez, com a cabeça e os seus membros cortados ou somente o
tronco inteiro. Durante os sete meses que a arca do concerto esteve com os
filisteus, Deus feriu aquele povo com tumores e enfermidades. Os de Asdote ─ lugar onde primeiramente esteve a arca entre
os filisteus ─, resolveram mandá-la para
Ecrom; o que suscitou grande pânico entre os de Ecrom, que sugeriram que a arca
fosse enviada, não para lá e sim para Israel.
58
Na possibilidade de que você esteja questionando
quanto ao motivo de contar essa parte da história, tenha um pouco mais de
paciência, e continue acompanhando com atenção a narrativa e você verá esse por
que. Dentro do que chamei de atitude inteligente por parte dos sacerdotes
filisteus; isso se repetiu quando dos preparativos para o envio da arca para o
território de Israel. Quando os sacerdotes filisteus ordenaram que se fizessem
representações ou réplicas dos tumores em ouro e também enviassem jóias; pela
culpa da posse indevida da arca, para que fossem curados e se aplacasse a ira
se Deus sobre os seus deuses.
59
Creio que agora cheguei ao ponto crucial do chamamento
de atenção para o verdadeiro estudo da Bíblia, e o cuidado que devemos ter com
aquilo que estabelecemos como verdade, regra e procedimento quanto a preceitos
bíblicos; como tenho ponderado veementemente contra essa estratégia humana
abjeta, as igrejas em células, que se apresentam de maneira ostensivamente
infamante contra as que foram estabelecidas e usadas por Jesus, seus apóstolos
e os demais crentes no decorrer da história, como ultrapassadas e
ultrapassáveis. Quando, na realidade, elas continuam perfeitamente
contemporâneas, podendo tão-somente ter agregadas à sua prática os meios
modernos de comunicação.
60
O Senhor Jesus quando dos ensinamentos através da
parábola do mordomo infiel Lucas 16. 8, disse ─ E louvou aquele senhor ao
injusto mordomo por haver procedido com sagacidade; porque os filhos deste
mundo são mais sagazes para com essa geração do que os filhos da luz...
Temos no presente, diuturnamente na Mídia o expediente dos milagreiros que
trabalham a partir dos conseqüentes efeitos psicológicos, no curar ou
aparentemente curar algumas pequenas patologias psicossomáticas; as quais eles
têm todo o cuidado de previamente listar, quando enunciam o momento do orar por
diversas dores e perturbações aleatórias, quando, após veicularem isso para
milhões de pessoas via Mídia; posteriormente colhem os testemunhos, que na sua
ampla maioria é pura e simplesmente, o: “passou”... Não temos sido o
suficientemente sagazes ou inteligentes para avaliar esses e outros humanos
expedientes nessa e em outras direções.
61
Assim como o Senhor Jesus identifica essa necessidade
grave de sagacidade ou prudência; e com argumentos mais graves ainda, pois
constata essa habilidade; não nos filhos de Deus e sim nos filhos do mundo ─ porquanto,
é verdade que a maioria nós se tem revelado como plenamente ingênuos,
ignorando, inclusive, que Jesus também diz que devemos ser prudentes como
as serpentes e simples como as pombas (Mateus 10. 16)... E quanto a isto considere que: ter todo respeito quanto a
qualquer pessoa, ajudá-las dentro da medida que nos for possível, conviver com
elas, todavia, abrir nossas casas para qualquer um é na pior das hipóteses, ingenuidade
ou exatamente imprudência, senão considere o que diz Paulo, inclusive quanto ao
dito irmão na fé (ver. onze), conforme I Coríntios 5. 9.11 ─ Já por carta vos escrevi que não vos comuniqueis com os que se
prostituem; com isto não me referia à comunicação em geral com os devassos
desse mundo, ou com avarentos ou com roubadores, ou com idólatras; porque então
vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos
comuniqueis com aquele que se dizendo irmão, for devasso, ou avarento, ou
idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com este tal nem sequer
comais. Basicamente este texto informa o não ser pertinente, inteligente e prudente
permitir que pessoas com esse possível perfil adentrem às nossas casas de
maneira tranqüila, e o pior, como regra liminar de evangelismo ─ sendo tão
sério isto, que até pessoas corretas que não são cristãs devem resguardar o seu
lar de pessoas até então de má conduta ─, não tendo isto, absolutamente,
nada a ver com o não comunicar-se com essas pessoas e principalmente não falar-lhes
do amor de Jesus. Ainda, o Senhor Jesus na parábola do
bom samaritano (Lucas 10. 25-37); que sendo uma parábola (narrativa ilustrativa
inventada), se o dito evangelismo de chamar as pessoas para as nossas casas
fosse verdadeiro. Jesus proporia na parábola, o samaritano morar perto do
acontecimento ─ cujo texto não autoriza nenhuma ilação de que se morasse perto:
teria que levá-lo para sua casa ─, e levar o socorrido para a sua casa e não
para uma estalagem, conforme a construção da parábola... Ser
inteligente, sábio, espiritual, conhecedor da Bíblia e prudente como ela ensina
é o que de melhor qualquer cristão possa e deva fazer.
62
Voltando agora mil anos no passado quanto a esta fala
do Senhor Jesus, tivemos ─ como já ressaltei
─, essa sagacidade nos sacerdotes filisteus, que como anteriormente já o
fizera com relação a estátua de Dagom, depois, no momento em que decidiram
enviar a arca para Israel, consideraram alguns pressupostos que, sendo
observados, invalidariam qualquer possibilidade de coincidência, e de forma
concomitante, se sim ou não, indicariam o agir do Deus de Israel em todo aquele
processo doloroso de várias enfermidades. Observemos que primeiramente eles
entenderam que deviam dar alguma coisa deles em compensação ou reparação pelo
pecado ─ que eles entendiam ter cometido contra o Deus de Israel (I Samuel 6.
3-5). Cuja leitura e uso de uma conclusão assim, leva e tem levado os amigos do
dinheiro alheio; a em função disso desandar a dizer que Deus quer e quer o
nosso dinheiro, e estão ficando milionários com esse expediente ─, quando a
verdade bíblica mostra que o Senhor Jesus foi pobre e também os seus discípulos,
como vou mostrar no seguimento.
63
Agora, seguindo os demais procedimentos. Eles não
abriram a arca para olhar lá dentro dela ou colocar os presentes que eram de
ouro no seu interior ─ como fizeram imprudentemente os judeus de Bete-Semes e
foram castigados por isso (I Samuel 6.19), e sim utilizaram um cofre para levar
esses presentes, também fizeram um carro novo e colocaram para puxá-lo, duas
vacas que nunca tiveram jugo sobre o seu pescoço e que tinham bezerros tenros
em idade, que estavam ainda sendo amamentados... Vê? Como os ímpios são sagazes
e prudentes; quando nós, os crentes ─ irônica e diferentemente ─, somos
tremendamente ingênuos, pois esses expedientes do carro novo, das vacas sem
jugo e o de serem vacas com bezerros pequenos e em amamentação; teve toda uma
preocupação de respeito a Deus, e ainda o de colocar as vacas e não bois (touros)
foi o de buscar provar se todas as enfermidades pelas quais eles estavam
passando; era ou não decorrente da posse indevida da arca do concerto.
Porquanto eles colocaram o carro na direção de Israel e retiram os bezerros,
sabendo que se a ação de Deus (o Deus de Israel) não estivesse concordando com
aquele procedimento, fatalmente as vacas não seguiriam, e procurariam os seus
bezerros; e como eles previram, se Deus estivesse sobre tudo aquilo,
aconteceria como aconteceu, como vou transcrever I Samuel 6. 12 ─ Então as
vacas foram caminhando diretamente pelo caminho de Bete-Semes, seguindo a
estrada, andando e berrando, sem se desviarem nem para a direita nem para a
esquerda; e os chefes dos filisteus foram seguindo-as até o termo de
Bete-Semes. Leia todo capitulo seis.
64
Voltemos ou passemos para os relatos de II Samuel capítulo
seis, que corresponde a cerca de 40 anos depois, como já falei acima sobre a
improcedência do uso da experiência de Obede-Edom para legitimar igrejas em
células, pois como o explicado anteriormente esse fato ligado a Obede-Edom versus
Davi; se pode ou deve ser usado para avaliar a conduta de alguém; não será
exatamente a de Uzá, nem a de Obede-Edom, e sim com toda a certeza a de Davi;
que seria neste caso específico, a alegoria da ação desastrada de um pastor
(líder), que tendo atrás de si todos os membros da sua igreja para realizar com
ele um determinado propósito; quando da primeira dificuldade, ele se intimida e
joga a responsabilidade nas costas do primeiro crente mais próximo de si.
65
Quero ainda caminhar nesta trajetória desde os
filisteus até a arca chegar a Jerusalém por intermédio de Davi. Quando dando
seguimento, temos a anterior informação da presença da arca ─ após ser
devolvida pelos filisteus ─, e depois
transferida para Quiriate-Jearim na casa de Abinadade e ali permanecido por
vinte anos (I Samuel 7. 1-2), até esse registro, que fora feito cerca de duas
décadas antes da sua transferência para a casa de Davi em Jerusalém, cujo
registro posterior de II Samuel 6. 3,
informa que naquela data (cerca de 20 anos depois, além dos 20 do relato acima)
a arca ainda estava na casa de Abinadade, sendo então retirada por Davi.
66
A partir ou dentro do período dessas duas principais
informações, tivemos toda uma trajetória, do pedirem um rei para Israel, da escolha
de Saul para rei, Samuel resignar seu cargo e fazer uma espécie de prestação de
contas perante Deus e ao povo, a guerra
entre os judeus e filisteus, o
sacrifício e voto indevido de Saul, Samuel mandar Saul destruir os amalequitas
e o repreendê-lo, Deus mandar ungir Davi, Davi vencer o gigante Golias, Saul
intentar matar Davi várias vezes, a morte de Samuel, Davi poupou a vida de Saul
duas vezes, Saul consultar uma necromante, a morte de Saul, Davi foi aclamado
rei de Judá e posteriormente de toda Israel.
67
Entenda, reitero que eu não usaria necessariamente
esses fatos relacionados com a arca do concerto e Obede-Edom e toda trajetória
desses acontecimentos para me contrapor a este negócio chamado igrejas em
células; todavia, os estou usando com todo direito e pertinência; justamente
porque os defensores de igrejas em células usam de maneira indevida esses fatos
e, sendo assim, estou aproveitando para demonstrar o quanto é importante e
sério o estudo e aplicação de preceitos bíblicos, porque às vezes usamos
indevidamente vários textos bíblicos por não entendê-los plenamente. Senão,
caminhemos um pouco mais no detalhamento já iniciado. Na trajetória que já
expliquei, quando se lê em II Samuel no capítulo seis, sobre a morte de Uzá, e
o envio da arca para a casa de Obede-Edom a mando de Davi; fomos também
informados que a arca foi transportada por um carro (carroça), da mesma forma
como os sacerdotes pagãos filisteus fizeram quando anteriormente a devolveram a
Israel. Igrejas em células, transportar coisa santa da mesma maneira
como os ímpios fazem ou ensinam fazer. Será um procedimento sério, correto
e aceitável? Ou o que o texto sagrado
diz sobre esses específicos procedimentos?
68
Em Êxodo 37. 4-5 somos informados ─ Também fez
varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro; e meteu os varais pelas
argolas aos lados da arca, para se levar a arca. De igual modo, Números 10. 33 ─ Assim
partiram do monte do Senhor caminho de três dias; e a arca do pacto do Senhor
ia adiante deles (carregada pelos levitas) para lhes buscar lugar
seguro. São coisas diferentes do preceito bíblico acima como as
demonstradas anteriormente e o que seguirá nesse estudo, hoje aceitas pelas
igrejas que têm contaminado os procedimentos de muitos servos de Deus, às vezes
sérios e mais ainda, também ingênuos; que na época de Uzá, isto foi fatal.
Permito-me, pela óbvia improcedência da estratégia de igrejas em células; a
especular sobre a conseqüente morte de Uzá, dizendo, com certa pertinência, que
possivelmente tenha sido ele o que sugeriu o uso do carro novo para transportar
a arca, no pressuposto de terem os filisteus assim feito e Deus permitiu, e deu
no que deu como vemos no texto sagrado, inclusive, tendo Uzá como que
capitaneando ou preocupado com esse transporte da arca de forma pagã-filisteia,
pois foi ele que imediatamente viu a possível queda da arca e a tocou sendo por
isto fulminado por Deus. No que, ainda caminho no especular que Uzá, embora
tenha tido contacto com a arca desde que ela fora colocada no carro; foi
justamente no momento em que plenamente, possível analisar as duas formas de
transporte; se como está registrado ser a norma ou preceito em Êxodo 37. 4-5 ─
por meio dos levitas ─, quando não
haveria o perigo da arca cair. E não transportá-la num carro, com a possibilidade
de cair e também de no trajeto ela, ainda que não caísse, ser arranhada, pois as rodas daqueles carros ou
carroças eram rígidas e não com pneumáticos como as modernas de hoje, que
absorvem as trepidações oriundas dos buracos e ondulações do solo, daí, como
vimos, a sua conseqüência ruim e fatal contra Uzá. Também ─ bom é que se reitere que não fui eu
quem inicialmente buscou comparação com esses fatos sobre a arca versus
Obede-Edom ─; porque assim como teve conseqüências desastrosas o fazer como os
filisteus fizeram, transportando a arca, tendo Uzá sido morto pelo Senhor.
Ver-se-á também com clareza que a posterior espécie de comunismo cristão de
Atos 2. 42-47, do partir do pão nas casas; desagradou a Deus, que mandou Saulo
persegui-los (Gálatas 1. 15) para que eles começassem a evangelizar de fato,
indo de casa em casa e até os confins da terra; sendo isso fácil de constatar
na leitura e acompanhamento de todo o
livro de Atos a partir do capítulo oito.
69
A leitura ou entendimento do momento de Atos 2. 42-47
e de todo o conjunto dos primeiros sete capítulos, decididamente não tem nada a
ver com igrejas em células. Também os textos de Romanos 16. 3-5 e I Cor. 16. 19
(a igreja na casa de Áquila e Priscila), o de Colossenses 4. 15 (a igreja na
casa de Ninfas) e o de Filemom 1. 2 (a igreja na casa de Filemom), que são
relatos dos períodos de transição, como os nossos hoje, onde temos
eventualmente pontos de pregação em vários lares, que acabam se tornando
igrejas, alugando ou construindo seus templos. Como também reuniões nos
diversos lares, para oração, estudo bíblico e de igual modo para
confraternização, todavia, ocupar perpetuamente por meios coercivos a casa de
membros da igreja com se fora filiais da igreja matriz ou as indevidas igrejas
em células não é um procedimento bíblico. E sim uma estratégia puramente humana
e rasteira com objetivos financeiros e de mando megalomaníacos.
70
Após esse retorno ao objetivo assunto igrejas em
células a partir do Novo Testamento; gostaria de rapidamente concluir a
vertente que me vi obrigado a trabalhar quanto à arca do concerto, agora no seu
final, que foi o momento em que Davi conseguiu a conduzir até perto de sua casa
em Jerusalém.
71
Davi ao saber que a arca na sua estada na casa de
Obede-Edom, não lhe causou nenhum problema e pelo contrário lhe trouxe bênçãos,
resolveu intentar novamente o seu anterior projeto de trazê-la para Jerusalém.
Que dessa outra vez o fez cercando-se de todos os cuidados, como o de
transportá-la por intermédio de homens, os levitas (II Samuel 6. 12-13), que
após terem dado seis passos sacrificaram bois e carneiros cevados, e a frente
desse cortejo, o rei Davi dançava alegremente; nesta caminhada sem o uso de
carros de boi; Davi se despiu do manto real ─ que alguns pensam ter Davi ficado
em trajes sumários ─, que assim não foi,
pois tão-somente retirou o manto real, sendo por isso até objeto de escândalo
de sua esposa Mical, entretanto, Davi, não somente se despiu do manto; mas usou
também, como uma espécie de proteção espiritual, um aparato das vestes
sacerdotal, conforme II Samuel 6. 14 ─ E Davi dançava com todas as suas
forcas diante do Senhor; e estava Davi cingido dum éfode de linho.
Vejamos o que era essa parte das vestes sacerdotal usada por Davi. No livro
do Êxodo 28. 5-29 temos a descrição para a feitura do éfode, que reproduzirei
somente os versículos 6, 7 e 8, por causa da sua extensão ─ e
farão o é de ouro, azul, púrpura, carmesim e linho torcido, obra de desenhista.
Terá duas ombreiras, que se unam às suas duas pontas, para que seja unido. E o cinto de obra esmerada do éfode, que
estará sobre ele, formando com ele uma só peça, será obra semelhante de ouro,
azul, púrpura, carmesim e linho fino torcido.
72
Por estas ponderações, posso supor, que no momento em
que Davi chegou diante da arca; tendo na mente ainda o acontecido há seis meses
com Uzá, embora ali estando; se muniu de todas as preocupações; mas, decidido
quanto ao levar a arca, inicialmente de forma tímida caminhou, e a medida do
constatar o nada de mal acontecer, foi se alegrando e com grande jubilo dançou
e dançou na frente do cortejo, entendendo o que estava sendo feito por ele como
aprovado por Deus.
73
Tendo você observado toda argumentação que fiz até
agora ─ e ainda vou continuar fazendo ─, certamente
constatará, que embora não tenha sido eu que tenha introduzido essa busca de
legitimar igrejas em células a partir da arca ir para a casa de Obede-Edom.
Entretanto só estou usando porque os defensores de células viram no
“superficial da arca do concerto, estando na casa dele e ele ser abençoado por
Deus”; a rápida, tendenciosa e o apressadamente concluir como pertinente, para assim
entendendo como um bom exemplo; tudo como ensinamento para ser praticado e até
imposto aos membros das igrejas; desprezando ou não tendo aprendido que muitas
e muitas coisas no texto sagrado são exemplos do que não se deve praticar ou o
mostrar das conseqüências do se fez de errado, como no caso de Uzá. Também como
expliquei e até especulei na direção de ter sido de Uzá a sugestão de proceder
como o feito pelos filisteus quando devolveram a arca, ou melhor, dizendo
agora, nessa efetiva comparação que vou fazer entre Atos capítulo dois e II
Samuel capítulo seis. Eles, os judeus, inclusive os sacerdotes, com o aval do
rei Davi; pegaram ou se aferiram pelo texto de I Samuel 6. 10-16, que foram os
procedimentos usados pelos filisteus e estava registrado no livro de Samuel;
daí veio a conclusão ingênua de muitos de nós ─ que foi também a deles: ─ É
assim mesmo ─, pois está escrito na Bíblia que os filisteus
fizeram desse modo e deu certo. Como vimos a conseqüência dessa interpretação
ingênua e desastrosa deu no que deu, e por isso, já discuti e continuo
amplamente discutindo aqui.
74
Exatamente como fora feito naquela época uma
interpretação errada dos fatos narrados em I Samuel 6. 10-16, cujos mesmos
procedimentos foram seguidos de maneira indevida, como se constata no
procedimento incorreto descrito no texto de II Samuel 6. 3-5; é o mesmo que se
está fazendo atualmente para com os textos de Atos dos apóstolos capítulo dois,
para o qual é também feita essa mesma leitura simplista e tendenciosa; quando
reitero ser tendenciosa isto é pelo fato; de além de ignorar tudo o que já
expliquei quanto ao que chamei e chamo de Escatologia de Pedro; ainda
foi se agravando e esse ignorar os cinco capítulos seguintes de Atos dos
apóstolos; até o início do capítulo oito, e a então prática exatamente contrária
a partir daí (o capítulo oito); e a também agravante de tentar tendenciosa e
desesperadamente identificar esse negócio igrejas em células nas de fato
igrejas mencionadas nas epístolas, que se reuniram transitoriamente em casas,
em sinagogas e até em catacumbas (cemitérios). Tudo isso é realmente
lamentável.
75
Como foi visto nos dois exemplos bíblicos ─ o
da morte de Uzá e o da perseguição movida por Saulo ─, com a imediata morte de Estevão; foram
esses dois acontecimentos reprovados por Deus e com conseqüências ruins.
Objetivamente, agora, analisemos o que projeta ou o que de fato acontece após
uma determinada igreja adotar a prática de igrejas em células. Como já tenho
amplamente discutido neste trabalho, a idéia e prática de igrejas em células
carrega ─ como já vimos ─, e quem está dentro disso sabe; que os mecanismos que
norteiam os procedimentos delas, são extremamente coercivos e alienantes, como
por exemplo, atribuir falta de maturidade espiritual aos que são reticentes em
ceder suas casas para sediar as ditas células; também na evolução dos
estudos ─ que têm componentes de
alienação ─; se trabalha o patrulhamento dos membros ─ e aí há uma coisa
muito séria, que é a perseguição recíproca, porque não esqueça, que se você
está observando ou efetivamente patrulhando pessoas para descobrir nelas um dito antagonista, esse alguém ou essas
pessoas podem também estar observando você. Que coisa terrível, antibíblica,
pecaminosa e até desgraçadamente nada humana, que é ou será o ápice da
hipocrisia e mentira, quando se fala sistematicamente ─ dizendo, inclusive, que
o motivo principal de igrejas em células é a plena comunhão... Comunhão, que
tipo de comunhão seria esta?
76
Acréscimo em 02 – 04 – 2015:
Como
tenho explicado em Blogs anteriores e posteriores a este: há em vários ramos ditos
evangélicos maneira de fazer (modus
operendi), ou exatamente quanto a sua constituição jurídica administrativa:
quando, as que têm administração congregacional democrática, nas quais, você
como membro vota e decide sobre o patrimônio e a administração das finanças
dessa igreja. Agora a outra coisa maior, que são os macros impérios
caça-níqueis: cuja relação dos fiéis com esse tipo de igreja é o de
tão-somente aquele que paga e é instado a fazer trabalhos sociais de
Merchandising da denominação e de seus ditos iluminados líderes Medalhões, que
estão enriquecendo, não, como dizem: pelas bênçãos de Deus e sim pelo dinheiro
dos ingênuos crédulos caçadores de curas e de bênçãos de Deus ─ que só chega
para os líderes ─, neste mar de ditas curas de manipulação psicossomática...
Voltando às ditas sérias estratégias ingênuas
de “pequenos grupos”; para as quais (lhes peço) considere de maneira séria em
amplo Estudo; como tenho buscado mostrar aqui neste Trabalho, quando de maneira
pormenorizada e contundente, não ter havido, absolutamente, no início da Igreja
de Cristo este evangelismo Comunista alienante. E para melhorar o nível de
informação sobre Emblemático momento do
desse importante início da Igreja de Cristo; de uma olhada no Blog Igreja Mil Membros ou Evangelho Horizontal ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com , nos parágrafos de trinta e três (33) a setenta e nove (79) nos
fragmentos V e VI de parte do meu livro por editar sobre Escatologia. O grave
(coincidência desgraçada essa) é que justamente a partir dos primeiros eventos
neotestamentários ─ com características de Comunismo ─; se criou o modismo erradamente
eventual de reunião nos lares, que os oportunistas de plantão denominam de “pequenos
grupos”, nada mais é que a Idéia das Milícias Comunistas (Milítisia), praticada amplamente no mundo Comunista, e para
visualizar melhor existe hoje na Venezuela ─ “A Milícia Bolivariana” ─;
senão analise os parágrafos seguintes: no componente da plena alienação ou total
alinhamento (obediência) do grupo com as normas estabelecidas pela liderança da
igreja; que pressupõe o total controle de todo o conjunto de ditas células pela
chefia da igreja, exatamente como as milícias políticas, cujo objetivo é o
controle político a impedir qualquer tipo de oposição a todo custo, como se
está tentando atualmente no Brasil... Malícia político partidária, eu disse.
77
Para você que não conhece ainda as várias visões de
igrejas em células, inclusive com alguns nomes e procedimentos iniciais sutis,
para enredar os incautos, cito mais objetivamente o que falei no parágrafo
anterior sobre o patrulhamento em busca de antagonistas; que é plenamente
encontrado no Manual do Participante do Ministério Igrejas em Células, sob
o título de Restaurando a Visão de Deus para a sua Igreja; no qual, da
página 25 a 35, nesse manual; cuja aplicação é de um estudo intensivo semanal,
no total de doze semanas de tópicos diferentes; no qual, aqui referido, o da
quarta semana, com o título Relacionando-se um com os outros por meio
da cruz, se ensina o fazer essa procura, que ironicamente seria,
considerando o patrulhamento na busca desse dito antagonista, literalmente a
mútua crucificação dos membros dessas células.
78
Como tenho ponderado sistematicamente neste pequeno estudo;
há em todo esse modismo dito igrejas em células e G-s, sempre ─ como aos poucos
estamos vendo aqui ─, a apelação e a
avaliação em desacordo com a Bíblia, como está no tópico 10, semana 10, página
71 do manual citado acima; quando se chega ao momento muito grave desse
processo, intitulado de Encontrando o poder edificador de Deus,
quando se busca identifica uma espécie de diagnóstico patológico-espiritual,
que tem na patologia letra “f” o que chamam de Fortalezas espirituais que
estão na raiz. Não vou me estender muito nesta específica questão aqui; até
porque, isso é exatamente aquele negócio obscuro, confuso e que mistura magia
negra e feitiçaria com as coisas de Deus; porquanto não existem ditas
fortalezas espirituais em quem não está possesso e sim no sentido
ruim a plena carnalidade; que estimulada por Satanás, e o perigoso e desastroso
é quando se mexe com isso de maneira biblicamente incorreta, sempre acontecem
problemas sérios ─ sobre isso falo com detalhes no subtítulo Dom de discernir espíritos. Ainda, nesse
mesmo tópico na página 72 temos a ilustração de onze formas comportamentais em
pessoas ─ não sou ingênuo nem preconceituoso para o mal ─, pelo contrario,
prudente, mas, ou por isto, vejo plenamente o perigo dessa literatura que pressupõe
conduzir alienáveis; quando de fato é muito perigoso que se mande um determinado
grupo dar nomes a diversos comportamentos que foram ilustrados por desenhos de
pessoas; e espere que tão-somente o grupo nomeie os comportamentos e não rotule
os do grupo vinculando-os aos personagens da ilustração. Método psicopedagógico
tremendamente infeliz, inoportuno e predatório.
79
Algumas igrejas têm se aventurado nessa infeliz
trajetória de igrejas em células, e têm crescido o seu número de membros,
olhando, não para Jesus o autor e o que faz a nossa fé ser útil aos homens e
agradável a Deus; e sim olhando para o dito sucesso megalomaníaco de David (Paul)
Yonggi Cho e de outros pastores da outra América, que você irá entender
o porquê dessa menção pejorativa, quando no segundo capítulo falarei um pouco
do ministério pastoral dele. Observado os procedimentos e práticas nessas ditas
vitoriosas igrejas em células; constata-se nelas, um perfil de igreja empresa, trinufalista
e emocional, sociabilidade extremada e de pouco estudo bíblico à semelhança
de clubes, que tornam os seus pastores, nos ricos líderes semideuses.
Coisa que lembra muito, com toda certeza, a sétima igreja do Apocalipse, a de
Laodicéia.
80
O traumático, mas, de alguma forma, bom e gera
crescimento espiritual, é quando parte dessas igrejinhas que se reportam
coercitivamente a uma determinada igreja-mãe, ganham maturidade e se separam e
formam uma igreja normal com objetivos plenamente bíblicos. Ainda, um
acontecimento mais traumático, entretanto na direção do bom é o quando a igreja
que começa a caminhada de igrejas em células e acorda no meio do caminho; conseqüentemente
tem uma ruptura forte, mas se o seu pastor for realmente espiritual e sua
menbresia também o for, e junto a isto haver muita compreensão. Essa igreja se
levantará e tornar-se-á numa ótima igreja espiritual.
81
Coerentemente citei textos que falam de igrejas nos
lares, também, a minha linha de argumentação contempla ou tem contemplado o
fortalecer a contradição; até porque, o que digo e o que escrevo sempre
contemplam a minha Concomitância do Contraditório, que nos exige
uma ampla, criteriosa e espiritual avaliação, antes da conclusão e uso de
qualquer ensinamento bíblico. Isso permite e objetiva que eu faça uma pequena
comparação entre o ficai e o Ide de Jesus. Se já deu para perceber;
estarei vinculando ─ de alguma forma ─,
do ponto de vista do transitório, o ficai na visão de igrejas em células,
e o Ide, a verdadeira forma ou estratégia bíblica de evangelismo.
82
O ficai (aguardar a vinda do Espírito Santo) é
objetivo, claro e específico no texto sagrado; que tendo os escritores bíblicos,
registrado quatro vezes o Ide, no caso do ficai, somente Lucas registrou, e o
fez duas vezes como no registro do Ide; no seu Evangelho, Lucas 24. 49 ─ E
eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade,
até que do alto sejais revestidos de poder,
e o texto de Atos 1. 4 ─ Estando com eles, ordenou-lhes que não
se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a
qual (disse eles) de mim ouvistes. Já que resolvemos ─ eu e
você ─, comparar o ficai (acima) e o ide
de Jesus, conforme Marcos 16. 15 ─ E disse-lhes: Ide por todo o mundo,
e pregai o evangelho a toda criatura, e o texto de Atos 1. 8 ─ Mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas,
tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da
terra.
83
Primeiramente procuremos o que poderemos encontrar no
Antigo Testamento, que possa ser associado ao ficai. Não poderemos usar o ficai
para Abrão, pois seria desobediência dele o ficar em sua casa e não seguir a
ordem de Deus. De igual modo o ficai não
serviria para Moisés, pois não teria nenhum sentido ele ficar com Getro, seu
sogro e chamar a Faraó para vir ter com ele. Depois de ter ele tirado o povo de
Israel do Egito, não seria nada racional, ficar no deserto e não caminhar para
a conquista de terra prometida. Calma, vou procurar algum evento onde o ficar
ou esperar acontecer seria correto, como o aguardar em Jerusalém os dez dias da
vinda do Espírito Santo.
84
Conforme o relato de II Crônicas capítulo 20, o rei de
Judá Jeosafá foi informado de que viria sobre ele e o povo um grande exército,
que o fez temer e buscar a Deus e apregoar jejum de todo o povo, e tendo
buscado a Deus em oração; a resposta veio por intermédio de Jaaziel, filho de
Zacarias, dizendo que Jeosafá e todo o povo não deveria se preocupar com o
inimigo poderoso e sim confiar unicamente no Senhor ou objetivamente na direção
do “ficai”; que eles deveriam ficar despreocupados e não fazer nada, ou tão-somente
cantar louvores a Deus, pois Deus e que faria tudo. Está aí algo que parece com
o ficar e aguardar que os vizinhos venham.
85
Quanto ao “ide”, creio que o chamado de Isaías, como
também os de todos outros desde a chamada de Abrão, pode nos dar o primeiro
exemplo perfeito para essa analogia. O Senhor perguntou, conforme Isaías 6.
8 ─
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem
irá por nós? Então disse eu: Eis-me
aqui, envia-me a mim. O ide é exatamente isto, ir, a mando de Deus.
Comentarei mais nesta direção depois de falar sobre o ministério profético de Jeremias
e Ezequiel.
86
O profeta Jeremias quando do início do seu ministério;
o Senhor nosso Deus disse-lhe, conforme está no capítulo primeiro do seu livro,
Jeremias 1. 7 ─ Mas o Senhor me respondeu: Não digas: Eu
sou menino; porque a todos a quem eu te enviar, iras; e tudo quanto te mandar
dirás.
87
O profeta Ezequiel, quando comissionado por Deus
(Ezequiel 3. 4-15), a ele, foi informado previamente que seria enviado a um
povo (Israel) ou a pessoas obstinadas, que segundo o próprio Deus; não o
ouviriam, todavia a ordem era a de ir e falar. Essa ordem inicial; sete dias
depois, ganhou contornos específicos quando o Senhor constituiu Ezequiel como
atalaia. Exatamente como ao final do ministério terreno do Senhor Jesus, quando
ele determina para todos nós o Ide e pregai e também ensinai. Sem
me alongar mais, vou reproduzir textos específicos desses três profetas quanto
ao Ide requerido deles, e o da grande comissão de Mateus (como das
outras três), que é o Ide requerido de cada um nós que temos recebido a
Cristo como Salvador.
88
A Isaías o Senhor nosso Deus disse e ordenou
objetivamente, conforme Isaías 6. 9
─ Disse, pois, ele: Vai, e
dize a esse povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não
percebeis. Ao profeta Jeremias,
também o Senhor determina ir e falar ao povo de Judá, sendo essa a
característica básica do comissionar de Deus a todos nós em todo o tempo.
Vejamos o de Jeremias 1. 17 ─ Tu, pois, cinge os teus lombos, e
levanta-te, e dize-lhes tudo o que eu te ordenar; não desanimes diante deles,
para que eu não te desanime diante deles. De igual modo ao profeta
Ezequiel, quando o constituiu como atalaia, inclusive, descrevendo a nuance ou
a mensagem ou ainda o que deve ser dito àquele a quem se é enviado, conforme
Ezequiel 3. 18-21 ─ Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o
avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de
salvares sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade; mas o seu sangue, da
tua mão o requererei. Contudo se tu avisares o ímpio, e ele não se converter da
sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrera na sua iniqüidade; mas tu
livraste a tua alma. (...). Mas se tu avisares o justo, para que o justo
não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque recebeu o aviso; e tu
livraste a tua alma. Reduzi um pouco
o texto, por ser extenso. Por fim o texto da grande comissão do evangelista
Mateus, que se você observar com carinho o cerne ou o principio básico ou ainda
os objetivos de Deus nesse Ide; verá claramente, o dar ciência do erro
que se está cometendo ou avisar para que não seja cometido, e principalmente,
após ter ciência disso, exercer o livre-arbítrio de seguir o ensinado ou não.
89
Observe as características ou princípios do texto
acima e no da grande comissão ou o ide segundo Mateus 28. 19 ─ Portanto
ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. O lamentável é e até irônico ─ e deveria ser motivo de vergonha para a
maioria para dos que se intitulam cristãos sérios ─, criticarem as Testemunhas de Jeová, quando são, justamente elas, as que praticam evangelismo
genuíno ensinado por Jesus a seus discípulos que é plenamente
praticado por elas.
90
Quanto ao contorno antropológico e sociológico dessa
grande comissão de Mateus, em relação às outras três (as duas de Lucas e a de
Marcos); no subtítulo O que é a Instituição Discipulado já
comentei sobre isto. Agora, para concluir sobre o ficai e o ide.
Objetiva e decididamente; o “ficar” em alguma casa e convidar vizinhos para
ouvir o Evangelho, obviamente não tem ou terá nada a ver com o Ide da
grande comissão; que teve a sua plena demonstração e prática durante o
ministério do Senhor Jesus, através da comissão dos doze e a dos setenta, que
mostra objetivamente o ir por todos os lugares, buscando atingir a todos
indistintamente com a mensagem de Cristo. Outro ponto importantíssimo foi e é o
de que não somos mandados para cooptar pessoas ou fazer amizade com elas ─
ainda que essa segunda opção seja cristã e desejável; mas sim, para lhes
apresentar a Cristo como Salvador e ensinar sobre o Evangelho se elas assim o
quiserem, e quanto à conversão, isto é e sempre será obra exclusiva do Espírito
Santo. Fazer “amizadinha” com os vizinhos, reuniões nos lares para qualquer
evento dentro da moral, e bons costumes é plenamente agradável e desejável,
entretanto não empurremos esses procedimentos como instituição por goela abaixo
das pessoas como se fosse a revelação da estratégia maravilhosa que Jesus se
esqueceu de ensinar ou não sabia da sua importância.
91
O crescimento das igrejas não deve decididamente ser
“recorrente” e sim exatamente decorrente, onde o buscar cooptar
(recorrer) pessoas a fazer parte de determinada igreja; por ser ela uma
instituição de convívio agradável, que afasta as pessoas de atividades
pecaminosas ou ser o ambiente onde as famílias se sentem bem e os jovens se
afastam da violência e das drogas. Tudo isso é bom, de alguma forma, entretanto
não corresponde ao verdadeiro evangelismo (o ide de Jesus), que é o anunciar e
ensinar o Evangelho de Cristo, de onde decorre ou decorrerá o
crescimento das igrejas através do aceitá-lo como Salvador. Ou, entendamos
objetivamente; as igrejas não devem crescer através de nenhuma fórmula mágica megalomaníaca;
que fatalmente a fará inchar e não crescer, com a agravante desse inchaço
atingir a sua qualidade espiritual, e sim, esse crescimento desejado ─ que não
deve ser pensado ou perseguido; mas, exatamente no decorrer, advir, provir, derivar, resultar, originar-se, ser conseqüência,
do ingresso de pessoas realmente convertidas ao Senhor Jesus; cuja soma com os
já existentes, formam ou formarão a verdadeira e numericamente suficiente
igreja do Senhor, que deve conviver em harmonia e comunhão com os amigos e em
compreensão e respeito aos inimigos do Evangelho.
92
Para que você possa entender melhor o que pode ser
tirado dessa comparação entre os adjetivos recorrente e decorrente. Como vimos
na inicial informação acima; “recorrente seria literal e obviamente aquilo a
que se recorre.” Que no caso do evangelismo através das ditas igrejas em
células; os vizinhos são convidados e estabelece-se com eles, ali nas células,
um relacionar-se cordial e amigável; que acaba os induzindo a fazerem parte da
igreja a qual pertencemos ─ quer fazer, faça? A pergunta que não quer calar
(perdoe o coloquial): ─ O que tem isso de mal? Nada, ou aparentemente nada! Neste
responder; a primeira coisa que quero fazer é o identificar, moral e
criminalmente estes seus vizinhos que você convidou ou convidaria para a sua
célula ─ não quero nem considerar, aqueles que você julga antipático ou outras
coisas. A estes, você os convida ou não os convida? Pode ponderar que há
controvérsias, pois o bom-senso e as Escrituras apontam para restrições nos
dois primeiros casos. Estou falando, não exatamente do que penso, e sim do que
se pratica nesses negócios. Isso é o evangelismo das igrejas em células ou o
que chamo de evangelismo recorrente ou ficai; diferente e completamente aquém
do evangelismo do Senhor Jesus, o decorrente ou ide. Que é o evangelismo
que vai de casa em casa ─ independente
da condição moral, criminal ou qualquer restrição que entendamos ou queiramos
atribuir aos evangelizáveis, porquanto o ide não pressupõe conhecermos e
acharmos boas ou agradáveis, as pessoas as quais vamos anunciar a Jesus como
Salvador. Em que, como expliquei no inicio sobre os dois adjetivos, “recorrente
e decorrente”. O evangelismo recorrente coopta, conduz, estimula, via amizade
àqueles nossos bons vizinhos (muitos com o perfil do mancebo de qualidade ou o
jovem rico), a ingressarem na igreja pelos motivos que enumeramos acima, que a
faz inchar e não crescer espiritualmente para a glória de Deus Pai.
93
O evangelismo decorrente ou o ide é aquele já
aprendido desde as primeiras igrejas e praticado ─ graças a Deus, ainda por
algumas igrejas, que de vez em quanto é atropelado e até infamado por ditas
estratégias humanas ─ como no caso de igrejas em células, o ficai recorrente;
infama literal e ostensivamente a genuína estratégia de evangelismo ─ que foi a
que evangelizou o mundo e continua evangelizando sem discriminação; assim foi
feito pelos discípulos e os primeiros crentes, quando iam de casa em casa
anunciando o Senhor Jesus como Salvador. Isso não tem nada de contra as
reuniões nos lares (nem me coloca contra, como já expliquei no início) e sim
contra a instituição igrejas em células, como tenho enumerado desde o começo
desse trabalho. Ainda, fico perplexo e até muito preocupado, ao ver pastores e
pessoas sérias se alinhando com essas ditas novidades de igrejas em células, e
outras coisas que andam por ai; inclusive verbalizando suas regras e
procedimentos e as incutindo na cabeça das pessoas, por entenderem serem essas
coisas uma revisão de Deus ao que Jesus fez e ensinou de maneira errada.
94
Como já falei, além do modo infamante como se referem
ao evangelismo praticado por Jesus e seus discípulos; também infamam o que
muitos de nós praticamos por muito tempo, que foi o evangelismo através de
cultos ao ar livre, que nada mais foi e é o ar livre praticado por João
Batista, conforme Mateus 3. 1-2 ─ Naqueles
dias apareceu, João, o Batista, pregando no deserto da Judéia, dizendo:
Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. (...). Também o Senhor
Jesus, quando no sermão do monte, no mesmo livro de Mateus 5. 1-48 (com sua
continuação nos capítulos 6 e 7) ─ Jesus,
pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se
os seus discípulos, e se pôs a ensiná-los, dizendo: (...). Isso foi e é exatamente o
evangelismo ao ar livre, que erradamente temos deixado de praticar ─ até
porque, naquele evangelismo não se pedia dinheiro como é feito hoje
ostensivamente na mídia, e mesmo a maioria de nós não o praticando mais; os
defensores de células o infamam como se hoje isso fosse heresia. No pressuposto
do que tenho explicado sobre o dito evangelismo que é “recorrente”. O
evangelismo decorrente ou ide; do pregar ao ar livre ou ir de casa em casa,
continua sendo o poderoso instrumento de Deus para a pregação do Evangelho,
porquanto não temos que cooptar pessoas alienando-as ─ como já disse reiteradas vezes, e sim pura
e simplesmente anunciar a Cristo como Salvador; porquanto torná-los membros da
Igreja e da “igreja”, será única e exclusivamente, obra do Espírito Santo do
Senhor.
95
Afirmo com toda certeza, que essa forma genuinamente
bíblica é reveladora, pois pressupõe a simples e total ação de Deus através do
seu Santo Espírito, no ou do Evangelho do Deus proprietário de tudo e de todos,
conforme Deuteronômio 10. 14 Salmo 24. 1-2
─ Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele
habitam. Quando esses, ou melhor,
nós, os que cremos nesse Evangelho do Deus soberano e Senhor; que nele pode, e
devem-se usar instrumentos e tecnologias novas; entretanto, não essas pseudo-s
estratégias da porta larga do deus utilitário provedor de todas as coisas (já
disse isso); de quem podemos exigir tudo, como vemos ostensivamente na mídia e
nos púlpitos das ditas grandes igrejas das mirabolantes estratégias de
evangelismo, que também é a da caça dos dízimos e das substanciais ofertas de
crente alienados.
96
Outro ponto crucial e descabido é o pressuposto “oco”,
conseqüentemente nada racional; de que igrejas em células é o instrumento “mágico
promotor” da plena comunhão. Se a princípio temos entendido o que é fatiar
(dividir) em grupos um determinado universo de pessoas (a igreja); que a partir
dessa divisão; agora cada um desses pedaços poderá plenamente relacionar-se
dentro de si. ─ Até concordo com essa
visão parcial e distorcida; se esquecermos da igreja-mãe e mirarmos tão-somente
“uma célula”. Realmente essa uma célula será uma igrejinha, e poderá com
facilidade promover o pleno relacionamento nesse pequeno grupo, todavia, “uma coisa
é uma coisa e outra coisa é outra coisa” (perdoe o desgastado coloquial).
97
Sejamos inteligentes e entendamos. Se tivermos o igrejão,
que tem ou que manda em diversas igrejinhas, que têm no seu pequeno número de
membros o pleno relacionamento, também saberemos, que com certeza, a soma das
igrejinhas (o igrejão) não tem ou terá de maneira alguma plena comunhão
entre os seus comunicantes celulares, que serão uma espécie de grupelhos dentro
desse igrejão-grupão, e o pior; nessa visão de igrejas em células, isso
não será medido ou não terá importância, pois esta pseudo-união será lida,
avaliada e praticada como confraternização e congraçamento ─ como tem sido
feito, no igrejão do pastorzão, que é o elo ou o referencial maior desse
negócio chamado igrejas em células, quando elas se reúnem em torno desse liderzão
ou se comunicam por relatórios que falam dessa nanica e infeliz comunhão
localizada, que não tem ou se realiza de fato com todo o corpo, a igreja-mãe.
98
Outra distorção ou incoerência das igrejas em células
é se por um lado, se vende ostensivamente a idéia de amor, compreensão e plena
comunhão, por outro lado ─ como já comentei no início; estabeleceu-se como
regra, o não se importar muito com o preparo teológico e pedagógico dos
dirigentes, senão que sejam plenamente obedientes às regras preestabelecidas e na
contrapartida, nada reticentes a essas normas que pretendem ser bíblicas. E o
pior! No grupo, deve-se monitorar e identificar; para até excluir do grupo,
todo aquele que for rotulado de “antagonista”; numa clara truculência
pedagógica; pra não dizer, não ser nada inteligente e plenamente contra a
Palavra de Deus e até contra a dita comunhão celular.
99
O que podemos esperar disso? Será exatamente ─ “dando
certo”, teremos um enorme contingente de pessoas cooptadas e alienadas do
verdadeiro entendimento bíblico e a serviço do líder semideuses, ou como
tem acontecido com algumas igrejas: A total destruição da estrutura de
relacionamento entre os irmãos, quando aqueles que são cooptados e
condicionados nessa idéia, se insurgem contra os que querem discutir
tranquilamente essa estratégia, os rotulando de antagonistas e os hostilizando
no pressuposto de serem de pouca espiritualidade, coisa essa que tem levado
igrejas a um mínimo de membros coerentes e com sentimento bereano (Atos 17. 11) e ter que trabalhar arduamente para se
recompor... Será que coisas assim têm a ver com o Evangelho de Cristo? Ou
porque são defendidas por pastores e lideres ávidos de macro poder; que foram
seduzidos pelo número de membros da igreja de David (Paul) Yonggi Cho, que apontam
para uma congregação com cerca de 730 mil membros envolvidos em mais de 25 mil
células funcionando nos lares (nota de rodapé da
página 30 do livro A quarta dimensão). Levemos a sério mesmo, tudo o que nos é
ensinado na Bíblia e o que Paulo nos diz em Gálatas 1. 6-9 ─ Estou admirado de que tão depressa
estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro
evangelho, o qual não é outro; senão que alguns que vos perturbam e
querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou
um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja
anátema. Como antes temos dito, assim
agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já
recebestes, seja anátema. Creio que posso agora começar a falar de (Paul) Yonggi Cho.
100
De forma objetiva e específica quero agora falar de (Paul) Yonggi
Cho, até porque uma das características dos seus ensinamentos quanto ao
nosso relacionamento com Deus (segundo Yonggi Cho) é a plena especificidade,
porquanto como ele demonstrou com as suas experiências e ditas revelações. Deus
teria e tem dificuldades em nos atender quando não somos exatamente específicos
quanto aos nossos pedidos. Isto ele informa de maneira objetiva em dois casos
no seu livro A quarta dimensão. No caso da irmã em Cristo que orava a
mais de 10 anos pelo seu casamento; sendo ela de uma igreja que ele visitara.
Quando antes de orar por aquela senhora; ensinou-lhe e exigiu que ela teria que
ser objetiva e especificamente detalhar para Deus o seu pretendido e depois
visualizá-lo em pensamento, ou seja, vê-lo exatamente como o imaginava, pois
era essa a única maneira de Deus entender para atender, porque senão Deus não
saberia como e quem era o pretendido por ela. O segundo caso, que no livro foi
o primeiro, se refere ao próprio Cho, no início do seu ministério, quando ele
pediu a Deus uma escrivaninha, uma cadeira e uma bicicleta. Passados seis meses
e não tendo recebido. Questionou a Deus quanto a isto, e segundo ele o Espírito
Santo do Senhor lhe disse: ─ “Sim, esse seu problema, é o problema de
todos os meus filhos. Imploram exigindo todo tipo de coisas, mas
o fazem com termos tão vagos que não posso responder. Será que não sabe que há
dezenas de tipos de escrivaninha, de cadeiras e de bicicletas? E você me pediu
uma escrivaninha, uma cadeira e uma bicicleta. Não pediu uma escrivaninha
específica, nem uma cadeira e bicicleta específicas”. E após ter feito
o pedido, com esse posterior entendimento que ele disse que lhe fora ensinado
pelo Espírito Santo, concluiu: ─ “Encomendei
essas coisas em termos tão específicos que Deus não poderia cometer erro algum
ao entregá-las”. Quanto a Deus necessitar saber exatamente o que
queremos para nos atender, e se enganar se não souber. Não procure isso na
Bíblia, pois não irá encontrar, e pelo contrário leia Romanos 8. 26-27. No
mais, quanto a essa descabida afirmação de Cho, só perguntando a ele; de onde e
“de quem exatamente” aprendeu isso? Que não foi o Espírito Santo como ele
afirma. Sabendo eu, que qualquer pessoa que conheça a Bíblia concordará comigo.
101
Sendo esta formação “orações específicas” coisa muito
séria, embora já tenha citado acima o texto da carta aos Romanos vou fazer
também de forma específica contrapontos com efetiva base bíblica e específica
contextura. A primeira contraposição que faço vem de Tiago 4. 3 ─ Pedis e
não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Irônica
e objetivamente Tiago diz aqui que esse falso específico pedido não é atendido
por ser um pedido desagradável a Deus ─ sendo esclarecedora essa fala de Tiago,
pois como afirma o nosso irmão Yonggi Cho, se o pedido não for específico
Deus não entende. Mas se Deus entendeu que foi um mau pedido (como informa
Tiago), isso infere que foi específico e não vai ser atendido. A outra
ponderação, eu as tomo de Salomão e de Isaías. No livro II Crônicas 7. 14 ─ e
se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a
minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e
perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Também o que nos diz
o profeta Isaías 59. 1-2 ─ Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para
que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir; mas
as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos
pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça. Nem
vou comentar esses dois textos, porquanto a grande maioria dos crentes em todo
o mundo; os conhecem de cor e sabem exatamente como interpretá-los, todavia é
seriamente preocupante que o irmão David (Paul) Yonggi Cho, tenha se deixado
levar por uma ilusória revelação que colide frontalmente com o texto sagrado e
o mais grave ainda; são os pastores e líderes sérios que não atentam para erros
tão elementares como esse e os ensinem a crentes que se sentirão inibidos e até
aceitarão essas coisas tão-somente pelo peso da autoridade desses seus líderes.
Jesus, quando das suas informações no sermão do monte disse, conforme Mateus 6.
32-33 ─ (Pois todas essas coisas os
gentios procuram) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso.
Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão
acrescentadas. De igual modo no texto já citado anteriormente, sem ser
transcrito, Paulo diz carta aos Romanos 8. 26
─ Do mesmo modo também o
Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir
como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
Pastores e lideranças que se aferem pelo irmão Yonggi Cho, por favor, em nome do
Senhor Jesus examinem com mais cuidado o que ele tem escrito. Porque, se Paulo
e demais servos de Deus que escreveram a Bíblia dizem uma determinada coisa. E
especificamente Paulo quanto ao que o Espírito Santo dissera a ele;
decididamente não pôde ter dito a Yonggi Cho algo diferente que se confronte
com o que dissera a Paulo e outros escritores do texto sagrado; ou que tenha
dado a Cho
novas revelações que se sobreponham à Bíblia.
102
Para concluir os contrapontos à heresia das orações
específicas ensinadas por Yonggi Cho; nos vem à mente um texto de uma das cartas do
apostolo João, que creio explica e sintetiza todas as outras citações que já
fiz, como uma espécie de sinopse do assunto, quanto a qualquer condição,
maneira, se específica ou o que qualquer “revelador ou revelando” queira
sugerir ou impor, conforme João 5. 14 ─ E essa é a confiança que temos
nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. Deus
sabe exatamente o que pretendemos, ainda que dito de maneira confusa e não
específica, e o que em ultima análise determina se receberemos ou não é
exatamente a Sua vontade se sim, não ou espere. Tomemos todos os cuidados com
esses ensinamentos vindos desses chamados “grandes líderes”. Deus é soberano!
103
Realmente essa idéia de oração específica se constitui
em algo sem a mínima consistência e sem base bíblica, porquanto como vimos,
Paulo diz que “nós não sabemos o que pedir” (Romanos 8. 26b) e Tiago diz que
“quando pedimos, o fazemos mal” (Tiago 4. 3), ainda, se formos nos aferir pela
lógica quanto a isto. Os filósofos entendidos neste assunto, Aristóteles
e Hegel,
certamente nos diriam que dentro da visão lógica ─ pedindo eu especificamente
algo que não é da vontade de Deus; no pressuposto desta descabida idéia,
automaticamente Deus estaria impedido (não querer atender) de atender segundo a
Sua vontade, não porque tivesse dificuldades quanto à ciência de dar o que fora solicitado; mas, simplesmente
pelo elementar fato de não querer, pois
a Seu juízo, o que fora pedido não seria o melhor e correto, pois, o
atendimento teria que ser de acordo com o especificamente pedido. Só a
misericórdia de Deus, para algo tão absurdo e fantasioso.
A PALAVRA RHÊMA E PAUL
YOGGI CHO
104
A Palavra de Deus e do seu Filho é viva e eficaz
(Hebreus 4. 12-13), não porque foi adjetivada por esse ou aquele vocábulo, mas
sim, exata e simplesmente, por ser a
Palavra de Deus (o que Deus falou). De igual modo, a palavra que qualquer um de
nós profere não irá produzir alguma coisa por ser no grego rhêma (‛ρńμα) ou até logos (λóγος) ─ porque não existe essa
descabida relação de dependência. Pelo contrário, ela (a palavra, ou aquilo que
falamos) será eficaz se estiver de acordo com o que preceitua a Bíblia, se
houver espiritualidade em quem a profere lhe dando autoridade em qualquer
idioma ou dialeto e em última análise, terá que ser de acordo com a vontade de
Deus.
105
Já que citei acima o texto de Hebreus capítulo 4 ─ que
vou explicar com detalhes após o pequeno retrospecto dessa questão rhêma versus logos. Buscando ajudar, de
alguma forma, é bom trabalhar uma lista no grego de rhêma (‛ρήμα) e logos
(λόγος), que são: Para rhêma ─ Mateus
4.4, João 17.8, Romanos 10.8, Romanos 10.17, Hebreus 1.3 e Hebreus 12.19,
proferidas ou relativas a Deus, o Pai (seis no total). As relativas a Jesus são
as dos textos: João 6.63, João 12.48 e Efésios 5.26 (três no total). Agora observe os textos que se referem a Deus
através da palavra logos (λόγος), que são: Marcos 7.13, Lucas 8.11, João 17.17,
Romanos 3.2, I Tessalonicenses 2.13, Hebreus 4.12-13, Hebreus 5.12, Tito 3.8, I
Pedro 1.23, II Pedro 3.5, I João 2.5, Apocalipse 19.13, Apocalipse 21.5,
Apocalipse 22.6 e Apocalipse 22.18 (quinze no total). Também considere os
textos nos quais logos (λόγος) é usado
para identificação com o Senhor Jesus, que são: Mateus 24.35, Marcos 13.31,
Lucas 4.22, Lucas 4.32, Lucas 21.33, Lucas 24.19, João 1.1, João 8.37, João
8.51, João 14.24, Atos 13.26, Atos 20.35, I Coríntios 1.18 3 Colossenses 3.16
(catorze no total).
106
Como vimos ─ nessa
pequena amostragem ─, constatamos o termo rhêma (grego, ‛ρήμα) sendo usado para a pessoa do Senhor nosso Deus
seis vezes, e para a pessoa do Senhor Jesus três vezes. Entretanto, o termo logos (grego, λόγος) aparece 15 vezes
(nessa rápida pesquisa) vinculado à pessoa de Deus, o Pai, e o mesmo termo logos
ligado à pessoa do Senhor Jesus aparece 14 vezes (nessa também sucinta
pesquisa), e de igual modo, o termo logos
aparece em muitos outros textos; quando de forma geral é usado para identificar
as outras diversas falas no Novo Testamento a que corresponde o vocábulo,
palavra. Do exposto, vou aproveitar para fazer um comentário muito interessante
a partir de dois textos do Novo Testamento, já listados aqui, que são: No texto
de João 1.1, no qual aparece três vezes o termo logos (λόγος), ligado ou de forma efetiva como comparação
(alegoria) do Senhor Jesus como sendo Ele o verbo (palavra) que como já
ponderei; se houvesse no texto bíblico essa descabida valorização da palavra rhêma João não compararia Jesus a logos e sim a rhêma. O outro texto é o de Hebreus 4.12-13, onde o termo logos (λόγος) aparece duas vezes para
identificar (de forma alegórica) Deus o Pai como sendo a “Palavra”; e
atente para o fato de serem esses dois textos, elementos severamente
importantes do ponto de vista da sistematização teológica.
107
E para caminhar um pouco mais neste assunto, que é o
de contestar a construção dessas ditas “premissas”, na maioria das vezes infantis
e não pertinentes; que vou ─ a título de mostrar haver coisas melhores (que se pode fazer) e
não comprometem a “palavra” ou ensinamento do Evangelho ─ que só o faço aqui
como exemplo, para mostrar a minha coerência e sinceridade. Que é: haver de
maneira objetiva no texto sagrado; o Evangelho ser chamado ou corresponder exatamente a Palavra de Deus (o discutido aqui
é exatamente nessa direção), que como vimos é mais representado no Novo
Testamento por logos (λόγος),
conforme Mateus 4.4, Colossenses 3.16, Hebreus 4.12-13 e II Timóteo 2.11. Paulo
em Romanos 1. 16, diz: ─ Porque não me envergonho
do evangelho (grego, ε̉̉υγγέλιον), pois é o poder (grego, δύναμις) de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e
também do grego. O Dr. Alfred
Benhard Nobel (1833-1896), a partir da nitroglicerina inventou o explosivo ─
hoje muito útil na construção de túneis e extração de pedras, também implosão
de prédios ─, que levou o nome de
dinamite (do grego, δύναμις ─ poder), também outros inventos seus, como a
borracha sintética. Vemos aí a natural maximização de a palavra poder, que
Paulo associou ao evangelho (que é a palavra de Deus). Daí, eu poder dizer em
paráfrase: ─ Não me envergonho do
evangelho de Cristo, porque ele é a DINAMITE (δύναμις, poder) ─ que explode o pecado ─, de Deus para salvação de todo aquele que crê.
Perdoe o espírito forte do rô (grego, ‛ρ) minúsculo de rhêma à esquerda por falta de fonte no meu computador para
colocá-lo em cima.
108
Voltando a objetiva visão teológica de Cho. É muito
interessante esse livro, A quarta dimensão de David (Paul) Yonggi Cho, pois, por meio dele, se
pode com facilidade traçar um perfil quase que total da sua personalidade, das
coisas que ele crê, e quanto a isto, de maneira plenamente objetiva o seu sincretismo
budista-cristão, no qual basicamente todos os seus ensinamentos têm esse
conteúdo, cujos básicos são mentalização,
não pensar ou verbalizar coisas ruins, do outro modo, pensar e verbalizar
coisas boas, e o mais grave que é o efetivo condicionar-se ─ coisa
essa tão repugnante, que Paulo roga aos de Roma, que tenham com Deus um pleno
relacionamento racional, até porque todos os problemas do mundo foram assumidos
por Deus em função do nosso livre arbítrio que Ele muito preza e administra em
nosso benefício, conforme Romanos 12. 1-3; entretanto o irmão Cho nos
ensina exatamente o contrário na página 61 desse seu livro: ─ “Adquira
a linguagem bíblica, fale palavras de fé, alimente seu sistema nervoso
com vocabulário construtivo, progressivo, produtivo e vitorioso.
Enuncie essas palavras; continue a repeti-las, de modo que tenham
controle do seu corpo inteiro. Assim, você se tornara vitorioso, pois
estará completamente condicionado a enfrentar seu ambiente e suas
circunstâncias e a alcançar o êxito. Essa é a primeira razão importante para
usar a palavra falada: criar o poder de ter uma vida pessoal de êxito”.
Esse ensinamento aqui sugerido por Cho, se fora realmente bíblico e verdadeiro,
nem necessitaria da Bíblia, porquanto em qualquer chamada caixinha de promessas
estão aí devidamente separados os textos que só fala das coisas que gostamos de
ouvir ─ como também presente na farta literatura da chamada
auto-ajuda ─; ou exatamente o que nos sugere o nosso irmão Yonggi Cho,
diferentemente a Bíblia nos fala também de muitas dificuldades e derrotas que
possam promover o nosso crescimento
espiritual e também nos exorta de maneira severa em muitos dos seus textos.
109
Tenho certeza que você que está lendo este trabalho me
perguntaria o porquê estar falando de maneira específica sobre David (Paul)
Yonggi Cho nesse trabalho sobre igrejas em células e com esta carga de
reprovação; sendo fácil responder a isto, ou você não sabe que é ele o
referencial maior desta dita estratégia da deformação da Igreja de Cristo?
110
O irmão Yonggi Cho, se revela neste seu livro como
alguém extremamente ousado ─ e nos ensina a assim também ser. Sua ousadia criou
e cria a clara possibilidade de conhecer o seu grau acentuado de inteligência e
também megalomania; todavia não o vejo exatamente megalomaníaco, e sim, aquele
que age como tal em dose exagerada, de megalomania, que se exterioriza no
frenético buscar coisas grandes, tentando concomitantemente respaldo na Bíblia
e em ditas revelações. Sendo o trágico e terrível quanto a isto é que ele está
sendo o referencial e indutor ─ indutor não exatamente, e sim o seduzidor
de líderes megalomaníacos e até aqueles que não o são; mas, acabam sendo
seduzidos pela possibilidade de poder e riquezas, via a igreja de Deus,
conforme Paulo advertiu a Timóteo que aconteceria.
111
O evangelho destes movimentos macros, todos nós sabemos
que é triunfalista e seduz multidões (como continua acontecendo), todavia é bom
que tomemos todo o cuidado com isto e nos afastemos deste tipo de ensinamento,
cujo abandono do racional e bíblico ou o confundindo com outras coisas que
possam parecer boas. Como na grande e triunfal já passada reunião da igreja
universal do reino de Deus acontecida no estádio do Maracanã, quando naquela
reunião o bispo Macedo pisou centenas de óculos, quebrando-os a título de que
aqueles que os usavam estariam curados, que não aconteceu, e o próprio Macedo
usa óculos. Muito parecido com o relatado pelo próprio Cho ter acontecido na Coréia, através
de jovens mal doutrinadas. Pode levar pessoas inocentes (como elas) quando
manipuladas, por líderes irresponsáveis e de pouco conhecimento bíblico; a
cometerem desatinos e até perderem a vida, como o caso dessas três jovens,
relatado na página 76 do seu livro. ─ “O rio estava cheio, e a corrente
era forte. As três moças ajoelharam-se, deram-se às mãos e citaram as
Escrituras que mencionam Pedro caminhando sobre as águas. Disseram a todos que
iriam repetir o milagre. À vista das demais jovens, entraram resolutamente nas
águas. Afundaram imediatamente. Três dias mais tarde, seus corpos foram
encontrados flutuando no mar.
112
Esse triste incidente teve repercussões em toda a Coréia.
Os jornais não-cristãos atacaram a fé. Traziam manchetes como estas: Deus
dos cristãos não pôde salvar moças,
ou: “Por que seu Deus não respondeu às orações de fé”.
113
‘Grave e preocupante é a maneira plenamente coerciva e
sem a devida contrapartida de contexto bíblico, que o bom seria o que reclamo: Concomitância
do contraditório, quando Yonggi Cho explica a procedência das suas conclusões, que parece ou não
interessa que outros ensinamentos do texto sagrado colidam com estas suas
conclusões, desde que ele tenha um dito bom argumento no qual se apoiar. No
comentário que ele faz sobre esse grave incidente da morte das três jovens, diz
que na oração feita, elas usaram a palavra Logos e não a palavra rhêma,
quando na realidade, o que aquelas meninas fizeram, foi infelizmente “um ato de
tentar a Deus” (Mateus 4. 5-7 e Lucas 4. 9-12), que lamentavelmente decorreu do
péssimo ensinamento religioso recebido de lideranças triunfalistas e de pouco
conhecimento bíblico, que têm levado pessoas inocentes a erros sérios como este
registrado por Cho
nesse seu livro. Quanto à dita palavra rhêma ─ que segundo Yonggi Cho,
fora a que faltou às três jovens merece comentário maior. Pois o tema palavra rhêma
é um subtítulo do livro dele, que foi retirado de Romanos 10. 17, usando-a como
a palavra que realmente tem efeitos, e em contraponto a Logos, todavia
ele admite e registra que Logos
é de fato a palavra plenamente usada no texto sagrado ─ e de fato assim é.
Porque numa rápida pesquisa do Novo Testamento, encontramos a ocorrência de 68
vezes a palavra (grego, λόγος), contra nove vezes da palavra (grego, ‛ρήμα),
que remete a levar também em conta, ser a epístola aos romanos (de autoria de Paulo,
pois a ditou), entretanto foi escrita por Tércio ─
Romanos 16. 22 ─; digo isto, por ser a palavra (λόγος) o mais presente
nos demais escritos de Paulo. Não há no texto sagrado a sinalização ou a
efetiva construção de neologismos ou maximização etimológica para determinados
termos do grego, “dando-lhe conotação de propriedade evangélica”. Pelo
contrário, para identificar plenamente o amor às riquezas (grego, πλϋτος), como
idolatria, os escritores do Novo Testamento grafaram um vocábulo (palavra) de
origem semítica (grego, μαμωνα ─ Mamon), que de fato identifica o amor
às riquezas como idolatria. De igual modo para se referir a Deus como Pai
misericordioso de forma carinhosa usou-se a palavra de origem aramaica (grego,
Aββα ό Пατήρ -Aba, Pai!) ─ Marcos 14. 36, para a fala de Jesus no
Getsêmane, Paulo escrevendo aos Romanos 8. 15 e aos Gálatas 4. 6. Com relação
ao idioma grego; eles simplesmente usaram palavras do cotidiano plenamente
entendido por todos; pois o grego koiné era o idioma amplamente falado naquela
época, tanto que entendo (como já disse) ter sido o uso desse idioma uma
instrumentalidade do próprio Deus, que se sinaliza claramente na septuaginta, o
Antigo Testamento grego e no Novo Testamento, também o koiné.
114
Ainda, para que possa ficar definitivamente entendido
a improcedência dessa fantasia descabida ─ cuja
verdade plena é ser rhema sinônimo de logos e vice-versa ─, senão observe o texto de João 12.48 ─ Quem
me rejeita, e não recebe as minhas palavras (grego, ‛ρήμα), já tem quem o julgue; a palavra (grego, λóγος) que
tenho pregado, essa o julgará no último dia, que na parte “a” aparece o termo rhema e
na parte “b” o termo logos, conforme
o mostrado acima. Também, embora, de fato, as palavras rhema e logos
sejam sinônimos, no evangelho de João, temos o registro de rhema onze
vezes, cujos endereços são: João 3.3,
João 5.47, João 6.68, João 8.20, João 8.47, João 10.21, João 12.47, João 12.48,
João 14.10, João 15.7 e João 17.7. E para a palavra logos, 35 vezes
―
que é a mais usada, de um modo geral, pelos escritores do Novo
Testamento, as quais são: João 1.1 (três vezes), João 1.14, João 2. 22, João 4.39, João 4.41, João 5.24, João 5.38,
João 6.68, João 7.36, João 7.40, João 8.31, João 8.37, João 8.43, João 8.51,
João 8.52, João 8.55, João 10.19, João 10.35, João 12.38, João 12.48, João
14.23, João 15.3, João 15.20, João 15.25, João 17.6, João 17.14, João 17.17,
João 17.20, João 18.9, João 18.32, João 19.8, João 19. 13 e João 21.23.
115
A maximização da palavra rhêma é uma
especulação sem nenhuma base de sustentação bíblica, lingüística e histórica ─ até porque a identificação prática feita por
ele, David (Paul) Yonggi Cho, do que ela seria; tem exatamente contornos de
sincretismo com filosofias e religiões orientais, que
gerou para nós ocidentais a chamada Doutrina
da Confissão Positiva. Ainda, temos que considerar do ponto de vista da
Bíblia, ser muito sério estabelecer esse contraponto de rhêma contra ou
representar mais do que logos (até por que elas são sinônimas); porquanto
João escritor canônico, e os outros escritores do Novo Testamento, que foram
validados por Jesus; estão acima de qualquer líder ou teólogo contemporâneo
nosso. E foi precisamente João, quando associou o Senhor Jesus quanto ao agir,
fazer e o ser (ação verbal), muito bem traduzido na nossa língua, como verbo,
não usou para o mestre a alegoria rhêma e sim a palavra logos (grego,
λόγος). Ou como se poderia explicar algo tão despropositado,
longe da verdade e do que é teológico, senão vejamos! Se qualquer pessoa diz a
algum possesso, que o demônio que o está oprimindo saia em nome de Jesus; e
segundo Cho ─ essa palavra ou maneira de falar teria que corresponder a rhêma; ou se essa pessoa expulsasse o
demônio falando em grego e nessa fala de expulsão usasse rhema (grego, ‛ρήμα) ─ ou na realidade, o que é exatamente essa tal
palavra nessa fantasia descabida ─; que
é do grego e não do hebraico, ou aramaico (para lhe dar alguma base no Antigo
Testamento), não tendo, portanto nenhuma raiz etimológica com elas, que lhe
dessem até uma pretensa conotação ou característica evangélica de uma espécie
de termo mágico para se resolver tudo. Ou se pudesse ter ─ os que defendem este entendimento diriam ─ é a palavra ‛ρήμα (rhêma),
que é poderosa e tem que ser obedecida. Ah! Parece que Cho, e os que o seguem;
querem dizer que quando alguém fala com autoridade dada por Deus, isso deve ser
entendido como palavra rhêma; isto seria
exatamente dizer que o sinônimo de logos ─ o termo rhêma ─
corresponderia a uma espécie de palavra angelical, não uma língua estranha, a
semelhança do Pentecostes e “sim uma palavra a ser considerada estranha” ─
porque ela pertence ao idioma grego, como o seu sinônimo logos.
Se você que segue esse entendimento, não está gostando do que estou dizendo;
tente ser compreensivo e comece a pensar um pouco mais na direção do que estou
explicando, porque constatará; que se eu e você estamos agora pensando no texto
no original grego, teremos que concluir que logos
estava (e está) presente em várias inserções
do vocábulo palavra em todo o texto sagrado, sendo essa palavra do homem
(idioma humano), não tem ou terá em si nenhum valor espiritual; mas, sendo de
Deus, terá que ser parecida com rhêma.
Afinal de contas, logos, vale alguma
coisa ou é uma palavra de pouco valor e até pouco recomendável para o texto
sagrado? Se assim o for, o Novo Testamento estará invalidado. Graças a Deus que
eu não me deixei envolver por essa fantasia descabida; senão rasgaria
imediatamente pelo menos o evangelho de João ─ até porque já temos problemas
demais na nossa língua com esses modismos: tais como Palavra Profética e a filha da rhêma,
a chamada Confissão Positiva ─, suas
epístolas e o livro do Apocalipse, pelo simples e objetivo fato de João ter
atribuído a Jesus a palavra logos, três vezes, conforme João 1. 1 e não rhêma (parece até que João e os demais escritores do Novo
Testamento não gostavam muito desse vocábulo, porquanto, pouco a usaram), que
nessa visão fantasiosa; o entendimento e espiritualidade de João estariam, não
em desacordo com rhêma e sim muito
longe do pleno conhecimento das coisas de Deus. Complicando até o Senhor Jesus,
que não teria visto essa incapacidade espiritual de João em não identificá-lo
como rhêma e sim como logos.
116
Ainda, há que se considerar que o
evangelho de João foi escrito no final do primeiro século; quando os três
sinópticos e as epístolas de Pedro, a de Tiago e as de Paulo já estavam
escritas, e todos os assuntos teológicos já estavam em plena discussão e
sistematização, não constando esse da maximização da palavra rhêma.
Pelo contrário, foi justamente nessa época e nesse escrito, o evangelho
de João; que ele grafou ─ porque
entendeu ser perfeitamente normal e correto chamar (alegoria) o Senhor Jesus de
LOGOS (por ser o termo mais usado) e
não rhêma, conforme João 1. 1, aqui, três vezes a palavra logos;
que é mais um fato muito importante
histórico-sociológico da hermenêutica, que quando não é levada a sério
acontecem erros lamentáveis como esse do pseudo endeusamento da palavra rhêma em detrimento de LOGOS, que é a que aparece mais vezes
que rhêma no Novo testamento.
117
Também, é importante considerar o absurdo filosófico
dessa conclusão de Yonggi Cho. Porque primeiro não há nenhuma de fato
maximização para rhêma; entretanto,
desde o filósofo Heráclito de Éfeso (540-470 a.C) o do “devir” e os quatro elementos: fogo, água, terra e ar, ou ainda a
visão filosófica, do para baixo
(terra) e para cima (ar); maximizou o termo logos, quando
lhe deu o sentido também de “razão”, que no decorrer da história, se desdobrou
em: tratado; estudo; discurso; menção; declaração; afirmação; dito;
provérbio; decisão, resolução; ordem; Proclamação, ensinamento;
doutrina; filósofo, definição, hipótese; tradição, pacto; palavra;
verbo; condição; tradição; oráculo; mito; palavra revelada; diálogo; obra;
escritura; norma; razão divina; fundamento; plano; preceito e outros
entendimentos que somam 55; isto, segundo o Dicionário do Grego do Novo
Testamento de Carlos Rusconi, como também aparece em outros Dicionários do grego.
Quando a partir daí esse entendimento para esse vocábulo; o fez ganhar grande
peso lingüístico, que foi crescendo ─ como o entendemos hoje e no início da era
cristã essa importância tornou-se até “decorrente” ─ e o seu quase que prioritário uso na escrita
do Novo Testamento, como se vê principalmente nos escritos de João. Essa
visível proeminência do termo logos sobre rhema, entretanto sem
conotação espiritual ─ exatamente diferente do que ensina Paul Yonggi Cho ─, possivelmente foi isso, mais um dos
motivos do amplo uso do vocábulo logos no texto sagrado. Essa também outra
informação ─ que é um fato filosófico e histórico ─, torna a especulação herética de Paul
Yonggi Cho, quanto a rhema, como algo por demais infantil, perigosamente
teológico e desprovido de razão (que é também logos) e de uma pesquisa
hermenêutica frágil, inconseqüente e sem seriedade.
118
O fato
importante foi de toda pujança da cultura e filosofia grega ganharem sua fase
de ascensão a partir do sexto século antes de Cristo, e se expandiu por todo o
mundo então conhecido por ação de Alexandre o Grande; quando consolidou a
hegemonia Greco-macedônia, contrariando o seu professor, o grande filósofo
Aristóteles que dizia ser a cultura grega exclusivamente deles, Alexandre
difundiu a cultura e o idioma grego por todos os seus domínios, que antes
pertencia aos Medos-persas.
119
O
interessante quanto a isso foi que posteriormente, mesmo após a consolidação do
Império Romano com Otávio, o augusto em 27 a.C.; a cultura e o idioma grego,
anteriormente difundido com o nome de koiné
(comum) ─ que carregava também dentro de todas as ponderações que fiz sobre o
vocábulo logos ─ continuaram presentes
em todo o mundo então conhecido, com a mesmo força ─ como a tinha na hegemonia
Greco-macedônia. E isto ─ como já expliquei anteriormente ─, teve a vertente
importantíssima da filosofia, que no caso específico do termo (vocábulo) logos, aconteceu precisamente a partir
dos postulados de Heráclito de Éfeso, no seu devir, quando ele atribuiu a logos (palavra) o também entendimento
“razão”, e de igual modo ─ nesta ampliação do entendimento do vocábulo logos, dissera algo surpreendente do
ponto de vista metafísico, na afirmação: Os homens são obtusos com
relação ao ser logos, tanto antes como depois que ouviram falar dele; e não
parecem conhecê-lo, ainda que tudo aconteça segundo o logos.
120
Está aí,
um fator importantíssimo do ponto de vista cultural e didático para o uso
prioritário do vocábulo logos em
detrimento de rhema ou exatamente o
contrário desta fantasia herética defendida por Yonggi Cho. E de forma conseqüente
João e os demais escritores neotestamentários tiveram também este forte motivo filosófico
e de melhor forma de informação teológica, a partir de um termo (vocábulo) mais
abrangente no seu sentido etimológico e semântico. Coisa, que quem escreve
sobre determinado assunto, deve ter o mínimo necessário de informação sobre o
mesmo, principalmente quando se trata de algo que atribua a Deus, quer como
fala ou ato. E quanto ao específico escrever, é pressuposto primário e
prioritário, que se busquem termos (palavras, vocábulos), os mais usuais
possíveis do conhecimento e entendimento daqueles aos quais queremos informar,
o que demandou a presença ostensiva de logos na escrita do Novo Testamento.
121
Também,
sendo o evangelho de João bem diferente dos três de fato sinópticos Mateus,
Marcos e Lucas; cujos dois primeiros tinham como público alvo, a igreja judia e
o de Lucas, as igrejas num todo ─ até porque Lucas era gentio ─; diferentemente
o evangelho de João mistura história (a saga do ministério de Jesus) com
considerações teológicas suas; numa clara consciência, também presente nos três
sinópticos, da cultura e do idioma
grego; quando, considerando isso, na medida do que não colidia com o
Evangelho de Jesus, ele (João) aproveitou os elementos didáticos da então
predominante cultura helênica e idioma grego, como já acontecera com os outros
escritores do Novo Testamento, que escreveram antes dele, usando exatamente o
grego koiné; que ainda, considerando fato; de ter sido inicialmente o
evangelho de Mateus ─ ou segundo Mateus,
(escrito inicialmente em aramaico e
depois vertido para o grego), ou como o de cada um dos evangelistas; creio que você deve ter notado, quando me
refiro aos ensinamentos de Jesus, uso para Evangelho a grafia maiúscula e para
os registros dos evangelistas a minúscula. São estes alguns dos componentes
hermenêuticos, que cabem e também são necessários (podendo ser explicado) para
se ter uma segurança mínima no construir doutrinas e regras teológicas, sendo
isto, o que faltou a Yonggi Cho nessa desastrosa maximização do vocábulo rhema
em detrimento de logos.
122
Ainda, não
esqueçamos Anaxágoras (500-428 a.C.), filósofo de Clezômena na Jônia, que para
sua visão filosófica do princípio (grego, αρхє), aventou a idéia do νους ou
νοός, que em português corresponde a: mente; compreensão; inteligência; modo de
entender, conforme Lucas 24. 45; intenção, desejo, conforme Romanos 7. 23-25, e
de forma objetiva Anaxágoras deu ao seu entendimento nous (transliteração) a idéia de razão ou uma espécie de espírito
controlador ou exatamente as características dadas por Heráclito ao logos, inclusive, há na obra de Platão Fedon; considerável comentário de
Sócrates sobre Anaxágoras e o seu nous,
que ele disse ter se apaixonado pela Idéia, entretanto, se decepcionou no
seguimento das ponderações de Anaxágoras, que também contemplava os quatro
elementos de Heráclito, quando depois de Platão, em Aristóteles esses quatro
elementos foram sistematizados; o que durou até John Dalton (1766-1844), que
provou de forma empírica a existência do átomo e a definitiva improcedência dos
quatro elementos como base da formação de tudo no mundo.
123
Também, e
até muito é interessante isto. O fato de que desde o Gênesis, Deus nos foi apresentado
na Bíblia como transcendente e precisamente na idéia de um ser ou ente
espiritual (o Espírito de Deus), conforme Gênesis 1. 2. Disto se conclui, ser
praticamente impossível que, de alguma forma, esse entendimento de Deus ─ Θεός,
termo inventado (criado) pelos gregos ─ que é transcendente e fora plenamente
identificado com o tetragrama do hebraico
YHVH (transliteração), não tivesse penetrado a cultura e filosofia
grega ─; cuja ocorrência em Heráclito e
Anaxágoras (quinto século antes de Cristo), porque esse entendimento existia na
literatura político-religiosa do povo judeu desde 4000 anos antes de Cristo
(idade da história efetivamente escrita) ou 3500 anos presente entre os judeus
antes de Heráclito e Anaxágoras, com características exatamente transcendentes.
Além, de no período dessas ocorrências nesses dois filósofos, estava também presente
a todo o tempo na cultura grega a idéia de transcendência, no Panteão dos
deuses gregos. Parece-me que Paul Yonggi Cho e diversos teólogos têm
dificuldades com todas essas informações históricas, culturais, filosóficas e
teológicas.
124
Creio ter dito o suficiente
quanto a David
(Paul) Yonggi Cho versus igrejas em células; porque a questão não é se
milhares aderem a isto ou aquilo; pois os meios não podem justificar os fins
e sim o verdadeiro Evangelho sendo pregado e pessoas amando e desejando a volta
de Jesus e não nos milhares que crêem que Deus os ama e os quer fazer prósperos
e felizes nesse mundo que jaz no maligno.
125
Todavia, para concluir quanto ao irmão Cho, o
“ícone” desse negócio chamado igrejas em células ─ inclusive exercendo o que é legal quanto ao
crédito ao autor e também respeitando o que preceitua a Editora Vida (que
editou o livro) ─; terminarei citando um
pequeno texto do mesmo livro. Aproveitando antes para trazer à lembrança o que
disse Voltaire,
quanto à crítica ou aprovação que se possa fazer sobre a obra de alguém. Para
não gostar e ser contra o que escrevi. É necessário que este meu trabalho seja
lido e estudado com profundidade como fiz com o livro A quarta dimensão do
irmão Yonggi
Cho.
126
A citação que faço agora para concluir
sobre igrejas em células e de modo mais específico sobre David (Paul)
Yonggi Cho,
é justamente a que dentre outras, mostra, de maneira clara, a personalidade,
inteligência, grau exacerbado de megalomania e ousadia de Yonggi Cho,
que está na página 113 desse seu livro, A quarta dimensão, quando disse
a um determinado gerente de banco: ─ “Senhor, vim aqui com um projeto
tremendo e vou lhe fazer um grande favor. ─ Sim. Se o senhor me fizer um
pequeno favor, posso trazer-lhe 10 mil contas novas para o primeiro ano ─ disse-lhe.
Dez mil contas novas? ― exclamou ele. ─ Apanhe o telefone e peça informações
a meu respeito. Sou o dr. Yonggi Cho, pastor da maior igreja evangélica
da Coréia. Nossa igreja possui mais de 10 mil membros, e tenho grande
autoridade sobre todos esse cristãos. Posso fazer com que todos eles
transfiram suas contas para seu banco no ano que vem. Far-lhe-ei esse
tremendo favor se o senhor me fizer um pequeno.”
127
Toda esta demonstração de habilidade,
inteligência e exacerbado domínio sobre a vida de pessoas que têm o
livre-arbítrio e o direito de exercê-lo, não havendo por parte dele respeito
quanto a isto ─ que na citação acima, Cho diz ser dono da
vontade daqueles crentes ─, mostrando parecer que estas lideranças não têm entendido e
respeitando isto, pois, todas impropriedades foram exercidas na direção de
conseguir um cheque de cinqüenta mil dólares sem oferecer garantias ─ que ele conseguiu ─; não sendo tão fácil
assim, pois demandou mais habilidade ainda de Cho, inclusive, quando usou de
chantagem para com o presidente do banco, quando disse: ─ “Se
o senhor não o fizer ─ interrompi ─, tenho outros lugares aonde ir. Poderia
fazer esse favor ao banco Cho Heung”. Decididamente não estou aqui
patrulhando o irmão Yonggi Cho e os demais chefões evangélicos ─ até porque este
posicionamento meu, do ponto de vista da ótica humana pode me prejudicar grandemente
quanto à veiculação deste e de outros meus trabalhos em função da unanimidade
que ele é e estes mega ministérios têm ─, todavia, como disse Pedro ─ também, movidos pela ganância, e com
palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já
de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita; e em Atos 4.19,
também diz: “importa agradar a Deus e não a homens”; que faço racionalmente e
buscando me apoiar na revelação plena já existente no texto sagrado, da qual
não abro mão ─ não que não creia em revelações e profecias, que denomino de
“domésticas”, como busco informar no denominado de Os dons do Espírito Santo no estudo sobre profecias.
128
Entendo já ter sido muito claro quanto à
deformação ou a idéia anti-bíblica de mega congregações; que não têm nenhuma
base no Novo Testamento, pelo contrário, como já expliquei, o que nos é
ensinado ajusta-se a idéia de pequenas congregações autônomas que se reportam
diretamente ao seu pastor e ali se resolvem tendo o Senhor Jesus como cabeça.
Seminaristas e pastores auxiliares dediquem-se com amor e afinco à sua igreja e
ao comando do seu pastor presidente; entretanto jejue, ore e clame
insistentemente a Deus, em nome do Senhor Jesus, que se produza na mente dos
pastores presidentes a grandeza de alugar ou construir congregações, e
remetê-los devidamente aprovados por ele e a igreja a qual pertença; para esta
agora autônoma e plenamente igreja, cujo vínculo com a igreja mãe seja
tão-somente o fraternal e dos mesmos princípios.
129
Para sintetizar e mostrar o pleno
horizonte do que tenho veementemente defendido aqui; vou fazer uma pequena
análise a partir da geografia dentro da visão cartográfica. Como sabemos, o
nosso planeta terra tem a forma esférica (geóide). A cartografia o mapeou a partir
dessa forma, onde guardada as devidas proporções, aqui literal, objetiva e
direta, levando-se em conta a óbvia escala, se tem a plena visão de todas as
regiões, ressalvando quanto à questão topográfica. Convencionou-se também a
linha chamada do Equador (que divide os dois hemisférios) e as demais paralelas
divididas em graus para norte e para o sul, que mede a latitude no sentido este
e oeste; o meridiano de Greenwich, que convenciona na interseção com a linha do
Equador, o marco zero e os demais meridianos divididos também em graus, 180º
oeste e leste, que mede a longitude no sentido norte e sul. De igual modo convencionou-se
duas outras linhas circulares: o Trópico de Câncer (norte) e o de Capricórnio
(sul), respectivamente com 230 27’ 30’’ de inclinação em relação à
órbita elíptica da terra versus o seu centro e o centro do sol. Essas
convenções exatamente associadas ao mapeamento do esférico (geóide) da terra e
do sol.
130
Questões de ordem econômica, navegação e
domínio do saber, fizeram com que se procurasse a maneira mais fácil de
trabalhar com todos estes dados, quando da criação do planisfério ou as cartas
e mapas planificados. Que na projeção de Gerhard Kremer, codinome Mercator, a
mais usada hoje, na de Mollwile, na de Peters; quer na cilíndrica, cônica, azimutal
ou plana. Onde na projeção cilíndrica, em todos os pontos que estão bem
próximos da linha do Equador e com graus perto de zero na direção latitude,
quer norte ou sul, a deformação é praticamente nula; entretanto, caminhando na
direção latitude, aos pólos, quer norte ou sul, teremos uma deformação
crescente no que diz respeito às áreas ou janelas ─ como nós Batistas gostamos
de chamar essas áreas geradas pelas intercessões de paralelas com os meridianos.
Na projeção cônica; já começa a haver deformação a partir do zero da linha do
Equador, que é decrescente (para menor área), até a latitude 450
(deformação máxima, para área menor), diminuindo essa deformação, à medida que
se aproxima de um dos pólos. O maravilhoso quanto a isso foi e é a plena
administração ─ poder trabalhar operacionalmente com essa convenção que envolve
dentro de si deformações que podem e são administradas pelo homem. Estou fazendo esse trabalho de informar
quanto à convenção planisfério, porque quero compará-la a algo importantíssimo
relacionado com igrejas versus a “deformação igrejas filiais” e conseqüentemente
com esse outro negócio chamado igrejas em células.
131
João fala do dia do arrebatamento no seu
relato do Apocalipse 1. 7 ─ Eis que
vem com as nuvens, e todo o olho o Verá, até os que o transpassaram; e
todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. Sendo que esse
relato de João já havia sido feito por Jesus no final do seu ministério,
conforme Mateus 24. 30 ─ Então
aparecerá no céu o sinal do filho do homem, e todas as tribos da terra se
lamentarão, e verão vir o filho do homem sobre as nuvens do céu,
com poder e grande glória. Isso, me permite trabalhar na direção de que o
olhar ou o ver de Deus, os nossos atos e tudo o que acontece no planeta terra,
não implicará necessariamente; se Deus estivesse de frente para o Brasil. Para
ver o Japão teria que dar uma volta de
1800 ou ter o poder de fazer curva com o olhar ─ essa
conjectura elementar e infantil é para se poder raciocinar quanto a algo
importante relativo a nós seres humanos, que é o dito nos textos acima, que
todos veremos a vinda de Jesus ─ um plano de onde, de todas as suas
regiões sairão olhares vetoriais na
direção Dele, como se todo o globo terrestre fosse algo à semelhança dos mapas
planificados. Pensemos agora no fato de que os cartógrafos conseguiram
planificar de maneira administrável a superfície esférica da terra. Por quê?
Deus o Senhor de todas as coisas não pode ver toda a superfície da terra ao
mesmo tempo, e de igual modo, as nossas orações não precisam fazer curva; pois
em nome de Jesus seguem, como um vetor, diretamente para Deus, e não só isso,
mas tudo acontece no momento em que Ele julgar necessário ou simplesmente
quiser.
132
Essa avaliação nos leva a algo muito sério
diretamente ligado às igrejas, que é a repugnante centralização de poder
exercido pelos pastores presidentes de igrejas matrizes, bispos, missionários,
apóstolos e outros chefões ditos evangélicos. Oportunamente, se alguém quiser
me processar pelo dito aqui; que fique bem claro não estar contestando esse
estado de coisas do ponto de vista legal (constitucional) e sim bíblico ─ que
remete ser a minha contestação avaliada via o Direito de fé e a Constituição
maior, que é a Bíblia, a qual estabelece normas para tudo isto ─; quando quem ocupa o lugar de Cristo na
chefia de igrejas já resolvidas e com seu pastor, está em total contraposição
com princípios bíblicos, e terá que dar contas ao Senhor na sua volta.
133
Porque não foi este o modelo criado por
Jesus o Filho unigênito de Deus e seguido pelos seus apóstolos; senão lembremos-nos
do seu exemplo e de suas palavras. O Senhor não nasceu filho de uma princesa
judia que morava em um palácio, não foi atendido, para o seu nascimento em um
hospital ou maternidade “cinco estrelas” ─ onde são tratados os grandes
líderes, que dizem ao povo serem procuradores de Deus e que vão curar-lhes
todas as suas enfermidades ─ quando se vêem diante da menor dor de barriga, vão
imediatamente para esses centros médicos vips especiais.
134
Jesus, nascido em Belém, cidade da Judéia ─ para
provar o seu vínculo profético com a realeza de Davi, todavia, para que também
nele não houvesse nenhum referencial de ostentação. O parto que o trouxe ao
mundo aconteceu em uma infecta estrebaria, e teve como berço uma manjedoura ─ um cocho, recipiente de comida de animais.
A sua origem (moradia) foi a da pouco recomendável região da Galiléia, conforme
a profecia de Isaías 9. 1-7 e precisamente na cidade de Nazaré, que ensejou a
censura de Natanael quanto a essa sua origem, como o registro de João 1. 46 ─ Perguntou-lhe Natanael: Pode haver coisa boa vinda de
Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê. De igual modo os fariseus buscaram o desautorizar pela sua origem,
que de fato era humilde e de uma região obscura como profetizou Isaías,
conforme João 7. 52 ─ Responderam-lhe
eles: Es tu também da Galiléia? Examina e vê que da Galiléia não surge profeta. E
como o próprio Jesus disse, conforme Mateus 8. 20 e Lucas 9. 58 ─ Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves
do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. No mais quanto a Jesus, leia também o texto
de Isaías 53. 3 ─ Era desprezado, e
rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado em nos sofrimentos; e,
como um quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele
caso algum (ler todo o capítulo). Que descreve essa parte
importantíssima do ministério dele e em Isaías 61, também todo o capítulo, que
muitas lideranças gostam de se apropriar, como se fosse para si ─ outros, o
citam para seus líderes, por falta de conhecimento bíblico, senão leia Lucas 4.
14-21, onde o Senhor Jesus informa que o texto de Isaías 61 é uma profecia
sobre a sua pessoa. Se quem usurpa o lugar de Jesus e quer também copiá-lo, não
tente pela sua glória, pois nessa posição não poderão fazê-lo, e sim tentem
pelo possível e correto, a estrebaria infecta, sua vida terrena humilde e a
rude cruz.
135
Esse é o Senhor Jesus cabeça da Igreja e das
igrejas; que os chefões usurpam o seu lugar na chefia delas, entretanto não
querem agir como aquele humilde Rabi e ser como ele no que viveu e sofreu, este
é o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Filho unigênito do Deus.
136
Também com relação aos apóstolos, os
chefões terão grande dificuldade em tomá-los como exemplo, pois nenhum deles
ficou rico à expensas do Evangelho, pelo contrario foram perseguidos e
maltratados, tendo tido, inclusive, a maioria deles morte violenta e espoliação
dos seus bens, excetuando o apóstolo João e Pedro, que morreram de velhice.
Citei aqui o apóstolo Pedro propositadamente, porque a tradição católica romana
diz que ele morreu crucificado de cabeça para baixo em Roma. Não sendo isso
decididamente verdade. Primeiro porque não há prova histórica de que Pedro
tenha estado em Roma e ali ter sido crucificado; e outro fato interessante e
contundente é o do Evangelho de João ter sido escrito por volta do ano 90,
Pedro era bem mais velho que João e possivelmente já havia morrido nessa época,
e precisamente no seu evangelho (João 21. 18-19) ele registrou uma profecia anterior
de Jesus dizendo que Pedro morreria de velhice. Que ele, agora fazendo esse
registro já no final do primeiro século fala disso como realmente assim tivesse
acontecido (versículo 19a). No meu livro Ceia, sim! Cruz, não! Esse
assunto foi amplamente debatido.
137
Quando falei anteriormente da visão de
Deus tendo o globo terrestre como planificado; pensei também imediatamente na
nossa relação vetorial com Ele ─ que é
um vetor (alegoria geométrica) que sai de cada um de nós exatamente na direção
de Deus, e no caso de cada igreja através do seu pastor; é e terá que ser
sempre assim. Imagine agora uma igreja filial ou célula, onde qualquer célula
que tenha sua efetiva administração espiritual é de fato uma igreja no Senhor,
que do ponto de vista dessa institucionalização desses mega negócios, quando em
orações ou se dirigindo a Deus, dentro dessa visão da dependência hierárquica.
Considerando a alegoria vetorial que tenho proposto. Teríamos o vetor que sai
dessa igreja na direção da matriz, e da matriz, sendo sancionado pelo que tem
autoridade e manda e desmanda, como diz o irmão Yonggi Cho, sairia outro vetor na
direção de Deus. Decididamente não existe a relação com Deus, via um
intermediário pastorzão ou qualquer outro chefão, que dentro desta
alegoria vetorial seria o contato bi-vetorial, ou um vetor que vai a um
ponto central, e deste, para chegar Deus (como o explicado acima). A nossa relação
com Deus é plenamente uno-vetorial e em nome do Senhor Jesus,
como Ele ensinou à mulher samaritana e conseqüentemente a nós, conforme João 4.
23-24. Explicando melhor essa questão uno-vetorial. Temos como
ensinamento bíblico que existe a de fato essa relação nossa para com Deus e
Dele para nós, quando demonstrei não existir relação de dependência de pastor
da filial versus o da matriz para se chegar a Deus. Que de igual modo o
texto sagrado mostra no livro do Apocalipse (nas sete cartas às igrejas da Ásia);
Deus se dirigindo de maneira alegórica a anjos (pastores) e não arcanjo, como
na antiga aliança, quando havia sumo sacerdote, que era alegoria de Jesus, que
se findou nele, ou de fato a efetivos pastores e não a ditos apóstolos,
missionários, bispos e semideuses, que não são legitimados pelo texto
bíblico.
138
Não sei se estou me fazendo entender
plenamente quanto a essa alegoria da planificação do globo terrestre na nossa
relação com Deus, todavia, vou prosseguir para fechar essa questão. Se nós
realmente estudamos a Bíblia e nos preocupamos com as importantes diretrizes
estabelecidas por Deus para a nossa vida; constataremos a importância da grande
comissão e da forma de evangelizar estabelecida por Jesus, a qual se
sintetizou, operacionalizou e objetivamente se materializou no evangelismo da
comissão dos doze e na comissão dos setenta; e por inferência é o modo
operacional ou a verdadeira estratégia de Deus para a evangelização a nós
exigida na grande comissão, que não tem nada a ver com esse sistema de igrejas
em células, que é os fins sendo justificados pelos meios.
139
Também, um ser humano estar diante de
multidão para falar das coisas de Deus é legítimo e perfeitamente normal diante
de Deus; entretanto é herético e usurpação daquilo pertence a Deus e ao seu
Filho o Senhor Jesus; a autoridade e mando de um homem sobre milhares de servos
do Senhor, que do ponto de vista humano só se reportam ao seu efetivo pastor,
que é o que as conhece e as apascenta de fato.
140
A outra questão clara no Novo Testamento é
a opção estabelecida por Deus; isso sinalizado desde o cativeiro babilônico
pelas pequenas congregações autônomas ─ muito claras no texto sagrado ─; que dentro
da visão de planificação do globo terrestre Deus quer ver pequenos núcleos aqui
e ali, espalhados horizontalmente... O estudo sério das Escrituras me permite
dizer que Deus não se alegra em ver grandes templos erguidos para a glória do
líderzão e não Dele. E grandes aglomerações, em detrimento da ausência de
pequenos templos em várias regiões, sejam no Brasil ou qualquer outro país; que
nesta idéia do ponto de vista do direito bíblico de cada pastor ter o devido
suprimento das suas necessidades com dignidade; pois digno é o obreiro do seu
salário, a que deveriam estar atentos os que controlam várias igrejas e pastores,
e têm grandes templos, vinculando-os à vontade de Deus. Quando essas coisas grandes só causam transtornos de
mobilidade, ecológicos e de toda ordem de dificuldades em função da presença
indevida de um grande número de pessoas num determinado lugar. Que analisando
com sinceridade só interessa de fato ao sentimento de megalomania do líder.
Sendo que isso não quer dizer que não se faça eventos evangélicos específicos e
transitórios de grande porte, como falei acima de evangelismo.
141
Ouso afirmar que Deus está dizendo, não
sendo levado a sério; a esses queridos pastores que controlam outras igrejas,
bispos, apóstolos, missionários e outros que quase se intitulam como semideuses.
Que usem esses milhares e até milhões de reais ou de outra moeda qualquer, em
outros países e plantem igrejas em regiões onde o evangelho ainda não está
sendo pregado, mandem para lá aqueles pastores seus auxiliares que são dignos
de confiança e dê total autonomia a essa nova igreja. Se isso for feito de
maneira séria, em pouco tempo o Senhor nosso Deus, ao olhar para o nosso
planeta terá a satisfação em ver que estamos fazendo conforme o que a Bíblia
ensina.
142
Tome de igual modo todo o cuidado com as
citações bíblicas aleatórias que visam legitimar igrejas em células, sem o
devido estudo dos casos; quanto ao momento sociológico, político e religioso,
que geram para certos modos de fazer este ou aquele procedimento narrado no
texto bíblico, que de forma contraditória colidem com a Bíblia; e já que aqui
estamos falando em nível acima do básico; observe citações como Atos 1.13-15 e
Atos 2. 2, que se refere a cenáculo e não exatamente residência. Sem me alongar
nesse assunto no momento, vou listar textos que se refere à efetiva ação de
Jesus e posteriormente dos apóstolos no templo e nas sinagogas, que inclusive
algumas se tornaram igrejas. A lista é a seguinte: Mateus 12. 9-15, Mateus 21. 23-27, Mateus 24. 1-2, Marcos 1. 21-25,
Marcos 6. 1-3, Marcos 11. 27-33, Marcos 12. 35-37, Lucas 2. 39-52, Lucas 6.
6-11, Lucas 20. 1-8, João 5. 13-15, João 7. 10-15, João 8. 1-2, João 10. 22-28,
Atos 2. 4, Atos 3. 1, Atos 3.11-26, Atos 4. 1-4, Atos 5. 17-32, Atos 5. 17-32,
Atos 9. 19-22, Atos 13. 5, Atos 13. 13-16, Atos 14. 1-3, Atos 17. 1-4, Atos 17.
10-11, Atos 18. 4, Atos 18. 18-22, Atos 21. 26.
143
O ponderado aqui teve uma visão ampla
sobre igrejas em células, que como busquei demonstrar; as mais certinhas e
equilibradas formulações praticadas aqui e ali, nessa ou naquela igreja ─ que
estariam dando certo e promovendo o crescimento dessas igrejas. Aceitando e
entendendo isso, peço a você que está lendo esse trabalho considere com
seriedade tudo o que aqui foi dito, as palavras do Senhor Jesus e de Paulo
quando avisaram quanto ao caminho mais fácil e dissociado do que é bíblico.
144
Finalizando, essa deformação igrejas em
células, decididamente (como tenho explicado) é o que poderíamos chamar,
desculpe o coloquial, “forçar a barra”, pois o que efetivamente aconteceu foi:
Primeiramente, a evangelização dos judeus através da comissão dos doze e dos
setenta ─ também por João Batista que apontava para Jesus; e no período
apostólico após a perseguição de Saulo (Atos 8. 1). Leiam todo o capítulo oito
de Atos para saber exatamente o que foi o evangelismo da igreja de Jerusalém e
de modo especial a do diácono Filipe. A partir do capítulo nove; a conversão de
Saulo, suas viagens missionárias, que seguiram a metodologia das primeiras
comissões criadas por Jesus, dos doze e dos setenta ─ irem de dois em dois ou em um, como Filipe
ou mais de dois, como Pedro indo a Cornélio sendo acompanhado por alguns irmãos.
145
É este o verdadeiro evangelismo bíblico. E
não estou falando contra reuniões, pontos de pregação e até igrejas em casas,
porque afinal de contas nós crentes de igrejas sérias, conhecemos esse tipo de
trabalho, desde que o Evangelho chegou ao Brasil; e creio que você vivenciou o
participar daquelas reuniões nos lares, posterior ponto de pregação e depois
igreja. Foi exatamente assim que aconteceu com a igreja primitiva, após o
evangelismo feito pelos crentes de casa em casa. Até porque esse modismo
igrejas em células está exatamente a partir de alguém que já fora evangelizado
e cede sua casa. Quando o pressuposto da “estratégia” do Senhor Jesus, dois em
dois, de casa em casa, busca prioritariamente atingir àquele que não conhece a
Palavra e abrir a sua casa para o Evangelho.
146
Não estou aqui criticando ou falando
contra a qualquer coisa que se faça nos lares em nome de Jesus. Agora, estou
sim veementemente denunciando esse modismo pseudo-evangélico da instituição
chamada igreja em células, cujo pressuposto é o gigantismo das igrejas em
função do domínio e projeção do líder.
147
Essa ponderação final também é para lhe trazer
a lembrança o início desse modismo, o G12; que teve praticamente
rejeição total de todas as igrejas assim que apareceu. Onde os modelos atuais
se têm mostrado mais sedutores, pois atenuaram o componente de alienação do
mecanismo operacional tornando-o menos agressivo, cujo pressuposto básico ainda
é vigente em todos ─ comporem as lideranças com crentes que não façam
questionamentos quanto aos métodos e com novos convertidos. Sem os “chamados
encontros traumáticos de alienação”, como foi amplamente divulgado e rejeitado
por muitos pastores. Seja o G (grupo) de qualquer quantidade de pessoas, com
maior ou menor grau de alienação, tenha que resultado tiver; se próximo ao de Yonggi Cho
ou não. Igreja em células como instituição é exatamente o que procurei explicar
nesse pequeno estudo ─ os fins sendo justificados pelos meios, que não
tem base bíblica e nem Maquiavel concordaria com isto ─; sendo muito grave, porquanto
ele associa essa consideração a de “todo o mundo ser (a grande maioria) do
vulgo” ou pouco inteligentes, nos quais, alguns que entendem alguma coisa não
são ouvidos e até perseguidos.
148
Se você está convivendo com o início de
igrejas em células em sua igreja observe, não sei se está observando; e você
que não convive com isto em sua igreja estude o assunto e observe tudo o que já
disse e estes pontos que estou sintetizando para memorização. O processo
coercivo de implantação da idéia de igrejas em células começa por omitir o nome
ou a de fato denominação igrejas em células; que paulatinamente aqui e
ali vai aos poucos sendo insinuado. Após se conseguir a cooptação de parte
importante da liderança, o nome aparece; aos poucos vai se buscando também
incutir a idéia na mente dos que se mostram refratários ou reticentes, que a
medida da diminuição do seu número, passam a ser tratados como crentes de pouca
visão espiritual ─ coisa esta que desde o início do processo de cooptação é
dito de maneira amena, porém continuada; que aqueles que não entendem ou
aceitam a idéia de igrejas em células não serem crentes espirituais; que conduz
─ nesse processo de alienação espiritual ─ contra a estes que estão
legitimamente exercendo o direito bíblico de examinar, reter e praticar, o que
for bíblico, justo e agradável a Deus ─ a um estado de culpa ou acabam sendo cooptados
nesse processo de alienação.
149
Estratégia genuinamente bíblica ou a
perfeita forma de evangelizar e conseqüentemente ensinar é a que foi ensinada por
Jesus; do ir de casa em casa ─ a comissão dos doze e a dos setenta, e
posteriormente o trabalho feito pelos apóstolos ─ examinem as viagens
missionárias de Paulo, nas quais, esta forma verdadeiramente bíblica de fazer
um trabalho sério, possibilita de fato o atingir a todos que ainda não conhecem
o Evangelho. Porquanto, se formos a todas as casas, teremos realmente ido e
pregado a todos, cuja conversão depende única e exclusivamente do Espírito
Santo. Igreja em célula é puramente um expediente humano que agrega a visão
centralizada da antiga aliança ─ já passada, inverídica base bíblica neotestamentária,
objetivo megalomaníaco e o mecanismo de alienação, que tenho mostrado desde o
início. Embora se apresente como algo plenamente espiritual, todavia merece ser
rejeitada e combatida veementemente, porque em contraposição com o ir de casa
em casa, esse negócio só atingirá os vizinhos dos membros desta igreja. Embora
tenha detalhado no decorrer do estudo a vertente de alienação e motivação
triunfalista deste modismo; peço-lhe observar com carinho o comportamento
emocional e discurso de fé da maioria dos crentes que você conhecia e que agora
são membros de igrejas que praticam esta dita estratégia.
150
Para concluir sobre essa improcedente
visão células, que tenho ponderado veementemente não corresponder à verdade
bíblica; é bom lembrar-se de Isaac Newton pela sua grande autoridade moral, científica e
teológica, pois criou leis na área da física e da matemática e até estudos
abrangentes de teologia e escatologia. Daí o ser importante ouvi-lo quanto ao
que seja falso ou verdade. O economista e mestre em história da ciência da
PUC-SP, Roberto
César de
Castro Rios, quando num ensaio denominado Isaac Newton
e a Casa da Moeda, sobre o grande físico, matemático, astrônomo e também
teólogo Isaac Newton (1643-1727); falando do período em que Newton foi
responsável pela emissão de moeda na Inglaterra, aproveitou no termino desse
trabalho para citar uma máxima dele que aparece na conclusão dos seus manuscritos
sobre teologia e escatologia; denominado por ele, de Theological Manuscript,
que sintetiza o que temos defendido quanto à seriedade no que estudamos e
concluímos: Apud: robertocrc@terra.com.br ─ “Um homem pode imaginar coisas que são falsas, mas
só pode compreender aquilo que é verdadeiro”.
ENDEREÇOS DOS BLOGS
A DOUTRINA
DA TRINDADE É HERESIA II E O MANDATO DE JESUS
CARTA
ÀS INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES
O QUE É O PLC 122 OU A DITA
LEI HOMOFÓBICA? (sinopse do anterior) www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
O DITO CASAMENTO
GAY, A ADOÇÃO E O ENSINO HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO
EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM SOBRE O PLC 122
NÃO EXISTE, ABSOLUTAMENTE,
ORIGEM GENÉTICA DO
HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO
DE SUGESTÃO À FEITURA DE
LEI SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A
IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS LEGAIS, E PAI OU
MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM ─ www.leialcoolemiaseca.blogspot.com
DEMAIS
BLOGS
SEXO ANAL NO
CASAMENTO É PECADO?
EXISTE
MALDIÇÃO HEREDITÁRIA? (inclui um estudo sobre crimes dolosos contra a vida) ─ www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
SÓCRATES VERSUS PLATÃO
VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com Sobre o amor Eros
(lesbianismo, pederastia e o heterossexual) nas obras Fedro e O Banquete de
Platão, e Machado de Assis, a obra Dom Casmurro, que é também sobre o amor
(heterossexual); Estudo este, com intrínseca relação com o PLC 122 no que tange
ao amor Eros.
DOUTRINA
DA ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA VERSUS LIVRE-ARBÍTRIO
www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA MIL
MEMBROS OU O
EVANGELHO HORIZONTAL (+ sete fragmentos: sinopse sobre
Escatologia) ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com
O
DÍZIMO II OU QUERO A BENÇÃO E FICAR RICO
A
NECESSÁRIA TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO
E DO EVANGELHO ─ www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESPIRITISMO NA VERTENTE SEGUNDO ALLAN
KARDEC
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Espero, que o divulgado por mim até agora ─ tanto neste, como nos Blogs anteriores ─, esteja sendo entendido exatamente no que
me propus ao escrevê-los. Mais ainda, quanto à intenção desses estudos, que é o
sincero interesse em contribuir para o melhor entendimento de todas essas
questões e interagir com os possíveis interessados.
Sendo o próximo Blog (o quinto) que postarei
sobre o assunto Predestinação Absoluta,
a sistematizada por João Calvino; cujo estudo contemplará a sua vertente
inicial ou raiz, que foi a Doutrina da
Iluminação Divina de Santo Agostinho, incorporada por Calvino na conclusão
dos seus Cinco Pontos da Predestinação
Absoluta, conto com a sua expectativa e pleno contínuo interesse.
Desde já obrigado,
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