quinta-feira, 2 de abril de 2015



PRÓLOGO

Reiterando ou exatamente reproduzindo o prólogo do meu segundo Blog: ─ Este é o meu quarto blog ─ de uma série de muitos sobre vários assuntos que pretendo paulatinamente postar. Se o conteúdo deste não for o assunto que possa lhe interessar; todavia, creio ser bem possível que dentre os futuros, de alguma forma, algo possa vir ao encontro do seu interesse ou até “de encontro” (contra) a isto ou aquilo que lhe interessa ou possa lhe motivar atrativamente pela controvérsia. Eu, na maioria das vezes, aprendo muito mais quando sou contestado, ou objetivamente quando alguém, de forma detalhada, traz para o meu exame exatamente aquilo que ainda não entendi ou é exatamente contra o que defendo.

AGRADECIMENTO
                                                          a
Aproveito de igual modo, para agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais trinta Blogs de estudos estão sendo visitados por milhares de pessoas no Brasil, e em mais de quarenta (40) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior do que no Brasil.  Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus estudos  sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Também informo, que em função da saudável controvérsia suscitada por mim para o termo homofobia, que está tendo conseqüências; acresci o estudo nesse pormenor no final Deste Blog. Para acessar os demais, dos atuais catorze Blogs, clique no link perfil geral do autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título de cada um para acessá-lo.

b
Ainda, vale à pena informar de forma antecipada aos estudiosos de filosofia  que possivelmente discordarão da leitura que faço das obras de Platão nos comentários feitos neste e outros Trabalhos  ; que antes de estribarem-se naquilo que têm aprendido sobre elas no decorrer da história quanto  à autoria atribuída a Platão, por exemplo: da “Alegoria (não mito) da Caverna”, e outras coisas atribuídas a ele; que leiam antes, depois ou concomitantemente o meu primeiro Blog SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO (clicar link do perfil do autor e depois o nome do Blog na lista que aparecerá); no qual identifico o genialíssimo Platão como MODERADOR CONTEMPLATIVO    aquele que não emite opinião, nem  modera de forma incisiva os debates nos fóruns criados por ele em cada uma de suas obras sobre vários assuntos e os legou a nós, toda humanidade... Ainda, se você não consegue entender o que um brasileiro simples morador no Rio de Janeiro, na criticada Baixada Fluminense: diz aqui sobre as obras de Platão. Pense primeiro no que disse Maquiavel sobre a opinião da Maioria e Nelson Rodrigues   parafraseou. Caminhe até próximo de Platão em seu aluno Aristóteles, que escreveu a obra A Política: uma exata antítese da obra A República de seu mestre Platão, também fez sérias críticas a Sócrates em outra obra: Ética a Nicômaco. Do que, quanto à leitura da Maioria, diferentemente, Aristóteles leu e entendeu: como eu, exatamente aquilo que cada filósofo disse nessa e naquela obra, e na A República. Quando nesta Sócrates em debates maiêuticos com Glauco e Adimanto,  irmãos de Platão: produziu a pérola socrática, conhecida mundialmente como A Alegoria da Caverna ─ que não pode, nem deve ser chamada de Mito. E quanto aos reparos que fez: contestou nominalmente a Sócrates em alguns de seus postulados; porquanto foi assim que Aristóteles entendeu o que Platão escrevera em seus, não diálogos e sim debates, de igual modo eu assim entendo e todos deveriam racionalmente ler e entender os escritos de Platão, pois não há opinião objetiva dele  em suas obras.         

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

COISAS IMPORTANTES SOBRE IGREJAS EM CÉLULAS  

   1                        
Esse assunto ou objetivamente essa prática de igrejas em células, que foi se sofismando desde a sua primeira abordagem como o G12, sempre me causou grande preocupação como demonstrei desde o meu primeiro livro, quando identifiquei essa idéia de maneira sintética, chamando-a de contraposição à Igreja de Cristo. Agora, de maneira bem mais detalhada e veemente, procurarei mostrar a você que já tem aceitado essa idéia por não conhecer os objetivos embutidos nela e a sua falta de embasamento bíblico; também a você que a tem rejeitado por não entendê-la como bíblica ─ que espero poder lhe ajudar mais nessa direção  ─, e de igual modo a você que sinceramente está em dúvida sobre esse importante assunto ─ creio ser realmente importante pela sua impertinência junto à prática das verdadeiras igrejas de Cristo.

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Creio, e quem me conhece o sabe plenamente, que entendo ser do interesse do nosso Deus e seu Filho, o Senhor Jesus, que devemos “examinar exaustivamente as Escrituras, em conseqüência conhecermos a verdade e sermos de fato libertos”. Isso demanda e pressupõe a constante preocupação em saber; se o que aceitamos ou estamos praticando tem de fato base bíblica. Disso resulta  ─ entendo eu  ─; para aquele que estuda e pesquisa cada vez mais para ter como avaliar tudo o que surge de novo, inclusive, às vezes, envolvido numa auréola de sérios sofismas; para quem estuda e também ensina ou escreve; surge ou se consolida a advertência do Senhor Jesus, conforme Lucas 19. 39-40   Nisso disseram-lhe alguns dos fariseus dentre a multidão: Ao que ele respondeu: Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão.  

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Tomo esta advertência para mim, e creio (como sugestão) que todos devam fazer o mesmo; daí tenho me posicionado sistematicamente nessa direção e de forma concomitante tenho orado e pedido a irmãos que orem por mim nesse pormenor, para que eu de alguma forma, possa corresponder às expectativas do Senhor para a minha vida, também ─ me permito dizer, a de cada um de nós.

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Como já afirmei acima, vou buscar neste não se calar, primeiramente mostrar a improcedência bíblica deste negócio chamado igrejas em células, que no seu conjunto de ensinamentos ─ encontrado na sua literatura, que até contradiz a ciência ou mecanismo que usa: que é a psicopedagogia, nela usada de maneira predatória ─, quando não busca ensinar que se faça de maneira inteligente, madura, racional e ascendente, e sim alienante e descendente, tornando os ensinados por essa pedagogia nos pacíficos crentes condicionados; que tem também dentro do seu processo de ensino uma forte vertente psíquica, que é com muita habilidade confundida com o espiritual ─ talvez pela sua essência que é o psique (alma). Em síntese, é isso que você encontrará em estudos de implantação de igrejas em células: Um conjunto de ensinamentos coercivos e alienantes, aplicados de maneira intensiva ─ para não dar tempo de raciocínio  ─, cujo objetivo é o de tornar os membros dessa igreja (os participantes das células), como aqueles obedientes participantes que não pensam e tão-somente agem fazendo o que lhe mandam. Tudo isso é literalmente a psicopedagogia às avessas sendo praticada. 
  
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         Perdoe-me, se mais à frente ─ nos parágrafos de vinte e nove ao de número trinta e três ─, irei novamente bater nesta mesma tecla dessa improcedente e absurda heresia em sua essência. Não havendo, absolutamente, qualquer dita estratégia bíblica de evangelização ou esse dito fantasioso modus operandi no proceder dos apóstolos no início da Igreja e das igrejas, conforme os primeiros relatos de Atos dos Apóstolos. Sendo, diferentemente, esses procedimentos deles foi o exato  descumprir do incisivo IDE de Jesus: Mateus 28. 18-20, Marcos 16. 15-16, Lucas 24. 47 e Atos 1. 8... Isto quer dizer que, de fato e diferentemente são: a Comissão dos Doze (Mateus 10. 1-14, Marcos 6. 7-13 e Lucas 9. 1-6) e a Comissão dos Setenta (Lucas 10. 1-1); que não se daria a ela o nome de estratégia, mas sim, o exato inteligente fazer (modus operandi) do evangelismo ─ ensinado por Jesus ─, praticado por eles e sendo o que deve ser praticado por qualquer cristão ou igreja que professe de maneira séria o nome do Senhor Jesus. E de maneira nenhuma a prática institucional de Grupos Pequenos, Grupos Familiares, G 12, ou outro G de qualquer número, Igrejas em Células ou outro qualquer expediente antibíblico... Senão observe o que fazem as Testemunhas de Jeová em seus trabalhos de evangelismo, que é exatamente o que fora ensinado e ordenado por Jesus, conforme vou reiterar no parágrafo de número oitenta e oito (88). Trabalho esse com todas as nuances, inclusive, de racionalidade e preservação do lar daquele que evangeliza, porquanto o evangelismo é feito de casa em casa de todos os evangelizados e no caso da possibilidade de estudos bíblicos,  são  sempre feitos na casa desses (aqueles a quem se prega) e não na dos evangelizadores...

6
A falta de conhecimento bíblico somado à má intenção de enganar as pessoas visando poder político, promoção social e locupletar-se com o dinheiro de tolos é que acaba ensejando todo esse mar de heresias ─ não estando eu falando agora somente dessa dita estratégia ─,  tais como rosas ungidas, águas milagrosas, sal grosso, banhos aqui e ali e essas outras coisas mais elaboradas: toda sorte de campanhas e correntes e por fim (como já citei): uma série de ditas estratégias e procedimentos, que indevidamente dizer existir na Bíblia e outros modismos contemporâneos que diuturnamente vão incidindo neste negócio caça-níqueis, que há muito tempo deixou de ser o Evangelho do Senhor Jesus.          

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Por este motivo postei este Blog. Leia-o com carinho, pois o escrevi na direção de responder a tudo isto de maneira detalhadamente bíblica, com toda a grandeza necessária quando se caminha na real direção do texto sagrado. Também desejando àqueles que acreditam nessa estratégia, e os que a usam, estudem com carinho tudo o que aqui explicarei, porquanto, estará exatamente dentro do direito de liberdade religiosa. E, de igual modo, atentem para o fato, de que a Igreja católica romana, a qual nós evangélicos criticamos e acusamos a todo o tempo, tem se comportado de maneira plenamente democrática, nesse direito de divergir quanto à fé dos que têm a mesma regra Constitucional, que é a Bíblia. Obedeçamos a Deus e respeitemos o direito de cada um em divergir e ensinar com detalhes aquilo que verdadeiramente está contido na Bíblia.

                                                          8
No caminhar na direção do responder biblicamente estas questões; quero começar a fazê-lo através de Paulo na sua segunda carta a Timóteo, que é uma espécie de resumo das advertências, ensinamentos e considerações finais, pois foi nessa carta, II Timóteo 4. 6-8, que ele falou da sua morte próxima e neste mesmo capítulo fez uma advertência profética muito séria, conforme II Timóteo 4. 3-5 ─  Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis (a tradução exata é: tendo comichão nos ouvidos), ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, fase a obra de um evangelista, cumpre bem o teu ministério.

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Em toda a trajetória histórica que se seguiu, isso veio acontecendo contra a Igreja; sendo que de maneira terrível no final do século III e até o século XVI, quando aconteceu a Reforma. A partir daí a coisa se deu e tem se dado ou acontecido, não mais de maneira truculenta, mas, sim de forma sutil e sofisticada, conduzida por líderes semideuses, pregoeiros e doutores de estratégias milagrosas e mirabolantes ─ que segundo esses  ─, não foram pensadas por Deus e por seu Filho o Senhor Jesus, mas que agora Deus as está revelando, e afirmam categoricamente ser para o crescimento da Igreja... Das igrejas, sim, da manipulação de mentes, do poder de mando destes, e também, do fim e objetivo maior do poder sobre muitos e o conseqüente enriquecimento desses líderes. Foi isto que Paulo viu de maneira profética, senão, leia também e que ele disse na carta anterior, I Timóteo 6. 9-21, que reproduzo partes por ser o texto extenso ─ Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores. (...).

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Tendo eu falado de interpretação bíblica, Escola Bíblica e o dito discipulado e feito crítica severa a qualquer estratégia de grupos institucionais; tais como células e congêneres, quero aproveitar por ter feito a contraposição a partir da ação do maravilhoso casal Áquila e Priscila, grandes evangelizadores, de fato discipuladores, e por a igreja de Roma ter precariamente, no sentido do transitório, se reunido na casa deles (Romanos 16. 3-5); têm sobre si essa pecha ou “acusação moderna” de terem tido em sua casa uma célula; quando na realidade era ali a igreja de Roma, na sua fase transitória ─ é assim que vejo este modismo. Porque é pseudo o fundamento bíblico de igrejas em células, pois não tem de fato base bíblica; porquanto os textos que falam de igrejas em lares, referem-se a períodos de transição e são poucas estas referências. Como a experiência e dificuldades com a guerrilha tida por César Castelanes, na Colômbia; mas, decididamente, não a dita revelação estratégica de David (Paul) Yonggi Cho, porque as igrejas que estavam nos lares eram plenas igrejas e não pedacinhos, fração, ou uma determinada igreja dividida em pedaços aqui e ali com o controle de uma central do igrejão do pastorzão. Será que os defensores de células  ─ deveriam, por coerência ─, também criar células em catacumbas e cemitérios como se reuniram os crentes de Roma no passado? Será que vamos continuar seguindo esse tipo de coisas, como folha ao vento, que vez outra aparece no nosso universo evangélico?

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O pressuposto de igreja em células é tão repugnante que nem mesmo o postulado de Nicolau Maquiavel; os fins justificam os meios, consegue legitimar algo totalmente dissociado dos verdadeiros ensinamentos bíblicos, no que, a inteligência de Maquiavel não concordaria com fins escusos, justificados por meios nobres.

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Sendo didático e bem elementar; obviamente, embora não concorde, admito a força lógica desse postulado de Maquiavel. Porque se tenho um fim ou objetivo nobre, cabe lutar e buscar fazer com que ele se realize na visão desta cartilha (que é essa obra dele, como expliquei no primeiro Blog), daí Maquiavel concluir que os meios, não precisariam necessariamente ser nobres, porquanto nessa visão dele, que reitero, é lógica, embora não o aceite, até porque eles estariam em função dos interesses do “Príncipe” (metáfora do poder que quer se consolidar) e decididamente os fins não justificam os meios, ainda que estes fins tivessem “importância” muitíssimo acima dos meios

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Considerando igrejas em células, temos exatamente o contrario, que nem Maquiavel teria nada a ver com isto, fins e objetivos escusos, buscados e perseguidos por “meios nobres.” Nobres, sim! Porque, cultos, reuniões de oração, reuniões para estudo bíblico, de confraternização e etc. nos lares, é salutar, e uma prática sine qua non de qualquer igreja séria, portanto nobre e necessária, sem tornar-se instituição com outros fins.

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Se você torceu o nariz quanto ao que estou dizendo; peço em nome do Senhor Jesus, continue lendo com atenção, pois vou tentar explicar de maneira contundente, inclusive antes fazendo um pequeno retrospecto dessa relação com Deus, que se deu no decorrer da história primeiro através do tabernáculo, do templo e por fim das sinagogas. Também no fazer esse retrospecto buscarei mostrar os plenos erros bíblicos desta estratégia humana e nada inteligente; de igual modo, as várias incoerências psicopedagógicas, psicopedagógicas sim, porque os seus procedimentos de ensino (pedagogia) ou efetiva implantação da idéia têm basicamente componentes de alienação e condicionamento, como se fora exatamente a prática da psicopedagogia às avessas, com a agravante de em alguns momentos do processo, literalmente promover o aflorar do conflito, justamente na decantada vertente maior que é a dita comunhão... Caminhemos na avaliação de tudo isso de maneira pormenorizada.
      
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O período que compreendeu a presença do tabernáculo entre o povo de Israel, foi o da pós-saída desse povo do cativeiro do Egito (século XV a.C.) até o início do reinado de Salomão (século IX a.C.), que foi quem construí o primeiro templo, destruído posteriormente por Nabucodonosor, início do século VI a.C. Quando no período de Moisés, Josué e dos juízes, esses foram efetivamente como representantes políticos da nação emergente, ressalvando de um modo mais especial a pessoa de Moisés, que de fato também exerceu a função como de um sumo sacerdote que não seria para se estranhar, pois Moisés era da tribo de Levi, porquanto, na verdade, desde o início fora o que relacionava de fato o povo com Deus, todavia, o sumo sacerdote oficial era seu irmão Arão. Estou buscando informar, e ao mesmo tempo chamar a atenção de que é preciso muito cuidado com certos tipos de conclusões tendenciosas quanto a esse ou aquele líder, evento ou conceito bíblico.

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Quero e voltarei ainda a falar sobre Moisés, entretanto tivemos em Josué, seu sucessor o seguimento dessa caminhada. Josué, servo fiel do Senhor Deus e general que comandava os homens de guerra de Israel; teve no suceder a Moisés; que conciliar mais duas incumbências (ou ministérios), anteriormente exercidas transitoriamente por ele. Na conquista da terra prometida, Josué vivenciou até um fato que lhe fugiu á avaliação prévia (Josué 9. 1-27), quando foi enganado pelos gibeonitas, numa perfeita representação teatral que citei como manifestação dessa arte entre os judeus muito antes que na Grécia; convenceu a ele e aos príncipes de Israel a fazer com eles um pacto de amizade, dizendo que moravam distante e fora da região da terra prometida.

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Em Josué tem-se a conquista da terra prometida em quase sua totalidade, agindo ele como líder principal na coordenação política da nação embrionária, general no comando de batalhas; como a mais importante delas a da conquista de Jericó, onde as muralhas foram milagrosamente derrubadas por Deus, e também como líder religioso junto ao sacerdote Eleazar, conforme Josué 14. 1, 17. 4, 19. 51 e 21. 1. Todos esses acontecimentos ainda com a presença do tabernáculo entre eles.

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Como nós sabemos ou devemos saber; a lei de Deus previa que os da tribo de Levi não teriam possessão, não participariam da efetiva divisão da terra conquistada; entretanto, hoje praticamente todos os que se intitulam levitas querem possuir tudo, e essa idéia de igrejas em células está exatamente em função de criar macro impérios religiosos com donos. O grave quanto ao que estou querendo informar é o fato desses buscarem alinhar tudo o que aconteceu no passado à igreja de hoje, dando interpretações indevidas e tendenciosas para normas e procedimentos que foram específicos daquela época e já são passados.

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Isto, com relação a Josué, e demais líderes daquele período, senão, suas atitudes morais e espirituais como indivíduos. O conjunto de eventos ligados a eles não são exatamente modelos ou normas a serem seguidas. A legislação, rituais e tudo o que aconteceu no passado, foram fatos específicos, alegóricos e transitórios, que vale a pena se fazer um estudo sério da epístola aos Hebreus, que somente os princípios e atos de confiança em Deus (fé) se universalizam, por serem atemporais. E quanto aos levitas e a sua presença em todo território de Israel; há uma sinalização importantíssima que caminha na direção da fragmentação dos locais de culto, que foi o colocá-los residindo em todos os núcleos de propriedade de todas as tribos, conforme Josué 21. 19 (ler todo o capítulo 21). Isso sinaliza o que o Senhor Jesus ensinou à mulher samaritana quanto à descentralização da adoração e culto, que é sintetizada na grande comissão.

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Esta descentralização foi um ensinamento vigoroso da parte de Deus, e claramente demonstrado paulatinamente; na evolução de todo o processo que teve dois momentos claros do rompimento com essa indevida camisa de forca na era da graça, que é a presença de macro sistemas e mega congregações com concentração de poder eclesiástico. A primeira manifestação desse entendimento se deu no período da administração de Josué, quando membros das tribos de Ruben, de Gade e metade tribo de Manassés edificaram um altar ao Senhor; sendo isso inicialmente entendido como rebeldia, pois de alguma forma foi entendido como o fracionamento do controle de culto, que naquela época não era entendida como a correta, pois o período ainda era o da centralização, coisa que foi plenamente esclarecida e posteriormente entendida (Josué 22. 10-34).

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O evoluir deste processo; lembre que ainda voltarei a Moisés, que também nos levará a Josué capítulos 23 e 24, quando ele fala da sua idade avançada, traz à memória de todo povo toda a trajetória desde o cativeiro egípcio, e os concita a continuar servindo ao Senhor; e numa frase de grande efeito e sincera, conforme Josué 24. 15 ─ Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estava além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e minha casa serviremos ao Senhor.
          
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Após ter trazido à mente do povo tudo o que Deus havia feito a eles, todos os ensinamentos da lei e instar para que continuassem obedecendo a Deus. Ele não indicou um sucessor para si, porque Deus não o mandou fazer, como mandara Moisés indicá-lo, entretanto insistiu que o povo permanecesse no servir ao Senhor e depois disso morreu aos 110 anos de idade, junto com sacerdote Eleazar (Josué 24. 29).

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Tivemos no decorrer desta história os cerca de três séculos de duração para o período essencialmente dos juízes, com a plena ausência de lideranças pré-estabelecidas por Deus, quando claramente Deus esperou; que tendo o povo todo arcabouço da lei e todo ensinamento de como agir, eles se resolveriam religiosamente sem a intervenção de uma liderança central, coisa que se repetiu no período não profético dos 400 anos a.C.; induzindo que estes dois períodos, caminha no consolidar a regra de sistematização, amplamente estudada neste livro, ao qual este subtítulo pertence. Sendo o que estou ponderando neste parágrafo é que estes fatos caminham não na direção de igrejas em células, frações de uma mega, e sim pequenas igrejas com administração congressional plena quanto a tudo e tão-somente se reportando a Jesus que é a cabeça da Igreja e das igrejas.

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Como prometi, e estou de volta a Moisés de maneira rápida e objetiva; primeiro ressalvando e reiterando que as lideranças do Antigo Testamento tiveram suas funções com características específicas e contemporâneas àquela época, inclusive como tenho demonstrado; com uma clara trajetória paulatina ascendente que culminou com o ministério do Senhor Jesus, e contextualizada nos textos de Gálatas 4. 4, Efésios 1. 10 e Hebreus 1. 1-3. Isso quer dizer que decididamente a liderança de Moisés e de outros não são modelo de administração de igrejas; até porque aquela religião era essencialmente estatal, e a Igreja de Cristo foi estabelecida totalmente desvinculada do Estado; daí o conflito do judaísmo com ela, e o tentar envolvê-la com o Império Romano, como demonstro no subtítulo O sofrimento de Jesus na cruz, do primeiro capítulo, do meu livro que este subtítulo é parte.

25
Não use como exemplo a idéia de Getro, sogro de Moisés, que foi posta em prática por ele e consentida por Deus para legitimar o seu título com a de fato hierarquia, na chefia sobre ditas igrejas em células, de bispo, apóstolo, missionário, pastor presidente; no pressuposto de que Moisés tivera ascendência de fato e de direito sobre líderes e multidões; entretanto antes de chegar a essa conclusão, identifique primeiramente o que foi Moisés naquele momento histórico, o que foi Arão e o que foram os sacerdotes. Moisés foi principalmente o líder político, e o representante direto de Deus, naquele momento de transição, Arão foi o primeiro sumo sacerdote, que teve sucessores até Jesus, não havendo sumo ou chefões de nada após o Senhor Jesus, que é a cabeça da Igreja e das igrejas. Se houver alguma duvida quanto a isso pergunte ao escritor aos Hebreus, pois na sua carta essas coisas são explicadas, que ele lhe mostrará de maneira didática e plena serem os sumo sacerdotes a transitada alegoria de Jesus, que findou com o seu nascimento e início do seu ministério. O que sobrou foi o sacerdote, que é alegoria do pastor, obviamente o que hoje existe legitimamente e abençoado por Deus.
      
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Para não me estender muito nesse assunto; vou considerar o outro momento transitório que foi a chamada de Samuel por Deus para juiz e profeta, que exerceu o seu ministério; tendo ainda como referencial entre o povo de Israel e Deus, o tabernáculo ─ sendo ainda a continuação da tentativa de Deus em promover a ausência de chefões eclesiásticos; que embora você que está lendo este Blog ache contraditório essa minha conclusão ─ procure estudar a Bíblia e todos os acontecimentos da história desse povo de Deus  ─; não a partir dos efeitos e sim das causas (raiz) ou efetivamente o que motivou esse ou aquele ensinamento e conhecimento.
   
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A história narrada na Bíblia é conhecida de todos, ou senão, ela aí está disponível para esse aprendizado e estudo. Samuel, Saul, Davi, Salomão, a divisão em dois reinos, os profetas canônicos, a queda do reino de Israel e a posterior queda do reino de Judá. Paro aqui para voltar a Salomão. Por intermédio de quem foi construído o templo, e que mudou a referência de culto e adoração, até então ligada ao tabernáculo. Que passou para o templo recém construído, que ainda manteria historicamente, a prática adoração centralizada.
  
28
Com a queda do reino de Israel, isso não se alterou, pois o templo estava em Jerusalém que era parte do reino de Judá. Entretanto com a queda do reino de Judá, a destruição do templo e o início do cativeiro babilônico, a idéia dessa dependência; anteriormente do tabernáculo, depois do templo, como fora quanto a alguns montes, ainda estava forte na mente até de servos valorosos de Deus, como Daniel 6. 10-11; entretanto, de forma até difícil de entender, foi a partir da destruição do templo a mando de Nabucodonosor e o cativeiro de setenta anos; que os judeus começaram a construir as sinagogas ou pequenos templos, para reuniões, estudo e orações, que se tornou no forte e pleno referencial para as futuras igrejas que vieram na era da graça, inclusive foi o modelo judaico do seria a  E. B. D. aos sábados. 

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Este é um pequeno retrospecto histórico desses entendimentos; que inclusive com a reconstrução do templo consolidada em 515 a.C. se perpetuaram definitivamente como o verdadeiro modelo a ser seguido até a consumação dos séculos. Sendo que esta deformação do macro prédios e da mega membresia do catolicismo romano, que não tem nada absolutamente nada com a Igreja de Cristo, assim como incorrem em um sério erro esses macros negócios ditos evangélicos, que decididamente também não têm nenhum respaldo bíblico.              

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Paulo, escrevendo aos Romanos 12. 4-8 e de maneira mais abrangente em I Coríntios 12. 12-27 usou o corpo humano como alegoria de maneira objetiva, o que é de fato cada igreja com suas diversidades de personalidades e dons, todavia “una” no Senhor, que é a cabeça dessa e de cada igreja que ele mostra em alegoria como sendo um corpo.

31
Tenho me preocupado muitíssimo com essa “novidade, chamada igrejas em células”; para mim que sou Batista (as ainda de práticas sérias), as que têm administração congressional; entendo que nesta dita estratégia se abre outra deformação mais grave ainda do que os do sistema episcopal; o qual já contempla esse mecanismo, que é o sistema “do braço maior que controla núcleos distantes”. A IGREJA em CÉLULAS praticamente anula o princípio bíblico de cada igreja ser autônoma, no qual, as células são de fato mini-igrejas instituições que se reportam à sua mãe matriz. Que de maneira coerciva induz aos da sua membresia a cederem suas casas para a existência dessas ditas células, se possível o número a ser perseguido ser igual ao total de famílias ou lares dos membros dessa igreja-mãe.

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Dentro desta indevida prática; temos o ensinamento por meio coercivo totalitário de afirmar, que quem não aceita a idéia de igrejas em células é alguém com falta de espiritualidade; sendo isso um expediente muito forte de alienação; e também incompatível com a fé cristã, e pior, totalmente desprovido de base bíblica, pois a existência de um determinado grupo institucional, assim são as células, como parte ou propriedade de uma determinada igreja-mãe, não tem decididamente nenhuma base bíblica, portanto passível de pleno antagonismo.
         
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Trazendo à mente o disse anteriormente; que o praticado nas células, relevando-se o tipo de literatura e ensinamento com contornos de alienação e até de discriminação e perseguição; quando citei como exemplo o argumento dos defensores de células, que nada mais é senão um grupo de crentes reunidos em alguma casa; no que, se diz serem as células  o meio “mágico” que permite que a igreja esteja presente em condomínios fechados; que de outra forma não seria possível.
       
34
Mentira para enganar a tolos ou um erro inocente de quem não avalia com seriedade o que diz e ensina ─ prefiro acreditar na segunda opção, pelo menos para uma parte dos defensores dessa dita novidade estratégica. Porque como quando e onde se estabelece uma célula, é exatamente isto. Na casa de um crente, que viabiliza a entrada de outros crentes nesse condomínio fechado ─ ou em qualquer outro lugar que se resida, e se convida os que ali moram, como ele, para essa reunião. Fora desses pressupostos nenhuma maravilhosa célula se instalará em qualquer condomínio. 

35
A questão substantiva quanto a esta reunião, que foi viabilizada por esse crente que mora nesse condomínio, será para mim ou para qualquer pessoa que não saiba a orientação desta reunião; não sabendo o nome dado a ela, se célula, com todos os seus ensinamentos ou se aquela maravilhosa reunião, se de oração, culto, estudo bíblico ou confraternização; há séculos realizados por membros de diversas igrejas em todo o mundo, sem nome específico e sim o que toda igreja faz ou se não o faz deveria fazer; todavia sem as projeções de crescimento monitoradas por relatórios de condicionamento em todos os sentidos (robotização mental).
                     
36
           Paulo, nos dois textos citados anteriormente fala de cada igreja em alegoria como sendo um corpo e mais detalhadamente em I Coríntios 12. 12-27; que permite especular; se há dois mil anos passados, lá na época de Paulo, já se tivesse o pleno conhecimento sobre as várias ciências, inclusive o átomo, a física, a química e a biologia como o temos hoje, ele usaria para a sua comparação das igrejas com o corpo; não os membros e órgãos visíveis, e sim, de maneira perfeitamente correta pela sua parte menor, exatamente as células.

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Ele, como fez de maneira didática usando membros e órgãos visíveis da constituição humana e concomitantemente fazendo a associação com o corpo (uno), cuja cabeça é Cristo; certamente ─ especulo que o faria a partir das células, como concluí acima  ─, no que mostraria células diferentes quanto às suas funções e características físicas diferentes, quando na formação dos diversos tecidos. Possivelmente falaria do tecido sangue que irriga todo o corpo, e como a própria Bíblia ensina, ser a vida do corpo (o elemento vital), Gênesis 9. 4 e Levítico 12. 10-12, também citaria o tecido dos órgãos intestinais, pois ele fala de membros menos honrosos; de igual modo falaria dos tecidos dos órgãos genitais, porque também ele fala dos órgãos menos decorosos.
 
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Finalmente ele fala da plena interligação entre cada órgão do corpo; quando conclui, que o sofrimento ou dor de um deles é sentido por todo o corpo, no que, concluiria sobre as células; que não há como, sem um trauma, ainda que por meios científicos modernos, separar as células do seu tecido e da sua intrínseca relação com todo o corpo.

39
Afirmo com toda a certeza; que do ponto de vista teológico e da alegoria com o biológico, ser totalmente improcedente a denominação “igrejas em células”; porquanto o pressuposto de que um grupo que se reúne em uma casa é uma igreja, sendo esta a verdadeira referência bíblica, decorreria ser esse grupo um corpo que tem as suas conseqüentes células; obviamente não podendo o grupo (igreja), que é um corpo, ser considerado ou chamado de célula ─ que seria fração de algo que não existe. Pois “igrejas” são instituições e parte da IGREJA, que não é instituição, e do ponto de vista corretamente bíblico, cada igreja instituição também é plena e não se divide, porque tem Cristo como cabeça, sendo cada uma delas um corpo; e se assim o fazem, como têm feito, estará o missionário, apóstolo, bispo ou sei lá o que, chefiando as igrejas plenas, cuja cabeça é Jesus, numa atitude de usurpador e literalmente anticristo. 

40
Quando falei de Maquiavel ─ “os fins justificam os meios” ─, e constatei que igrejas em células são exatamente os meios justificarem fins, é porque os meios se mostram claramente nobres, entretanto, os fins de maneira evidente caminham na direção do exercer domínio: De mando, financeiro, controle efetivo dos grupos e até economia para a matriz, quanto a gastos decorrentes  ─ já comentei sobre isso  ─, do lugar onde se reúnem os grupos, como alguns defensores dessa prática dizem ser esse um ponto positivo e importante desta idéia.

41
Objetivando esta questão células. Qualquer igreja local pode ser mostrada em alegoria a partir da idéia da igreja como um corpo humano, no pressuposto de que o Senhor Jesus é a cabeça desse corpo, conforme Efésios 5. 23 ─ porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo da igreja, sendo o próprio salvador do corpo. 

42
O que teríamos para todas essas considerações seria que a partir da idéia de que um corpo é formado por membros e órgãos, como na alegoria bíblica e também de fato por milhões de células; que representaríamos isso de maneira objetiva através do desenho de um corpo humano normal e com uma cabeça estilizada, com o nome Jesus Cristo ou Jesus ou Cristo, que seria a mesma alegoria (corpo) seja em função de órgãos ou células.

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O sistema de igrejas em células, que pretende ser corpo; deveria ser representado por uma silhueta do corpo humano, tendo desenhado dentro dessa silhueta varias “ditas células”, que poderiam ser em forma de pequenos círculos encostado um no outro, como fiz na representação que tenho; no que, esses pequenos círculos seriam as diversas mini-igrejas controladas por uma determinada matriz, cuja cabeça é um pastorzão ou bispo ou apostolo ou presidente ou ainda exatamente o que é de fato todo aquele que ocupa o lugar de Cristo: simplesmente anticristo, conforme I João 2.18. O exemplo deste parágrafo mostra um pretenso corpo, cujas células estão juntas pela ilusória silhueta de corpo e não intrínseca e plenamente ligadas como num corpo verdadeiro    não por uma arbitrária osmose e sim numa de fato bio-junção celular  ─, inclusive com a cabeça verdadeira, que é Cristo. Quando citei acima o texto da primeira carta do apóstolo João quanto aos anticristos e os vinculei aos chefões dessas igrejas que deturpam o Evangelho, isto é muito claro e tranqüilo, pois a idéia de um único anticristo, que virá e dominará o mundo é totalmente desprovida de base bíblica. Porque o poder que dizem, será desse tal anticristo, já está no mundo desde o início da era cristã. E também dos anticristos, assim informou João nesse texto citado, que é todo aquele que de alguma forma age contra Cristo ou as verdades do Evangelho ─ mostro isto num livro a ser editado sobre escatologia. Estudemos melhor com seriedade este assunto!

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Depois deste pequeno retrospecto histórico sobre o início de como o povo de Israel se relacionou com Deus na era da lei, a sinalização de como se relacionaria após o ministério do Senhor Jesus ─ agora juntamente com os gentios  ─, e as considerações que fiz sobre a idéia de células, que demanda e é possível mostrar, que essa deformação contemporânea chamada igrejas em células, teve, de alguma forma, o seu pleno referencial num determinado momento do início da Igreja primitiva; também traçar a verdadeira trajetória da Igreja espiritual de Cristo, que se desdobrou na criação das igrejas, instituições do Novo Testamento, que são parte dela.

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O verdadeiro modelo bíblico de evangelismo foi e é o ensinado por Jesus; que consiste primeiramente em ir de casa em casa, podendo ali permanecer por algum tempo pregando aos vizinhos em volta desta casa; desde Jerusalém e toda a Judéia (nossa vizinhança e o Município), Samaria (o Estado e o País) e até os confins da terra (outros Países). Isso Jesus fez e coordenou os seus discípulos fazerem enquanto ainda estava com eles antes da sua crucificação, morte e ressurreição.
                            
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         Estranhamente, após ter estado por 40 dias com os seus discípulos e imediatamente antes de ser assunto aos céus, lhes dar uma objetiva e grave ordem, que cabe também a nós hoje ─ Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra que é a grande comissão de Atos 1. 8. Eles resolveram especular na direção da volta eminente de Jesus, no se eu quiser que ele fique até que eu venha que tem tu com isto?” (João 21. 22-23). Propositadamente reproduzi esse texto do grave ide de Jesus constante também no livro dos Atos dos apóstolos, justamente porque é neste livro que temos basicamente toda a fundamentação ou o falso fundamento bíblico de que a Bíblia respaldaria como regra a ser seguida a idéia do igrejão estabelecer um ponto de cooptação na casa de cada um dos seus membros ─ digo de maneira grave e veemente, cooptação ─, por causa do processo de coerção usado na manipulação e o perfil de alienação da Literatura usada.

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Tenho eu, e qualquer pastor sério, a obrigação de estudar com toda inteligência e aplicação o texto sagrado. Isto quer dizer que qualquer pessoa que seja inteligente e responsável ─ não se deixando manipular por líderes cridos como espirituais e doutores nesse específico assunto ─; ainda que sinceros e inocentes úteis, verá de maneira clara e objetiva, que os relatos dos sete primeiros capítulos do livro de Atos, excetuando a fala de Jesus e dos anjos, Atos 1. 4-11 são fatos que mostram um agir dos discípulos fora dos propósitos estabelecidos por Jesus; quando fizeram o pregar somente para judeus e estarem todos ali reunidos em torno da mega membresia da igreja de Jerusalém, e é justamente ai que os defensores dessa “dita estratégia evangelística melhor do que a de Jesus, as igrejas em células”, que vão ao encontro de pastores gananciosos e se aproveitam dos pastores sinceros inocentes úteis para difundirem essa idéia plenamente humana, apoiada nesse momento atípico, e lamentavelmente vão de encontro (contra) com o verdadeiro Evangelho de Jesus.

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Peço até que me perdoem todos os queridos pastores que aceitaram ou estão namorando essa idéia como se fosse bíblica    os irmãos precisam estudar mais e melhor as Escrituras sobre esse assunto. E se após lerem varias vezes os sete primeiros capítulos de Atos e darem uma atenção especial a Atos 8. 1 e todo o seguimento dos demais capítulos e não concluírem negativamente contra igrejas em células; creio que estaremos com grandes dificuldades para entender a Bíblia, todavia para ajudar um pouco mais, vou reproduzir uma fala de Jesus e de João; no momento de sua  estada com sete dos discípulos junto ao mar de Tiberíades; quando profetizou o seu futuro estar com João em revelação na ilha de Patmos no ano 95 (Apocalipse), que eles entenderam e divulgaram que a volta de Jesus seria eminente; tanto que Pedro faz na sua segunda carta no capitulo três uma espécie de mea culpa quanto à zombaria decorrente dessa não volta eminente. Que eles divulgaram e estacionaram ali em Jerusalém esperando essa volta imediata de Jesus, inclusive praticando uma espécie de “comunismo cristão”; coisa atípica que nunca mais aconteceu na Igreja de Jerusalém e em nenhuma outra.

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O texto que me refiro é o de João 21. 21-24 ─ Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor e deste que será?  Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isto? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tem tu com isto?  Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Deu para entender? Embora Jesus lhes venha ordenar de maneira grave mais próximo da sua partida ou ascensão, que pregassem a todas as pessoas de varias nações e povos; eles preferiam ficar com a conjectura de que Jesus voltaria antes de João morrer, o que chamo de escatologia de Pedro; e foi preciso o Senhor levantar a Saulo (Gálatas 1. 15) para perseguir a igreja e ela deixar de ficar ali em volta das mesmas casas partindo o pão; naquele evangelismo chocho que não era o ir de casa em casa dos que não conhecem a Jesus, conforme ele mesmo havia ensinado; que voltou a acontecer vigorosamente a partir de Atos capítulo oito. Não é exatamente o texto de Atos 2. 42. 47 o referencial maior das igrejas em células? O que estou afirmando mais uma vez é que não há a mínima base bíblica para fundamentação de igrejas em células; e pelo contrário, os fins embutidos nessa idéia são exatamente o do macro controle do grande número de fiéis e de grande massa de dinheiro como no caso de David (Paul) Yonggi Cho. Diferentemente o texto sagrado sinaliza a idéia de pequenas igrejas independentes, e distribuídas (localizadas) em vários lugares, não como células ou pedaços aqui e ali sendo propriedade de algum igrejão. Uma determinada igreja ter núcleos, que chamam de células, em todas as residências dos seus membros; e fazer com que os vizinhos participem, é de fato uma estratégia humana, todavia, matematicamente interessante, pois projeta até um crescimento em progressão geométrica ressalvando a coerção e alienação  ─, entretanto não foi isso que Jesus ensinou e o praticado pelos apóstolos. Por este motivo rogo em nome do Senhor Jesus que não continuem ensinando isto desta maneira agressiva como se tivesse base bíblica e ser uma espécie de correção de Deus para um evangelismo que o Senhor Jesus praticou e ensinou errado. Quanto a isso, não esqueçamos que somos crentes em Cristo através do Evangelho pregado de dois em dois indo de casa em casa, como ensinou o Senhor Jesus e foi praticado pelos seus discípulos e os primeiros cristãos.  
  
50
Assim como os fatos relatados nos primeiros sete capítulos de Atos dos apóstolos se afunilaram no que chamo de Escatologia de Pedro, também demandou uma ação vigorosa contrária ─ exercida por Saulo ─ com permissão de Deus. De igual modo, aquela espécie de “comunismo cristão,” que é hoje o principal referencial do modismo igrejas em células, foi rejeitada pelo Espírito Santo de Deus, e voltou a ser exatamente o “Ide e pregai”, indo de dois em dois, como está claro na grande comissão, o ide e pregai; que fora feito pelos membros da igreja de Jerusalém dispersa e de maneira efetiva por Paulo e depois pelos demais discípulos.

51
As considerações feitas até agora me permitem dizer enfaticamente que os apóstolos e os membros do igrejão de Jerusalém, após deixarem aquele proceder parecido com o que chamam hoje de igrejas em células, e agindo exatamente como Jesus ensinou; em Antioquia, eles foram efetivamente vinculados à pessoa de Jesus, sendo chamados de cristãos, conforme Atos 11. 26, ou o fato de agirem não mais parecidos com o que hoje denominamos igrejas em células, foi o que tornou possível eles serem chamados de: Seita do Nazareno, os do Caminho e por fim de Cristãos. 

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No pressuposto de ter sido entendido o que significou e como aconteceram exatamente aqueles primeiros eventos pós a descida do Espírito Santo; também entenderemos e constataremos que o perfeito método ou estratégia evangelística de Jesus; de mandar ir de dois em dois de casa em casa, é, foi e será até a sua volta o principal e a mais inteligente estratégia ou método de evangelização. Pois o Senhor nosso Deus; deixou acontecer àquela deformação registrada nos primeiros sete capítulos do livro de Atos, que denominei de Escatologia de Pedro; coisa que o Senhor posteriormente reprovou de maneira contundente. Tendo usado a Saulo para perseguir a igreja e acabar com aquela parecida e hoje malandramente identificada como igrejas em células, que os defensores dessa idéia acreditam ter acontecido esse tipo de coisa ali. Sendo que, esse deixar acontecer e reprovação, foi para mostrar ─ como o acontecido após o que está relatado a partir de Atos 8. 1 ─, que o evangelismo ótimo e todo suficiente ensinado por Jesus durante o seu ministério é o que seria usado para evangelizar todo o mundo, como foi feito a partir dos membros da igreja de Jerusalém ─ quando dispersa e perseguida ─, e em seguida pelos apóstolos, principalmente Paulo. É uma temeridade e até plena irresponsabilidade dizer que o evangelismo ensinado e praticado por Jesus está desatualizado ou não contemplaria as necessidades estratégicas de hoje ou que a estratégia humana de igrejas em células seria melhor que a de Jesus.

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Antes de falar sobre o ícone desse negócio chamado igrejas em células, o reverenciado (Paul) Yonggi Cho, vale à pena ou é até necessário que eu desenvolva ou trabalhe um pequeno raciocínio dos que defendem esse entendimento, e de igual modo, ao desenvolver a pretensa trajetória bíblica este entendimento; não usarei inicialmente o texto básico citado pelos que defendem igrejas em células, que é como já citei: o de Atos 2. 42-47, que como já expliquei foi um evento e um momento atípico, portanto não sendo referência de nada nessa direção que querem dar,  mas antes quero me reportar a um texto e evento que também é usado indevidamente pelos defensores desse modelo igrejas em células.

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O episodio da morte de Uzá (II Samuel capítulo seis), que antecedeu os três meses que a arca esteve na casa de Obede-Edom, o quanto Deus o abençoou, e como Davi ─ após saber disso, reagiu favoravelmente em trazer para junto de si a arca. Em primeiro lugar    Esse evento não deveria ser usado como mecanismo de coerção e cooptação no conseguir lares para hospedar igrejas em células  ─, porquanto, ainda que tentando aceitá-lo como pertinente, teríamos logo de imediato ─ se Obede-Edom representa o crente dono da casa ─, conseqüentemente Davi representa o pastor. No qual evento, vê-se um pastor se amedrontando em ceder a sua casa; e de maneira truculenta, transferindo para sua ovelha uma responsabilidade sua, que sendo informado dos benefícios de Deus a Obede-Edom (sua ovelha nessa analogia), inteligentemente capitula do seu medo inicial de estar com a arca e resolve trazê-la a para junto de si como era o objetivo inicial. Entenda também que tudo aqui é inusitado, e envolve outras lições que não se ajustam como essa idéia de igrejas em células. Porque o aceitar a coerção de ceder a casa para que os vizinhos ali venham estar, só será de fato bom (sem a coerção e preferencialmente na casa do evangelizado) quando motivado e precedido do ide e pregai.

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Ainda, a arca representava ou era exatamente o elemento visível e palpável da presença de Deus naquela época do pouco e conhecimento de Deus: reiterando, a arca era ou representava a Deus junto ao seu povo! Sendo absurdo e até estupidez teológica compará-la com pessoas que precisam ouvir o Evangelho e aceitar a cristo como salvador: estúpida e infeliz comparação de quem pouco conhece da Bíblia, reitero; embora aqui  desnecessária, poderia haver sim uma inteligente comparação, diferentemente:  com os da Comissão dos Doze e dos Setenta, quando da estada deles em alguma casa que os recebessem de forma receptiva: aqueles sim seriam abençoados com a paz decorrente da comunhão espiritual dos evangelizadores com o mestre Jesus; conforme os relatos nos três evangelhos chamados sinópticos citado por mim no parágrafo de número cinco (5). A título de coerência com o estudo bíblico vou procurar explicar melhor a trajetória da devolução da arca do concerto, desde a sua estada com os filisteus até o dançar de Davi quando do conduzi-la para a sua casa em Jerusalém.

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Coincidentemente essa trajetória da arca, teve o seu início também num capítulo seis, precisamente em I Samuel 6. 1-18. No capítulo anterior ─ o de número cinco (I Samuel 5. 12)  ─, foi  relatado todos os motivos ou problemas pelos quais passaram os filisteus enquanto tiveram posse da arca. Sendo o primeiro a ser atingido pelo juízo de Deus por essa posse indevida, foi Dagom ─ o pseudo deus representado naquela imagem, que sendo a arca colocada no seu templo; no primeiro dia seguinte, lá estava a estátua de Dagom derrubada com o rosto em terra perante a arca do concerto... Inteligentemente, os sacerdotes pagãos ─ como fizeram posteriormente quando do envio da arca ao território de Israel  ─, buscando evitar a possibilidade de ser aquilo uma coincidência; eles levantaram a estátua e deixaram a arca ali no mesmo lugar junto a ela.

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No dia seguinte, a estátua novamente estava derrubada, sendo que dessa vez, com a cabeça e os seus membros cortados ou somente o tronco inteiro. Durante os sete meses que a arca do concerto esteve com os filisteus, Deus feriu aquele povo com tumores e enfermidades. Os de Asdote  ─ lugar onde primeiramente esteve a arca entre os filisteus  ─, resolveram mandá-la para Ecrom; o que suscitou grande pânico entre os de Ecrom, que sugeriram que a arca fosse enviada, não para lá e sim para Israel.
   
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Na possibilidade de que você esteja questionando quanto ao motivo de contar essa parte da história, tenha um pouco mais de paciência, e continue acompanhando com atenção a narrativa e você verá esse por que. Dentro do que chamei de atitude inteligente por parte dos sacerdotes filisteus; isso se repetiu quando dos preparativos para o envio da arca para o território de Israel. Quando os sacerdotes filisteus ordenaram que se fizessem representações ou réplicas dos tumores em ouro e também enviassem jóias; pela culpa da posse indevida da arca, para que fossem curados e se aplacasse a ira se Deus sobre os seus deuses.

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Creio que agora cheguei ao ponto crucial do chamamento de atenção para o verdadeiro estudo da Bíblia, e o cuidado que devemos ter com aquilo que estabelecemos como verdade, regra e procedimento quanto a preceitos bíblicos; como tenho ponderado veementemente contra essa estratégia humana abjeta, as igrejas em células, que se apresentam de maneira ostensivamente infamante contra as que foram estabelecidas e usadas por Jesus, seus apóstolos e os demais crentes no decorrer da história, como ultrapassadas e ultrapassáveis. Quando, na realidade, elas continuam perfeitamente contemporâneas, podendo tão-somente ter agregadas à sua prática os meios modernos de comunicação.    
      
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O Senhor Jesus quando dos ensinamentos através da parábola do mordomo infiel Lucas 16. 8, disse ─ E louvou aquele senhor ao injusto mordomo por haver procedido com sagacidade; porque os filhos deste mundo são mais sagazes para com essa geração do que os filhos da luz... Temos no presente, diuturnamente na Mídia o expediente dos milagreiros que trabalham a partir dos conseqüentes efeitos psicológicos, no curar ou aparentemente curar algumas pequenas patologias psicossomáticas; as quais eles têm todo o cuidado de previamente listar, quando enunciam o momento do orar por diversas dores e perturbações aleatórias, quando, após veicularem isso para milhões de pessoas via Mídia; posteriormente colhem os testemunhos, que na sua ampla maioria é pura e simplesmente, o: “passou”... Não temos sido o suficientemente sagazes ou inteligentes para avaliar esses e outros humanos expedientes nessa e em outras direções.

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Assim como o Senhor Jesus identifica essa necessidade grave de sagacidade ou prudência; e com argumentos mais graves ainda, pois constata essa habilidade; não nos filhos de Deus e sim nos filhos do mundo ─ porquanto, é verdade que a maioria nós se tem revelado como plenamente ingênuos, ignorando, inclusive, que Jesus também diz que devemos ser prudentes como as serpentes e simples como as pombas (Mateus 10. 16)... E quanto a isto considere que: ter todo respeito quanto a qualquer pessoa, ajudá-las dentro da medida que nos for possível, conviver com elas, todavia, abrir nossas casas para qualquer um é na pior das hipóteses, ingenuidade ou exatamente imprudência, senão considere o que diz Paulo, inclusive quanto ao dito irmão na fé (ver. onze), conforme I Coríntios 5. 9.11 Já por carta vos escrevi que não vos comuniqueis com os que se prostituem; com isto não me referia à comunicação em geral com os devassos desse mundo, ou com avarentos ou com roubadores, ou com idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos comuniqueis com aquele que se dizendo irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com este tal nem sequer comais. Basicamente este texto informa o não ser pertinente, inteligente e prudente permitir que pessoas com esse possível perfil adentrem às nossas casas de maneira tranqüila, e o pior, como regra liminar de evangelismo ─ sendo tão sério isto, que até pessoas corretas que não são cristãs devem resguardar o seu lar de pessoas até então de má conduta ─, não tendo isto, absolutamente, nada a ver com o não comunicar-se com essas pessoas e principalmente não falar-lhes do amor de Jesus. Ainda, o Senhor Jesus na parábola do bom samaritano (Lucas 10. 25-37); que sendo uma parábola (narrativa ilustrativa inventada), se o dito evangelismo de chamar as pessoas para as nossas casas fosse verdadeiro. Jesus proporia na parábola, o samaritano morar perto do acontecimento ─ cujo texto não autoriza nenhuma ilação de que se morasse perto: teria que levá-lo para sua casa ─, e levar o socorrido para a sua casa e não para uma estalagem, conforme a construção da parábola... Ser inteligente, sábio, espiritual, conhecedor da Bíblia e prudente como ela ensina é o que de melhor qualquer cristão possa e deva fazer.         

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Voltando agora mil anos no passado quanto a esta fala do Senhor Jesus, tivemos ─ como já ressaltei  ─, essa sagacidade nos sacerdotes filisteus, que como anteriormente já o fizera com relação a estátua de Dagom, depois, no momento em que decidiram enviar a arca para Israel, consideraram alguns pressupostos que, sendo observados, invalidariam qualquer possibilidade de coincidência, e de forma concomitante, se sim ou não, indicariam o agir do Deus de Israel em todo aquele processo doloroso de várias enfermidades. Observemos que primeiramente eles entenderam que deviam dar alguma coisa deles em compensação ou reparação pelo pecado ─ que eles entendiam ter cometido contra o Deus de Israel (I Samuel 6. 3-5). Cuja leitura e uso de uma conclusão assim, leva e tem levado os amigos do dinheiro alheio; a em função disso desandar a dizer que Deus quer e quer o nosso dinheiro, e estão ficando milionários com esse expediente ─, quando a verdade bíblica mostra que o Senhor Jesus foi pobre e também os seus discípulos, como vou mostrar no seguimento.

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Agora, seguindo os demais procedimentos. Eles não abriram a arca para olhar lá dentro dela ou colocar os presentes que eram de ouro no seu interior ─ como fizeram imprudentemente os judeus de Bete-Semes e foram castigados por isso (I Samuel 6.19), e sim utilizaram um cofre para levar esses presentes, também fizeram um carro novo e colocaram para puxá-lo, duas vacas que nunca tiveram jugo sobre o seu pescoço e que tinham bezerros tenros em idade, que estavam ainda sendo amamentados... Vê? Como os ímpios são sagazes e prudentes; quando nós, os crentes ─ irônica e diferentemente ─, somos tremendamente ingênuos, pois esses expedientes do carro novo, das vacas sem jugo e o de serem vacas com bezerros pequenos e em amamentação; teve toda uma preocupação de respeito a Deus, e ainda o de colocar as vacas e não bois (touros) foi o de buscar provar se todas as enfermidades pelas quais eles estavam passando; era ou não decorrente da posse indevida da arca do concerto. Porquanto eles colocaram o carro na direção de Israel e retiram os bezerros, sabendo que se a ação de Deus (o Deus de Israel) não estivesse concordando com aquele procedimento, fatalmente as vacas não seguiriam, e procurariam os seus bezerros; e como eles previram, se Deus estivesse sobre tudo aquilo, aconteceria como aconteceu, como vou transcrever I Samuel 6. 12 ─ Então as vacas foram caminhando diretamente pelo caminho de Bete-Semes, seguindo a estrada, andando e berrando, sem se desviarem nem para a direita nem para a esquerda; e os chefes dos filisteus foram seguindo-as até o termo de Bete-Semes.  Leia todo capitulo seis.

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Voltemos ou passemos para os relatos de II Samuel capítulo seis, que corresponde a cerca de 40 anos depois, como já falei acima sobre a improcedência do uso da experiência de Obede-Edom para legitimar igrejas em células, pois como o explicado anteriormente esse fato ligado a Obede-Edom versus Davi; se pode ou deve ser usado para avaliar a conduta de alguém; não será exatamente a de Uzá, nem a de Obede-Edom, e sim com toda a certeza a de Davi; que seria neste caso específico, a alegoria da ação desastrada de um pastor (líder), que tendo atrás de si todos os membros da sua igreja para realizar com ele um determinado propósito; quando da primeira dificuldade, ele se intimida e joga a responsabilidade nas costas do primeiro crente mais próximo de si.

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Quero ainda caminhar nesta trajetória desde os filisteus até a arca chegar a Jerusalém por intermédio de Davi. Quando dando seguimento, temos a anterior informação da presença da arca ─ após ser devolvida pelos filisteus  ─, e depois transferida para Quiriate-Jearim na casa de Abinadade e ali permanecido por vinte anos (I Samuel 7. 1-2), até esse registro, que fora feito cerca de duas décadas antes da sua transferência para a casa de Davi em Jerusalém, cujo registro posterior  de II Samuel 6. 3, informa que naquela data (cerca de 20 anos depois, além dos 20 do relato acima) a arca ainda estava na casa de Abinadade, sendo então retirada por Davi.

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A partir ou dentro do período dessas duas principais informações, tivemos toda uma trajetória, do pedirem um rei para Israel, da escolha de Saul para rei, Samuel resignar seu cargo e fazer uma espécie de prestação de contas perante  Deus e ao povo, a guerra entre os judeus e  filisteus, o sacrifício e voto indevido de Saul, Samuel mandar Saul destruir os amalequitas e o repreendê-lo, Deus mandar ungir Davi, Davi vencer o gigante Golias, Saul intentar matar Davi várias vezes, a morte de Samuel, Davi poupou a vida de Saul duas vezes, Saul consultar uma necromante, a morte de Saul, Davi foi aclamado rei de Judá e posteriormente de toda Israel.    

67
Entenda, reitero que eu não usaria necessariamente esses fatos relacionados com a arca do concerto e Obede-Edom e toda trajetória desses acontecimentos para me contrapor a este negócio chamado igrejas em células; todavia, os estou usando com todo direito e pertinência; justamente porque os defensores de igrejas em células usam de maneira indevida esses fatos e, sendo assim, estou aproveitando para demonstrar o quanto é importante e sério o estudo e aplicação de preceitos bíblicos, porque às vezes usamos indevidamente vários textos bíblicos por não entendê-los plenamente. Senão, caminhemos um pouco mais no detalhamento já iniciado. Na trajetória que já expliquei, quando se lê em II Samuel no capítulo seis, sobre a morte de Uzá, e o envio da arca para a casa de Obede-Edom a mando de Davi; fomos também informados que a arca foi transportada por um carro (carroça), da mesma forma como os sacerdotes pagãos filisteus fizeram quando anteriormente a devolveram a Israel. Igrejas em células, transportar coisa santa da mesma maneira como os ímpios fazem ou ensinam fazer. Será um procedimento sério, correto e aceitável?  Ou o que o texto sagrado diz sobre esses específicos procedimentos?
   
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Em Êxodo 37. 4-5 somos informados ─ Também fez varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro; e meteu os varais pelas argolas aos lados da arca, para se levar a arca.  De igual modo, Números 10. 33 ─ Assim partiram do monte do Senhor caminho de três dias; e a arca do pacto do Senhor ia adiante deles (carregada pelos levitas) para lhes buscar lugar seguro. São coisas diferentes do preceito bíblico acima como as demonstradas anteriormente e o que seguirá nesse estudo, hoje aceitas pelas igrejas que têm contaminado os procedimentos de muitos servos de Deus, às vezes sérios e mais ainda, também ingênuos; que na época de Uzá, isto foi fatal. Permito-me, pela óbvia improcedência da estratégia de igrejas em células; a especular sobre a conseqüente morte de Uzá, dizendo, com certa pertinência, que possivelmente tenha sido ele o que sugeriu o uso do carro novo para transportar a arca, no pressuposto de terem os filisteus assim feito e Deus permitiu, e deu no que deu como vemos no texto sagrado, inclusive, tendo Uzá como que capitaneando ou preocupado com esse transporte da arca de forma pagã-filisteia, pois foi ele que imediatamente viu a possível queda da arca e a tocou sendo por isto fulminado por Deus. No que, ainda caminho no especular que Uzá, embora tenha tido contacto com a arca desde que ela fora colocada no carro; foi justamente no momento em que plenamente, possível analisar as duas formas de transporte; se como está registrado ser a norma ou preceito em Êxodo 37. 4-5 ─ por meio dos levitas  ─, quando não haveria o perigo da arca cair. E não  transportá-la num carro, com a possibilidade de cair e também de no trajeto ela, ainda que não caísse, ser  arranhada, pois as rodas daqueles carros ou carroças eram rígidas e não com pneumáticos como as modernas de hoje, que absorvem as trepidações oriundas dos buracos e ondulações do solo, daí, como vimos, a sua conseqüência ruim e fatal contra Uzá.  Também ─ bom é que se reitere que não fui eu quem inicialmente buscou comparação com esses fatos sobre a arca versus Obede-Edom ─; porque assim como teve conseqüências desastrosas o fazer como os filisteus fizeram, transportando a arca, tendo Uzá sido morto pelo Senhor. Ver-se-á também com clareza que a posterior espécie de comunismo cristão de Atos 2. 42-47, do partir do pão nas casas; desagradou a Deus, que mandou Saulo persegui-los (Gálatas 1. 15) para que eles começassem a evangelizar de fato, indo de casa em casa e até os confins da terra; sendo isso fácil de constatar na leitura e acompanhamento de todo o  livro de Atos a partir do capítulo oito.  

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A leitura ou entendimento do momento de Atos 2. 42-47 e de todo o conjunto dos primeiros sete capítulos, decididamente não tem nada a ver com igrejas em células. Também os textos de Romanos 16. 3-5 e I Cor. 16. 19 (a igreja na casa de Áquila e Priscila), o de Colossenses 4. 15 (a igreja na casa de Ninfas) e o de Filemom 1. 2 (a igreja na casa de Filemom), que são relatos dos períodos de transição, como os nossos hoje, onde temos eventualmente pontos de pregação em vários lares, que acabam se tornando igrejas, alugando ou construindo seus templos. Como também reuniões nos diversos lares, para oração, estudo bíblico e de igual modo para confraternização, todavia, ocupar perpetuamente por meios coercivos a casa de membros da igreja com se fora filiais da igreja matriz ou as indevidas igrejas em células não é um procedimento bíblico. E sim uma estratégia puramente humana e rasteira com objetivos financeiros e de mando megalomaníacos.

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Após esse retorno ao objetivo assunto igrejas em células a partir do Novo Testamento; gostaria de rapidamente concluir a vertente que me vi obrigado a trabalhar quanto à arca do concerto, agora no seu final, que foi o momento em que Davi conseguiu a conduzir até perto de sua casa em Jerusalém.

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Davi ao saber que a arca na sua estada na casa de Obede-Edom, não lhe causou nenhum problema e pelo contrário lhe trouxe bênçãos, resolveu intentar novamente o seu anterior projeto de trazê-la para Jerusalém. Que dessa outra vez o fez cercando-se de todos os cuidados, como o de transportá-la por intermédio de homens, os levitas (II Samuel 6. 12-13), que após terem dado seis passos sacrificaram bois e carneiros cevados, e a frente desse cortejo, o rei Davi dançava alegremente; nesta caminhada sem o uso de carros de boi; Davi se despiu do manto real ─ que alguns pensam ter Davi ficado em trajes sumários  ─, que assim não foi, pois tão-somente retirou o manto real, sendo por isso até objeto de escândalo de sua esposa Mical, entretanto, Davi, não somente se despiu do manto; mas usou também, como uma espécie de proteção espiritual, um aparato das vestes sacerdotal, conforme II Samuel 6. 14 ─ E Davi dançava com todas as suas forcas diante do Senhor; e estava Davi cingido dum éfode de linho. Vejamos o que era essa parte das vestes sacerdotal usada por Davi. No livro do Êxodo 28. 5-29 temos a descrição para a feitura do éfode, que reproduzirei somente os versículos 6, 7 e 8, por causa da sua extensão    e farão o é de ouro, azul, púrpura, carmesim e linho torcido, obra de desenhista. Terá duas ombreiras, que se unam às suas duas pontas, para que seja unido.  E o cinto de obra esmerada do éfode, que estará sobre ele, formando com ele uma só peça, será obra semelhante de ouro, azul, púrpura, carmesim e linho fino torcido. 
                
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Por estas ponderações, posso supor, que no momento em que Davi chegou diante da arca; tendo na mente ainda o acontecido há seis meses com Uzá, embora ali estando; se muniu de todas as preocupações; mas, decidido quanto ao levar a arca, inicialmente de forma tímida caminhou, e a medida do constatar o nada de mal acontecer, foi se alegrando e com grande jubilo dançou e dançou na frente do cortejo, entendendo o que estava sendo feito por ele como aprovado por Deus. 

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Tendo você observado toda argumentação que fiz até agora   e ainda vou continuar fazendo ─, certamente constatará, que embora não tenha sido eu que tenha introduzido essa busca de legitimar igrejas em células a partir da arca ir para a casa de Obede-Edom. Entretanto só estou usando porque os defensores de células viram no “superficial da arca do concerto, estando na casa dele e ele ser abençoado por Deus”; a rápida, tendenciosa e o apressadamente concluir como pertinente, para assim entendendo como um bom exemplo; tudo como ensinamento para ser praticado e até imposto aos membros das igrejas; desprezando ou não tendo aprendido que muitas e muitas coisas no texto sagrado são exemplos do que não se deve praticar ou o mostrar das conseqüências do se fez de errado, como no caso de Uzá. Também como expliquei e até especulei na direção de ter sido de Uzá a sugestão de proceder como o feito pelos filisteus quando devolveram a arca, ou melhor, dizendo agora, nessa efetiva comparação que vou fazer entre Atos capítulo dois e II Samuel capítulo seis. Eles, os judeus, inclusive os sacerdotes, com o aval do rei Davi; pegaram ou se aferiram pelo texto de I Samuel 6. 10-16, que foram os procedimentos usados pelos filisteus e estava registrado no livro de Samuel; daí veio a conclusão ingênua de muitos de nós ─ que foi também a deles:    É assim mesmo  ─,  pois está escrito na Bíblia que os filisteus fizeram desse modo e deu certo. Como vimos a conseqüência dessa interpretação ingênua e desastrosa deu no que deu, e por isso, já discuti e continuo amplamente discutindo aqui. 

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Exatamente como fora feito naquela época uma interpretação errada dos fatos narrados em I Samuel 6. 10-16, cujos mesmos procedimentos foram seguidos de maneira indevida, como se constata no procedimento incorreto descrito no texto de II Samuel 6. 3-5; é o mesmo que se está fazendo atualmente para com os textos de Atos dos apóstolos capítulo dois, para o qual é também feita essa mesma leitura simplista e tendenciosa; quando reitero ser tendenciosa isto é pelo fato; de além de ignorar tudo o que já expliquei quanto ao que chamei e chamo de Escatologia de Pedro; ainda foi se agravando e esse ignorar os cinco capítulos seguintes de Atos dos apóstolos; até o início do capítulo oito, e a então prática exatamente contrária a partir daí (o capítulo oito); e a também agravante de tentar tendenciosa e desesperadamente identificar esse negócio igrejas em células nas de fato igrejas mencionadas nas epístolas, que se reuniram transitoriamente em casas, em sinagogas e até em catacumbas (cemitérios). Tudo isso é realmente lamentável.

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Como foi visto nos dois exemplos bíblicos ─ o da morte de Uzá e o da perseguição movida por Saulo  ─, com a imediata morte de Estevão; foram esses dois acontecimentos reprovados por Deus e com conseqüências ruins. Objetivamente, agora, analisemos o que projeta ou o que de fato acontece após uma determinada igreja adotar a prática de igrejas em células. Como já tenho amplamente discutido neste trabalho, a idéia e prática de igrejas em células carrega ─ como já vimos ─, e quem está dentro disso sabe; que os mecanismos que norteiam os procedimentos delas, são extremamente coercivos e alienantes, como por exemplo, atribuir falta de maturidade espiritual aos que são reticentes em ceder suas casas para sediar as ditas células; também na evolução dos estudos  ─ que têm componentes de alienação ─; se trabalha o patrulhamento dos membros ─ e aí há uma coisa muito séria, que é a perseguição recíproca, porque não esqueça, que se você está observando ou efetivamente patrulhando pessoas para descobrir nelas  um dito antagonista, esse alguém ou essas pessoas podem também estar observando você. Que coisa terrível, antibíblica, pecaminosa e até desgraçadamente nada humana, que é ou será o ápice da hipocrisia e mentira, quando se fala sistematicamente ─ dizendo, inclusive, que o motivo principal de igrejas em células é a plena comunhão... Comunhão, que tipo de comunhão seria esta?

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    Acréscimo em 02 – 04 – 2015:
  Como tenho explicado em Blogs anteriores e posteriores a este: há em vários ramos ditos evangélicos maneira de fazer (modus operendi), ou exatamente quanto a sua constituição jurídica administrativa: quando, as que têm administração congregacional democrática, nas quais, você como membro vota e decide sobre o patrimônio e a administração das finanças dessa igreja. Agora a outra coisa maior, que são os macros impérios caça-níqueis: cuja relação dos fiéis com esse tipo de igreja é o de tão-somente aquele que paga e é instado a fazer trabalhos sociais de Merchandising da denominação e de seus ditos iluminados líderes Medalhões, que estão enriquecendo, não, como dizem: pelas bênçãos de Deus e sim pelo dinheiro dos ingênuos crédulos caçadores de curas e de bênçãos de Deus ─ que só chega para os líderes ─, neste mar de ditas curas de manipulação psicossomática... Voltando às ditas sérias  estratégias ingênuas de “pequenos grupos”; para as quais (lhes peço) considere de maneira séria em amplo Estudo; como tenho buscado mostrar aqui neste Trabalho, quando de maneira pormenorizada e contundente, não ter havido, absolutamente, no início da Igreja de Cristo este evangelismo Comunista alienante. E para melhorar o nível de informação sobre  Emblemático momento do desse importante início da Igreja de Cristo; de uma olhada no Blog Igreja Mil Membros ou Evangelho Horizontalwww.igrejamilmembros.blogspot.com , nos parágrafos de trinta e três (33) a setenta e nove (79) nos fragmentos V e VI de parte do meu livro por editar sobre Escatologia. O grave (coincidência desgraçada essa) é que justamente a partir dos primeiros eventos neotestamentários ─ com características de Comunismo ─; se criou o modismo erradamente eventual de reunião nos lares, que os oportunistas de plantão denominam de “pequenos grupos”, nada mais é que a Idéia das Milícias Comunistas (Milítisia), praticada amplamente no mundo Comunista, e para visualizar melhor existe hoje na Venezuela ─ “A Milícia Bolivariana” ─; senão analise os parágrafos seguintes: no componente da plena alienação ou total alinhamento (obediência) do grupo com as normas estabelecidas pela liderança da igreja; que pressupõe o total controle de todo o conjunto de ditas células pela chefia da igreja, exatamente como as milícias políticas, cujo objetivo é o controle político a impedir qualquer tipo de oposição a todo custo, como se está tentando atualmente no Brasil... Malícia político partidária, eu disse.              

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Para você que não conhece ainda as várias visões de igrejas em células, inclusive com alguns nomes e procedimentos iniciais sutis, para enredar os incautos, cito mais objetivamente o que falei no parágrafo anterior sobre o patrulhamento em busca de antagonistas; que é plenamente encontrado no Manual do Participante do Ministério Igrejas em Células, sob o título de Restaurando a Visão de Deus para a sua Igreja; no qual, da página 25 a 35, nesse manual; cuja aplicação é de um estudo intensivo semanal, no total de doze semanas de tópicos diferentes; no qual, aqui referido, o da quarta semana, com o título Relacionando-se um com os outros por meio da cruz, se ensina o fazer essa procura, que ironicamente seria, considerando o patrulhamento na busca desse dito antagonista, literalmente a mútua crucificação dos membros dessas células.

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Como tenho ponderado sistematicamente neste pequeno estudo; há em todo esse modismo dito igrejas em células e G-s, sempre ─ como aos poucos estamos vendo aqui  ─, a apelação e a avaliação em desacordo com a Bíblia, como está no tópico 10, semana 10, página 71 do manual citado acima; quando se chega ao momento muito grave desse processo, intitulado de Encontrando o poder edificador de Deus, quando se busca identifica uma espécie de diagnóstico patológico-espiritual, que tem na patologia letra “f” o que chamam de Fortalezas espirituais que estão na raiz. Não vou me estender muito nesta específica questão aqui; até porque, isso é exatamente aquele negócio obscuro, confuso e que mistura magia negra e feitiçaria com as coisas de Deus; porquanto não existem ditas fortalezas espirituais em quem não está possesso e sim no sentido ruim a plena carnalidade; que estimulada por Satanás, e o perigoso e desastroso é quando se mexe com isso de maneira biblicamente incorreta, sempre acontecem problemas sérios ─ sobre isso falo com detalhes no subtítulo Dom de discernir espíritos. Ainda, nesse mesmo tópico na página 72 temos a ilustração de onze formas comportamentais em pessoas ─ não sou ingênuo nem preconceituoso para o mal ─, pelo contrario, prudente, mas, ou por isto, vejo plenamente o perigo dessa literatura que pressupõe conduzir alienáveis; quando de fato é muito perigoso que se mande um determinado grupo dar nomes a diversos comportamentos que foram ilustrados por desenhos de pessoas; e espere que tão-somente o grupo nomeie os comportamentos e não rotule os do grupo vinculando-os aos personagens da ilustração. Método psicopedagógico tremendamente infeliz, inoportuno e predatório.
                   
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Algumas igrejas têm se aventurado nessa infeliz trajetória de igrejas em células, e têm crescido o seu número de membros, olhando, não para Jesus o autor e o que faz a nossa fé ser útil aos homens e agradável a Deus; e sim olhando para o dito sucesso megalomaníaco de David (Paul) Yonggi Cho e de outros pastores da outra América, que você irá entender o porquê dessa menção pejorativa, quando no segundo capítulo falarei um pouco do ministério pastoral dele. Observado os procedimentos e práticas nessas ditas vitoriosas igrejas em células; constata-se nelas, um perfil de igreja empresa, trinufalista e emocional, sociabilidade extremada e de pouco estudo bíblico à semelhança de clubes, que tornam os seus pastores, nos ricos líderes semideuses. Coisa que lembra muito, com toda certeza, a sétima igreja do Apocalipse, a de Laodicéia.   
        
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O traumático, mas, de alguma forma, bom e gera crescimento espiritual, é quando parte dessas igrejinhas que se reportam coercitivamente a uma determinada igreja-mãe, ganham maturidade e se separam e formam uma igreja normal com objetivos plenamente bíblicos. Ainda, um acontecimento mais traumático, entretanto na direção do bom é o quando a igreja que começa a caminhada de igrejas em células e acorda no meio do caminho; conseqüentemente tem uma ruptura forte, mas se o seu pastor for realmente espiritual e sua menbresia também o for, e junto a isto haver muita compreensão. Essa igreja se levantará e tornar-se-á numa ótima igreja espiritual. 
     
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Coerentemente citei textos que falam de igrejas nos lares, também, a minha linha de argumentação contempla ou tem contemplado o fortalecer a contradição; até porque, o que digo e o que escrevo sempre contemplam a minha Concomitância do Contraditório, que nos exige uma ampla, criteriosa e espiritual avaliação, antes da conclusão e uso de qualquer ensinamento bíblico. Isso permite e objetiva que eu faça uma pequena comparação entre o ficai e o Ide de Jesus. Se já deu para perceber; estarei vinculando ─ de alguma forma  ─, do ponto de vista do transitório, o ficai na visão de igrejas em células, e o Ide, a verdadeira forma ou estratégia bíblica de evangelismo.   

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O ficai (aguardar a vinda do Espírito Santo) é objetivo, claro e específico no texto sagrado; que tendo os escritores bíblicos, registrado quatro vezes o Ide, no caso do ficai, somente Lucas registrou, e o fez duas vezes como no registro do Ide; no seu Evangelho, Lucas 24. 49    E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder,  e o texto de Atos 1. 4    Estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual (disse eles) de mim ouvistes. Já que resolvemos    eu e você  ─, comparar o ficai (acima) e o ide de Jesus, conforme Marcos 16. 15 ─ E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura, e o texto de Atos 1. 8    Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.

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Primeiramente procuremos o que poderemos encontrar no Antigo Testamento, que possa ser associado ao ficai. Não poderemos usar o ficai para Abrão, pois seria desobediência dele o ficar em sua casa e não seguir a ordem de Deus.  De igual modo o ficai não serviria para Moisés, pois não teria nenhum sentido ele ficar com Getro, seu sogro e chamar a Faraó para vir ter com ele. Depois de ter ele tirado o povo de Israel do Egito, não seria nada racional, ficar no deserto e não caminhar para a conquista de terra prometida. Calma, vou procurar algum evento onde o ficar ou esperar acontecer seria correto, como o aguardar em Jerusalém os dez dias da vinda do Espírito Santo.

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Conforme o relato de II Crônicas capítulo 20, o rei de Judá Jeosafá foi informado de que viria sobre ele e o povo um grande exército, que o fez temer e buscar a Deus e apregoar jejum de todo o povo, e tendo buscado a Deus em oração; a resposta veio por intermédio de Jaaziel, filho de Zacarias, dizendo que Jeosafá e todo o povo não deveria se preocupar com o inimigo poderoso e sim confiar unicamente no Senhor ou objetivamente na direção do “ficai”; que eles deveriam ficar despreocupados e não fazer nada, ou tão-somente cantar louvores a Deus, pois Deus e que faria tudo. Está aí algo que parece com o ficar e aguardar que os vizinhos venham.

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Quanto ao “ide”, creio que o chamado de Isaías, como também os de todos outros desde a chamada de Abrão, pode nos dar o primeiro exemplo perfeito para essa analogia. O Senhor perguntou, conforme Isaías 6. 8    Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós?  Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. O ide é exatamente isto, ir, a mando de Deus. Comentarei mais nesta direção depois de falar sobre o ministério profético de Jeremias e Ezequiel.

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O profeta Jeremias quando do início do seu ministério; o Senhor nosso Deus disse-lhe, conforme está no capítulo primeiro do seu livro, Jeremias 1. 7    Mas o Senhor me respondeu: Não digas: Eu sou menino; porque a todos a quem eu te enviar, iras; e tudo quanto te mandar dirás.  

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O profeta Ezequiel, quando comissionado por Deus (Ezequiel 3. 4-15), a ele, foi informado previamente que seria enviado a um povo (Israel) ou a pessoas obstinadas, que segundo o próprio Deus; não o ouviriam, todavia a ordem era a de ir e falar. Essa ordem inicial; sete dias depois, ganhou contornos específicos quando o Senhor constituiu Ezequiel como atalaia. Exatamente como ao final do ministério terreno do Senhor Jesus, quando ele determina para todos nós o Ide e pregai e também ensinai. Sem me alongar mais, vou reproduzir textos específicos desses três profetas quanto ao Ide requerido deles, e o da grande comissão de Mateus (como das outras três), que é o Ide requerido de cada um nós que temos recebido a Cristo como Salvador.

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A Isaías o Senhor nosso Deus disse e ordenou objetivamente, conforme Isaías 6. 9    Disse, pois, ele: Vai, e dize a esse povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.  Ao profeta Jeremias, também o Senhor determina ir e falar ao povo de Judá, sendo essa a característica básica do comissionar de Deus a todos nós em todo o tempo. Vejamos o de Jeremias 1. 17    Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-lhes tudo o que eu te ordenar; não desanimes diante deles, para que eu não te desanime diante deles. De igual modo ao profeta Ezequiel, quando o constituiu como atalaia, inclusive, descrevendo a nuance ou a mensagem ou ainda o que deve ser dito àquele a quem se é enviado, conforme Ezequiel 3. 18-21 ─ Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei. Contudo se tu avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrera na sua iniqüidade; mas tu livraste a tua alma.  (...).  Mas se tu avisares o justo, para que o justo não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque recebeu o aviso; e tu livraste a tua alma.  Reduzi um pouco o texto, por ser extenso. Por fim o texto da grande comissão do evangelista Mateus, que se você observar com carinho o cerne ou o principio básico ou ainda os objetivos de Deus nesse Ide; verá claramente, o dar ciência do erro que se está cometendo ou avisar para que não seja cometido, e principalmente, após ter ciência disso, exercer o livre-arbítrio de seguir o ensinado ou não.

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Observe as características ou princípios do texto acima e no da grande comissão ou o ide segundo Mateus 28. 19    Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. O lamentável é e até irônico    e deveria ser motivo de vergonha para a maioria para dos que se intitulam cristãos sérios  ─, criticarem as Testemunhas de Jeová, quando são, justamente elas, as que praticam evangelismo genuíno ensinado por Jesus a seus discípulos que é  plenamente  praticado por elas. 
   
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Quanto ao contorno antropológico e sociológico dessa grande comissão de Mateus, em relação às outras três (as duas de Lucas e a de Marcos); no subtítulo O que é a Instituição Discipulado já comentei sobre isto. Agora, para concluir sobre o ficai e o ide. Objetiva e decididamente; o “ficar” em alguma casa e convidar vizinhos para ouvir o Evangelho, obviamente não tem ou terá nada a ver com o Ide da grande comissão; que teve a sua plena demonstração e prática durante o ministério do Senhor Jesus, através da comissão dos doze e a dos setenta, que mostra objetivamente o ir por todos os lugares, buscando atingir a todos indistintamente com a mensagem de Cristo. Outro ponto importantíssimo foi e é o de que não somos mandados para cooptar pessoas ou fazer amizade com elas ─ ainda que essa segunda opção seja cristã e desejável; mas sim, para lhes apresentar a Cristo como Salvador e ensinar sobre o Evangelho se elas assim o quiserem, e quanto à conversão, isto é e sempre será obra exclusiva do Espírito Santo. Fazer “amizadinha” com os vizinhos, reuniões nos lares para qualquer evento dentro da moral, e bons costumes é plenamente agradável e desejável, entretanto não empurremos esses procedimentos como instituição por goela abaixo das pessoas como se fosse a revelação da estratégia maravilhosa que Jesus se esqueceu de ensinar ou não sabia da sua importância.  
        
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O crescimento das igrejas não deve decididamente ser “recorrente” e sim exatamente decorrente, onde o buscar cooptar (recorrer) pessoas a fazer parte de determinada igreja; por ser ela uma instituição de convívio agradável, que afasta as pessoas de atividades pecaminosas ou ser o ambiente onde as famílias se sentem bem e os jovens se afastam da violência e das drogas. Tudo isso é bom, de alguma forma, entretanto não corresponde ao verdadeiro evangelismo (o ide de Jesus), que é o anunciar e ensinar o Evangelho de Cristo, de onde decorre ou decorrerá o crescimento das igrejas através do aceitá-lo como Salvador. Ou, entendamos objetivamente; as igrejas não devem crescer através de nenhuma fórmula mágica megalomaníaca; que fatalmente a fará inchar e não crescer, com a agravante desse inchaço atingir a sua qualidade espiritual, e sim, esse crescimento desejado ─ que não deve ser pensado ou perseguido; mas, exatamente no decorrer, advir,  provir, derivar, resultar, originar-se, ser conseqüência, do ingresso de pessoas realmente convertidas ao Senhor Jesus; cuja soma com os já existentes, formam ou formarão a verdadeira e numericamente suficiente igreja do Senhor, que deve conviver em harmonia e comunhão com os amigos e em compreensão e respeito aos inimigos do Evangelho.

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Para que você possa entender melhor o que pode ser tirado dessa comparação entre os adjetivos recorrente e decorrente. Como vimos na inicial informação acima; “recorrente seria literal e obviamente aquilo a que se recorre.” Que no caso do evangelismo através das ditas igrejas em células; os vizinhos são convidados e estabelece-se com eles, ali nas células, um relacionar-se cordial e amigável; que acaba os induzindo a fazerem parte da igreja a qual pertencemos ─ quer fazer, faça? A pergunta que não quer calar (perdoe o coloquial): ─ O que tem isso de mal? Nada, ou aparentemente nada! Neste responder; a primeira coisa que quero fazer é o identificar, moral e criminalmente estes seus vizinhos que você convidou ou convidaria para a sua célula ─ não quero nem considerar, aqueles que você julga antipático ou outras coisas. A estes, você os convida ou não os convida? Pode ponderar que há controvérsias, pois o bom-senso e as Escrituras apontam para restrições nos dois primeiros casos. Estou falando, não exatamente do que penso, e sim do que se pratica nesses negócios. Isso é o evangelismo das igrejas em células ou o que chamo de evangelismo recorrente ou ficai; diferente e completamente aquém do evangelismo do Senhor Jesus, o decorrente ou ide. Que é o evangelismo que vai de casa em casa ─  independente da condição moral, criminal ou qualquer restrição que entendamos ou queiramos atribuir aos evangelizáveis, porquanto o ide não pressupõe conhecermos e acharmos boas ou agradáveis, as pessoas as quais vamos anunciar a Jesus como Salvador. Em que, como expliquei no inicio sobre os dois adjetivos, “recorrente e decorrente”. O evangelismo recorrente coopta, conduz, estimula, via amizade àqueles nossos bons vizinhos (muitos com o perfil do mancebo de qualidade ou o jovem rico), a ingressarem na igreja pelos motivos que enumeramos acima, que a faz inchar e não crescer espiritualmente para a glória de Deus Pai.

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O evangelismo decorrente ou o ide é aquele já aprendido desde as primeiras igrejas e praticado ─ graças a Deus, ainda por algumas igrejas, que de vez em quanto é atropelado e até infamado por ditas estratégias humanas ─ como no caso de igrejas em células, o ficai recorrente; infama literal e ostensivamente a genuína estratégia de evangelismo ─ que foi a que evangelizou o mundo e continua evangelizando sem discriminação; assim foi feito pelos discípulos e os primeiros crentes, quando iam de casa em casa anunciando o Senhor Jesus como Salvador. Isso não tem nada de contra as reuniões nos lares (nem me coloca contra, como já expliquei no início) e sim contra a instituição igrejas em células, como tenho enumerado desde o começo desse trabalho. Ainda, fico perplexo e até muito preocupado, ao ver pastores e pessoas sérias se alinhando com essas ditas novidades de igrejas em células, e outras coisas que andam por ai; inclusive verbalizando suas regras e procedimentos e as incutindo na cabeça das pessoas, por entenderem serem essas coisas uma revisão de Deus ao que Jesus fez e ensinou de maneira errada.

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Como já falei, além do modo infamante como se referem ao evangelismo praticado por Jesus e seus discípulos; também infamam o que muitos de nós praticamos por muito tempo, que foi o evangelismo através de cultos ao ar livre, que nada mais foi e é o ar livre praticado por João Batista, conforme Mateus 3. 1-2 ─ Naqueles dias apareceu, João, o Batista, pregando no deserto da Judéia, dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. (...). Também o Senhor Jesus, quando no sermão do monte, no mesmo livro de Mateus 5. 1-48 (com sua continuação nos capítulos 6 e 7)    Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se os seus discípulos, e se pôs a ensiná-los, dizendo:  (...). Isso foi e é exatamente o evangelismo ao ar livre, que erradamente temos deixado de praticar ─ até porque, naquele evangelismo não se pedia dinheiro como é feito hoje ostensivamente na mídia, e mesmo a maioria de nós não o praticando mais; os defensores de células o infamam como se hoje isso fosse heresia. No pressuposto do que tenho explicado sobre o dito evangelismo que é “recorrente”. O evangelismo decorrente ou ide; do pregar ao ar livre ou ir de casa em casa, continua sendo o poderoso instrumento de Deus para a pregação do Evangelho, porquanto não temos que cooptar pessoas alienando-as  ─ como já disse reiteradas vezes, e sim pura e simplesmente anunciar a Cristo como Salvador; porquanto torná-los membros da Igreja e da “igreja”, será única e exclusivamente, obra do Espírito Santo do Senhor.

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Afirmo com toda certeza, que essa forma genuinamente bíblica é reveladora, pois pressupõe a simples e total ação de Deus através do seu Santo Espírito, no ou do Evangelho do Deus proprietário de tudo e de todos, conforme Deuteronômio 10. 14 Salmo 24. 1-2    Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam. Quando  esses, ou melhor, nós, os que cremos nesse Evangelho do Deus soberano e Senhor; que nele pode, e devem-se usar instrumentos e tecnologias novas; entretanto, não essas pseudo-s estratégias da porta larga do deus utilitário provedor de todas as coisas (já disse isso); de quem podemos exigir tudo, como vemos ostensivamente na mídia e nos púlpitos das ditas grandes igrejas das mirabolantes estratégias de evangelismo, que também é a da caça dos dízimos e das substanciais ofertas de crente alienados. 
                              
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Outro ponto crucial e descabido é o pressuposto “oco”, conseqüentemente nada racional; de que igrejas em células é o instrumento “mágico promotor” da plena comunhão. Se a princípio temos entendido o que é fatiar (dividir) em grupos um determinado universo de pessoas (a igreja); que a partir dessa divisão; agora cada um desses pedaços poderá plenamente relacionar-se dentro de si. ─  Até concordo com essa visão parcial e distorcida; se esquecermos da igreja-mãe e mirarmos tão-somente “uma célula”. Realmente essa uma célula será uma igrejinha, e poderá com facilidade promover o pleno relacionamento nesse pequeno grupo, todavia, “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa” (perdoe o desgastado coloquial). 

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Sejamos inteligentes e entendamos. Se tivermos o igrejão, que tem ou que manda em diversas igrejinhas, que têm no seu pequeno número de membros o pleno relacionamento, também saberemos, que com certeza, a soma das igrejinhas (o igrejão) não tem ou terá de maneira alguma plena comunhão entre os seus comunicantes celulares, que serão uma espécie de grupelhos dentro desse igrejão-grupão, e o pior; nessa visão de igrejas em células, isso não será medido ou não terá importância, pois esta pseudo-união será lida, avaliada e praticada como confraternização e congraçamento ─ como tem sido feito, no igrejão do pastorzão, que é o elo ou o referencial maior desse negócio chamado igrejas em células, quando elas se reúnem em torno desse liderzão ou se comunicam por relatórios que falam dessa nanica e infeliz comunhão localizada, que não tem ou se realiza de fato com todo o corpo, a igreja-mãe.

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Outra distorção ou incoerência das igrejas em células é se por um lado, se vende ostensivamente a idéia de amor, compreensão e plena comunhão, por outro lado ─ como já comentei no início; estabeleceu-se como regra, o não se importar muito com o preparo teológico e pedagógico dos dirigentes, senão que sejam plenamente obedientes às regras preestabelecidas e na contrapartida, nada reticentes a essas normas que pretendem ser bíblicas. E o pior! No grupo, deve-se monitorar e identificar; para até excluir do grupo, todo aquele que for rotulado de “antagonista”; numa clara truculência pedagógica; pra não dizer, não ser nada inteligente e plenamente contra a Palavra de Deus e até contra a dita comunhão celular.

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O que podemos esperar disso? Será exatamente ─ “dando certo”, teremos um enorme contingente de pessoas cooptadas e alienadas do verdadeiro entendimento bíblico e a serviço do líder semideuses, ou como tem acontecido com algumas igrejas: A total destruição da estrutura de relacionamento entre os irmãos, quando aqueles que são cooptados e condicionados nessa idéia, se insurgem contra os que querem discutir tranquilamente essa estratégia, os rotulando de antagonistas e os hostilizando no pressuposto de serem de pouca espiritualidade, coisa essa que tem levado igrejas a um mínimo de membros coerentes e com sentimento bereano (Atos 17. 11) e ter que trabalhar arduamente para se recompor... Será que coisas assim têm a ver com o Evangelho de Cristo? Ou porque são defendidas por pastores e lideres ávidos de macro poder; que foram seduzidos pelo número de membros da igreja de David (Paul) Yonggi Cho, que apontam para uma congregação com cerca de 730 mil membros envolvidos em mais de 25 mil células funcionando nos lares (nota de rodapé da página 30 do livro A quarta dimensão).  Levemos a sério mesmo, tudo o que nos é ensinado na Bíblia e o que Paulo nos diz em Gálatas 1. 6-9  Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho, o qual não é outro; senão que alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.   Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Creio que posso agora começar a falar de (Paul) Yonggi Cho.
        
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De forma objetiva e específica quero agora falar de (Paul) Yonggi Cho, até porque uma das características dos seus ensinamentos quanto ao nosso relacionamento com Deus (segundo Yonggi Cho) é a plena especificidade, porquanto como ele demonstrou com as suas experiências e ditas revelações. Deus teria e tem dificuldades em nos atender quando não somos exatamente específicos quanto aos nossos pedidos. Isto ele informa de maneira objetiva em dois casos no seu livro A quarta dimensão. No caso da irmã em Cristo que orava a mais de 10 anos pelo seu casamento; sendo ela de uma igreja que ele visitara. Quando antes de orar por aquela senhora; ensinou-lhe e exigiu que ela teria que ser objetiva e especificamente detalhar para Deus o seu pretendido e depois visualizá-lo em pensamento, ou seja, vê-lo exatamente como o imaginava, pois era essa a única maneira de Deus entender para atender, porque senão Deus não saberia como e quem era o pretendido por ela. O segundo caso, que no livro foi o primeiro, se refere ao próprio Cho, no início do seu ministério, quando ele pediu a Deus uma escrivaninha, uma cadeira e uma bicicleta. Passados seis meses e não tendo recebido. Questionou a Deus quanto a isto, e segundo ele o Espírito Santo do Senhor lhe disse: ─ “Sim, esse seu problema, é o problema de todos os meus filhos. Imploram exigindo todo tipo de coisas, mas o fazem com termos tão vagos que não posso responder. Será que não sabe que há dezenas de tipos de escrivaninha, de cadeiras e de bicicletas? E você me pediu uma escrivaninha, uma cadeira e uma bicicleta. Não pediu uma escrivaninha específica, nem uma cadeira e bicicleta específicas”. E após ter feito o pedido, com esse posterior entendimento que ele disse que lhe fora ensinado pelo Espírito Santo, concluiu: ─  Encomendei essas coisas em termos tão específicos que Deus não poderia cometer erro algum ao entregá-las”. Quanto a Deus necessitar saber exatamente o que queremos para nos atender, e se enganar se não souber. Não procure isso na Bíblia, pois não irá encontrar, e pelo contrário leia Romanos 8. 26-27. No mais, quanto a essa descabida afirmação de Cho, só perguntando a ele; de onde e “de quem exatamente” aprendeu isso? Que não foi o Espírito Santo como ele afirma. Sabendo eu, que qualquer pessoa que conheça a Bíblia concordará comigo.

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Sendo esta formação “orações específicas” coisa muito séria, embora já tenha citado acima o texto da carta aos Romanos vou fazer também de forma específica contrapontos com efetiva base bíblica e específica contextura. A primeira contraposição que faço vem de Tiago 4. 3 ─ Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Irônica e objetivamente Tiago diz aqui que esse falso específico pedido não é atendido por ser um pedido desagradável a Deus ─ sendo esclarecedora essa fala de Tiago, pois como afirma o nosso irmão Yonggi Cho, se o pedido não for específico Deus não entende. Mas se Deus entendeu que foi um mau pedido (como informa Tiago), isso infere que foi específico e não vai ser atendido. A outra ponderação, eu as tomo de Salomão e de Isaías. No livro II Crônicas 7. 14 ─ e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Também o que nos diz o profeta Isaías 59. 1-2 ─ Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir; mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça. Nem vou comentar esses dois textos, porquanto a grande maioria dos crentes em todo o mundo; os conhecem de cor e sabem exatamente como interpretá-los, todavia é seriamente preocupante que o irmão David (Paul) Yonggi Cho, tenha se deixado levar por uma ilusória revelação que colide frontalmente com o texto sagrado e o mais grave ainda; são os pastores e líderes sérios que não atentam para erros tão elementares como esse e os ensinem a crentes que se sentirão inibidos e até aceitarão essas coisas tão-somente pelo peso da autoridade desses seus líderes. Jesus, quando das suas informações no sermão do monte disse, conforme Mateus 6. 32-33  (Pois todas essas coisas os gentios procuram) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. De igual modo no texto já citado anteriormente, sem ser transcrito, Paulo diz carta aos Romanos 8. 26    Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. Pastores e lideranças que se aferem pelo irmão Yonggi Cho, por favor, em nome do Senhor Jesus examinem com mais cuidado o que ele tem escrito. Porque, se Paulo e demais servos de Deus que escreveram a Bíblia dizem uma determinada coisa. E especificamente Paulo quanto ao que o Espírito Santo dissera a ele; decididamente não pôde ter dito a Yonggi Cho algo diferente que se confronte com o que dissera a Paulo e outros escritores do texto sagrado; ou que tenha dado a Cho novas revelações que se sobreponham à Bíblia.

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Para concluir os contrapontos à heresia das orações específicas ensinadas por Yonggi Cho; nos vem à mente um texto de uma das cartas do apostolo João, que creio explica e sintetiza todas as outras citações que já fiz, como uma espécie de sinopse do assunto, quanto a qualquer condição, maneira, se específica ou o que qualquer “revelador ou revelando” queira sugerir ou impor, conforme João 5. 14 ─ E essa é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. Deus sabe exatamente o que pretendemos, ainda que dito de maneira confusa e não específica, e o que em ultima análise determina se receberemos ou não é exatamente a Sua vontade se sim, não ou espere. Tomemos todos os cuidados com esses ensinamentos vindos desses chamados “grandes líderes”. Deus é soberano!

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Realmente essa idéia de oração específica se constitui em algo sem a mínima consistência e sem base bíblica, porquanto como vimos, Paulo diz que “nós não sabemos o que pedir” (Romanos 8. 26b) e Tiago diz que “quando pedimos, o fazemos mal” (Tiago 4. 3), ainda, se formos nos aferir pela lógica quanto a isto. Os filósofos entendidos neste assunto, Aristóteles e Hegel, certamente nos diriam que dentro da visão lógica ─ pedindo eu especificamente algo que não é da vontade de Deus; no pressuposto desta descabida idéia, automaticamente Deus estaria impedido (não querer atender) de atender segundo a Sua vontade, não porque tivesse dificuldades quanto à ciência de dar  o que fora solicitado; mas, simplesmente pelo  elementar fato de não querer, pois a Seu juízo, o que fora pedido não seria o melhor e correto, pois, o atendimento teria que ser de acordo com o especificamente pedido. Só a misericórdia de Deus, para algo tão absurdo e fantasioso.


A PALAVRA RHÊMA E PAUL YOGGI CHO

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A Palavra de Deus e do seu Filho é viva e eficaz (Hebreus 4. 12-13), não porque foi adjetivada por esse ou aquele vocábulo, mas sim, exata e  simplesmente, por ser a Palavra de Deus (o que Deus falou). De igual modo, a palavra que qualquer um de nós profere não irá produzir alguma coisa por ser no grego rhêma (‛ρńμα) ou até logos (λóγος) ─ porque não existe essa descabida relação de dependência. Pelo contrário, ela (a palavra, ou aquilo que falamos) será eficaz se estiver de acordo com o que preceitua a Bíblia, se houver espiritualidade em quem a profere lhe dando autoridade em qualquer idioma ou dialeto e em última análise, terá que ser de acordo com a vontade de Deus.

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Já que citei acima o texto de Hebreus capítulo 4 ─ que vou explicar com detalhes após o pequeno retrospecto dessa questão rhêma versus logos. Buscando ajudar, de alguma forma, é bom trabalhar uma lista no grego de rhêma (‛ρήμα) e logos (λόγος), que são: Para rhêma ─ Mateus 4.4, João 17.8, Romanos 10.8, Romanos 10.17, Hebreus 1.3 e Hebreus 12.19, proferidas ou relativas a Deus, o Pai (seis no total). As relativas a Jesus são as dos textos: João 6.63, João 12.48 e Efésios 5.26 (três no total).  Agora observe os textos que se referem a Deus através da palavra logos (λόγος), que são: Marcos 7.13, Lucas 8.11, João 17.17, Romanos 3.2, I Tessalonicenses 2.13, Hebreus 4.12-13, Hebreus 5.12, Tito 3.8, I Pedro 1.23, II Pedro 3.5, I João 2.5, Apocalipse 19.13, Apocalipse 21.5, Apocalipse 22.6 e Apocalipse 22.18 (quinze no total). Também considere os textos nos quais logos (λόγος) é usado para identificação com o Senhor Jesus, que são: Mateus 24.35, Marcos 13.31, Lucas 4.22, Lucas 4.32, Lucas 21.33, Lucas 24.19, João 1.1, João 8.37, João 8.51, João 14.24, Atos 13.26, Atos 20.35, I Coríntios 1.18 3 Colossenses 3.16 (catorze no total).

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Como vimos nessa pequena amostragem  , constatamos o termo rhêma (grego, ‛ρήμα) sendo usado para a pessoa do Senhor nosso Deus seis vezes, e para a pessoa do Senhor Jesus três vezes. Entretanto, o termo logos (grego, λόγος) aparece 15 vezes (nessa rápida pesquisa) vinculado à pessoa de Deus, o Pai, e o mesmo termo logos ligado à pessoa do Senhor Jesus aparece 14 vezes (nessa também sucinta pesquisa), e de igual modo, o termo logos aparece em muitos outros textos; quando de forma geral é usado para identificar as outras diversas falas no Novo Testamento a que corresponde o vocábulo, palavra. Do exposto, vou aproveitar para fazer um comentário muito interessante a partir de dois textos do Novo Testamento, já listados aqui, que são: No texto de João 1.1, no qual aparece três vezes o termo logos (λόγος), ligado ou de forma efetiva como comparação (alegoria) do Senhor Jesus como sendo Ele o verbo (palavra)  que como já ponderei; se houvesse no texto bíblico essa descabida valorização da palavra rhêma  João não compararia Jesus a logos e sim a rhêma. O outro texto é o de Hebreus 4.12-13, onde o termo logos (λόγος) aparece duas vezes para identificar (de forma alegórica) Deus o Pai como sendo a Palavra; e atente para o fato de serem esses dois textos, elementos severamente importantes do ponto de vista da sistematização teológica.

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E para caminhar um pouco mais neste assunto, que é o de contestar a construção dessas ditas “premissas”, na maioria das vezes infantis e não pertinentes; que vou ─ a título de mostrar  haver coisas melhores (que se pode fazer) e não comprometem a “palavra” ou ensinamento do Evangelho ─ que só o faço aqui como exemplo, para mostrar a minha coerência e sinceridade. Que é: haver de maneira objetiva no texto sagrado; o Evangelho ser chamado ou corresponder  exatamente a Palavra de Deus (o discutido aqui é exatamente nessa direção), que como vimos é mais representado no Novo Testamento por logos (λόγος), conforme Mateus 4.4, Colossenses 3.16, Hebreus 4.12-13 e II Timóteo 2.11. Paulo em Romanos 1. 16, diz: ─ Porque não me envergonho do evangelho (grego, ε̉̉υγγέλιον), pois é o poder (grego, δύναμις) de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.  O Dr. Alfred Benhard Nobel (1833-1896), a partir da nitroglicerina inventou o explosivo ─ hoje muito útil na construção de túneis e extração de pedras, também implosão de prédios  ─, que levou o nome de dinamite (do grego, δύναμις ─ poder), também outros inventos seus, como a borracha sintética. Vemos aí a natural maximização de a palavra poder, que Paulo associou ao evangelho (que é a palavra de Deus). Daí, eu poder dizer em paráfrase: ─ Não me envergonho do evangelho de Cristo, porque ele é a DINAMITE (δύναμις, poder) ─ que explode o pecado ─, de Deus para salvação de todo aquele que crê. Perdoe o espírito forte do rô (grego, ‛ρ) minúsculo de rhêma à esquerda por falta de fonte no meu computador para colocá-lo em cima.   
                   
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Voltando a objetiva visão teológica de Cho. É muito interessante esse livro, A quarta dimensão de David (Paul) Yonggi Cho, pois, por meio dele, se pode com facilidade traçar um perfil quase que total da sua personalidade, das coisas que ele crê, e quanto a isto, de maneira plenamente objetiva o seu sincretismo budista-cristão, no qual basicamente todos os seus ensinamentos têm esse conteúdo, cujos básicos são mentalização, não pensar ou verbalizar coisas ruins, do outro modo, pensar e verbalizar coisas boas, e o mais grave que é o efetivo condicionar-se   coisa essa tão repugnante, que Paulo roga aos de Roma, que tenham com Deus um pleno relacionamento racional, até porque todos os problemas do mundo foram assumidos por Deus em função do nosso livre arbítrio que Ele muito preza e administra em nosso benefício, conforme Romanos 12. 1-3; entretanto o irmão Cho nos ensina exatamente o contrário na página 61 desse seu livro:    Adquira a linguagem bíblica, fale palavras de fé, alimente seu sistema nervoso com vocabulário construtivo, progressivo, produtivo e vitorioso. Enuncie essas palavras; continue a repeti-las, de modo que tenham controle do seu corpo inteiro. Assim, você se tornara vitorioso, pois estará completamente condicionado a enfrentar seu ambiente e suas circunstâncias e a alcançar o êxito. Essa é a primeira razão importante para usar a palavra falada: criar o poder de ter uma vida pessoal de êxito”. Esse ensinamento aqui sugerido por Cho, se fora realmente bíblico e verdadeiro, nem necessitaria da Bíblia, porquanto em qualquer chamada caixinha de promessas estão aí devidamente separados os textos que só fala das coisas que gostamos de ouvir como também presente na farta literatura da chamada auto-ajuda ; ou exatamente o que nos sugere o nosso irmão Yonggi Cho, diferentemente a Bíblia nos fala também de muitas dificuldades e derrotas que possam promover o  nosso crescimento espiritual e também nos exorta de maneira severa em muitos dos seus textos.

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Tenho certeza que você que está lendo este trabalho me perguntaria o porquê estar falando de maneira específica sobre David (Paul) Yonggi Cho nesse trabalho sobre igrejas em células e com esta carga de reprovação; sendo fácil responder a isto, ou você não sabe que é ele o referencial maior desta dita estratégia da deformação da Igreja de Cristo?

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O irmão Yonggi Cho, se revela neste seu livro como alguém extremamente ousado ─ e nos ensina a assim também ser. Sua ousadia criou e cria a clara possibilidade de conhecer o seu grau acentuado de inteligência e também megalomania; todavia não o vejo exatamente megalomaníaco, e sim, aquele que age como tal em dose exagerada, de megalomania, que se exterioriza no frenético buscar coisas grandes, tentando concomitantemente respaldo na Bíblia e em ditas revelações. Sendo o trágico e terrível quanto a isto é que ele está sendo o referencial e indutor ─ indutor não exatamente, e sim o seduzidor de líderes megalomaníacos e até aqueles que não o são; mas, acabam sendo seduzidos pela possibilidade de poder e riquezas, via a igreja de Deus, conforme Paulo advertiu a Timóteo que aconteceria.

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O evangelho destes movimentos macros, todos nós sabemos que é triunfalista e seduz multidões (como continua acontecendo), todavia é bom que tomemos todo o cuidado com isto e nos afastemos deste tipo de ensinamento, cujo abandono do racional e bíblico ou o confundindo com outras coisas que possam parecer boas. Como na grande e triunfal já passada reunião da igreja universal do reino de Deus acontecida no estádio do Maracanã, quando naquela reunião o bispo Macedo pisou centenas de óculos, quebrando-os a título de que aqueles que os usavam estariam curados, que não aconteceu, e o próprio Macedo usa óculos. Muito parecido com o relatado pelo próprio Cho ter acontecido na Coréia, através de jovens mal doutrinadas. Pode levar pessoas inocentes (como elas) quando manipuladas, por líderes irresponsáveis e de pouco conhecimento bíblico; a cometerem desatinos e até perderem a vida, como o caso dessas três jovens, relatado na página 76 do seu livro. ─ “O rio estava cheio, e a corrente era forte. As três moças ajoelharam-se, deram-se às mãos e citaram as Escrituras que mencionam Pedro caminhando sobre as águas. Disseram a todos que iriam repetir o milagre. À vista das demais jovens, entraram resolutamente nas águas. Afundaram imediatamente. Três dias mais tarde, seus corpos foram encontrados flutuando no mar.

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Esse triste incidente teve repercussões em toda a Coréia. Os jornais não-cristãos atacaram a fé. Traziam manchetes como estas: Deus dos cristãos  não pôde salvar moças, ou: “Por que seu Deus não respondeu às orações de fé”.

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‘Grave e preocupante é a maneira plenamente coerciva e sem a devida contrapartida de contexto bíblico, que o bom seria o que reclamo: Concomitância do contraditório, quando Yonggi Cho explica a procedência das suas conclusões, que parece ou não interessa que outros ensinamentos do texto sagrado colidam com estas suas conclusões, desde que ele tenha um dito bom argumento no qual se apoiar. No comentário que ele faz sobre esse grave incidente da morte das três jovens, diz que na oração feita, elas usaram a palavra Logos e não a palavra rhêma, quando na realidade, o que aquelas meninas fizeram, foi infelizmente “um ato de tentar a Deus” (Mateus 4. 5-7 e Lucas 4. 9-12), que lamentavelmente decorreu do péssimo ensinamento religioso recebido de lideranças triunfalistas e de pouco conhecimento bíblico, que têm levado pessoas inocentes a erros sérios como este registrado por Cho nesse seu livro. Quanto à dita palavra rhêma ─ que segundo Yonggi Cho, fora a que faltou às três jovens merece comentário maior. Pois o tema palavra rhêma é um subtítulo do livro dele, que foi retirado de Romanos 10. 17, usando-a como a palavra que realmente tem efeitos, e em contraponto a Logos, todavia ele admite e registra que Logos é de fato a palavra plenamente usada no texto sagrado ─ e de fato assim é. Porque numa rápida pesquisa do Novo Testamento, encontramos a ocorrência de 68 vezes a palavra (grego, λόγος), contra nove vezes da palavra (grego, ‛ρήμα), que remete a levar também em conta, ser a epístola aos romanos (de autoria de Paulo, pois a ditou), entretanto foi escrita por Tércio Romanos 16. 22  ; digo isto, por ser a palavra (λόγος) o mais presente nos demais escritos de Paulo. Não há no texto sagrado a sinalização ou a efetiva construção de neologismos ou maximização etimológica para determinados termos do grego, “dando-lhe conotação de propriedade evangélica”. Pelo contrário, para identificar plenamente o amor às riquezas (grego, πλϋτος), como idolatria, os escritores do Novo Testamento grafaram um vocábulo (palavra) de origem semítica (grego, μαμωνα ─ Mamon), que de fato identifica o amor às riquezas como idolatria. De igual modo para se referir a Deus como Pai misericordioso de forma carinhosa usou-se a palavra de origem aramaica (grego, Aββα ό Пατήρ -Aba, Pai!) ─ Marcos 14. 36, para a fala de Jesus no Getsêmane, Paulo escrevendo aos Romanos 8. 15 e aos Gálatas 4. 6. Com relação ao idioma grego; eles simplesmente usaram palavras do cotidiano plenamente entendido por todos; pois o grego koiné era o idioma amplamente falado naquela época, tanto que entendo (como já disse) ter sido o uso desse idioma uma instrumentalidade do próprio Deus, que se sinaliza claramente na septuaginta, o Antigo Testamento grego e no Novo Testamento, também o koiné.

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Ainda, para que possa ficar definitivamente entendido a improcedência dessa fantasia descabida cuja verdade plena é ser rhema sinônimo de logos e vice-versa  ─, senão observe o texto de João 12.48  Quem me rejeita, e não recebe as minhas palavras (grego, ‛ρήμα), já tem quem o julgue; a palavra (grego, λóγος) que tenho pregado, essa o julgará no último dia, que na parte a aparece o termo rhema e na parte b o termo logos, conforme o mostrado acima. Também, embora, de fato, as palavras rhema e logos sejam sinônimos, no evangelho de João, temos o registro de rhema onze vezes, cujos endereços são: João  3.3, João 5.47, João 6.68, João 8.20, João 8.47, João 10.21, João 12.47, João 12.48, João 14.10, João 15.7 e João 17.7. E para a palavra logos, 35 vezes    que é a mais usada, de um modo geral, pelos escritores do Novo Testamento, as quais são: João 1.1 (três vezes), João 1.14, João 2. 22,  João 4.39, João 4.41, João 5.24, João 5.38, João 6.68, João 7.36, João 7.40, João 8.31, João 8.37, João 8.43, João 8.51, João 8.52, João 8.55, João 10.19, João 10.35, João 12.38, João 12.48, João 14.23, João 15.3, João 15.20, João 15.25, João 17.6, João 17.14, João 17.17, João 17.20, João 18.9, João 18.32, João 19.8, João 19. 13 e João 21.23.  
              
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A maximização da palavra rhêma é uma especulação sem nenhuma base de sustentação bíblica, lingüística e histórica  ─ até porque a identificação prática feita por ele, David (Paul) Yonggi Cho, do que ela seria; tem exatamente contornos de sincretismo com filosofias e religiões orientais, que gerou para nós ocidentais a chamada Doutrina da Confissão Positiva. Ainda, temos que considerar do ponto de vista da Bíblia, ser muito sério estabelecer esse contraponto de rhêma contra ou representar mais do que logos (até por que elas são sinônimas); porquanto João escritor canônico, e os outros escritores do Novo Testamento, que foram validados por Jesus; estão acima de qualquer líder ou teólogo contemporâneo nosso. E foi precisamente João, quando associou o Senhor Jesus quanto ao agir, fazer e o ser (ação verbal), muito bem traduzido na nossa língua, como verbo, não usou para o mestre a alegoria rhêma e sim a palavra logos (grego,  λόγος). Ou como se poderia explicar algo tão despropositado, longe da verdade e do que é teológico, senão vejamos! Se qualquer pessoa diz a algum possesso, que o demônio que o está oprimindo saia em nome de Jesus; e segundo Cho ─ essa palavra ou maneira de falar teria que corresponder a rhêma; ou se essa pessoa expulsasse o demônio falando em grego e nessa fala de expulsão usasse rhema (grego, ‛ρήμα) ─ ou na realidade, o que é exatamente essa tal palavra nessa fantasia descabida  ─; que é do grego e não do hebraico, ou aramaico (para lhe dar alguma base no Antigo Testamento), não tendo, portanto nenhuma raiz etimológica com elas, que lhe dessem até uma pretensa conotação ou característica evangélica de uma espécie de termo mágico para se resolver tudo. Ou se pudesse ter os que defendem este entendimento diriam   é a palavra ‛ρήμα (rhêma), que é poderosa e tem que ser obedecida. Ah! Parece que Cho, e os que o seguem; querem dizer que quando alguém fala com autoridade dada por Deus, isso deve ser entendido como palavra rhêma; isto seria exatamente dizer que o sinônimo de logos o termo rhêma ─ corresponderia a uma espécie de palavra angelical, não uma língua estranha, a semelhança do Pentecostes e “sim uma palavra a ser considerada estranha” ─ porque ela pertence ao idioma grego, como o seu sinônimo logos. Se você que segue esse entendimento, não está gostando do que estou dizendo; tente ser compreensivo e comece a pensar um pouco mais na direção do que estou explicando, porque constatará; que se eu e você estamos agora pensando no texto no original grego, teremos que concluir que logos estava (e está)  presente em várias inserções do vocábulo palavra em todo o texto sagrado, sendo essa palavra do homem (idioma humano), não tem ou terá em si nenhum valor espiritual; mas, sendo de Deus, terá que ser parecida com rhêma. Afinal de contas, logos, vale alguma coisa ou é uma palavra de pouco valor e até pouco recomendável para o texto sagrado? Se assim o for, o Novo Testamento estará invalidado. Graças a Deus que eu não me deixei envolver por essa fantasia descabida; senão rasgaria imediatamente pelo menos o evangelho de João ─ até porque já temos problemas demais na nossa língua com esses modismos: tais como Palavra Profética e a filha da rhêma, a chamada Confissão Positiva ─, suas epístolas e o livro do Apocalipse, pelo simples e objetivo fato de João ter atribuído a Jesus a palavra logos, três vezes, conforme João 1. 1 e não rhêma (parece até que João e os demais escritores do Novo Testamento não gostavam muito desse vocábulo, porquanto, pouco a usaram), que nessa visão fantasiosa; o entendimento e espiritualidade de João estariam, não em desacordo com rhêma e sim muito longe do pleno conhecimento das coisas de Deus. Complicando até o Senhor Jesus, que não teria visto essa incapacidade espiritual de João em não identificá-lo como rhêma e sim como logos.

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Ainda, há que se considerar que o evangelho de João foi escrito no final do primeiro século; quando os três sinópticos e as epístolas de Pedro, a de Tiago e as de Paulo já estavam escritas, e todos os assuntos teológicos já estavam em plena discussão e sistematização, não constando esse da maximização da palavra rhêma.  Pelo contrário, foi justamente nessa época e nesse escrito, o evangelho de João; que ele grafou porque entendeu ser perfeitamente normal e correto chamar (alegoria) o Senhor Jesus de LOGOS (por ser o termo mais usado) e não rhêma, conforme  João 1. 1, aqui, três vezes a palavra logos; que é mais um fato muito importante  histórico-sociológico da hermenêutica, que quando não é levada a sério acontecem erros lamentáveis como esse do pseudo endeusamento da palavra rhêma em detrimento de LOGOS, que é a que aparece mais vezes que rhêma no Novo testamento.

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Também, é importante considerar o absurdo filosófico dessa conclusão de Yonggi Cho. Porque primeiro não há nenhuma de fato maximização para rhêma; entretanto, desde o filósofo Heráclito de Éfeso (540-470 a.C) o do devir e os quatro elementos: fogo, água, terra e ar, ou ainda a visão filosófica, do para baixo (terra) e para cima (ar); maximizou o termo logos, quando lhe deu o sentido também de “razão”, que no decorrer da história, se desdobrou em: tratado; estudo; discurso; menção; declaração; afirmação; dito; provérbio; decisão, resolução; ordem; Proclamação, ensinamento; doutrina; filósofo, definição, hipótese; tradição, pacto; palavra; verbo; condição; tradição; oráculo; mito; palavra revelada; diálogo; obra; escritura; norma; razão divina; fundamento; plano; preceito e outros entendimentos que somam 55; isto, segundo o Dicionário do Grego do Novo Testamento de Carlos Rusconi, como também aparece em outros Dicionários do grego. Quando a partir daí esse entendimento para esse vocábulo; o fez ganhar grande peso lingüístico, que foi crescendo ─ como o entendemos hoje e no início da era cristã essa importância tornou-se até “decorrente”  ─ e o seu quase que prioritário uso na escrita do Novo Testamento, como se vê principalmente nos escritos de João. Essa visível proeminência do termo logos sobre rhema, entretanto sem conotação espiritual ─ exatamente diferente do que ensina Paul Yonggi Cho  ─, possivelmente foi isso, mais um dos motivos do amplo uso do vocábulo logos no texto sagrado. Essa também outra informação ─ que é um fato filosófico e histórico  ─, torna a especulação herética de Paul Yonggi Cho, quanto a rhema, como algo por demais infantil, perigosamente teológico e desprovido de razão (que é também logos) e de uma pesquisa hermenêutica frágil, inconseqüente e sem seriedade.

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O fato importante foi de toda pujança da cultura e filosofia grega ganharem sua fase de ascensão a partir do sexto século antes de Cristo, e se expandiu por todo o mundo então conhecido por ação de Alexandre o Grande; quando consolidou a hegemonia Greco-macedônia, contrariando o seu professor, o grande filósofo Aristóteles que dizia ser a cultura grega exclusivamente deles, Alexandre difundiu a cultura e o idioma grego por todos os seus domínios, que antes pertencia aos Medos-persas.

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O interessante quanto a isso foi que posteriormente, mesmo após a consolidação do Império Romano com Otávio, o augusto em 27 a.C.; a cultura e o idioma grego, anteriormente difundido com o nome de koiné (comum) ─ que carregava também dentro de todas as ponderações que fiz sobre o vocábulo logos ─ continuaram presentes em todo o mundo então conhecido, com a mesmo força ─ como a tinha na hegemonia Greco-macedônia. E isto ─ como já expliquei anteriormente ─, teve a vertente importantíssima da filosofia, que no caso específico do termo (vocábulo) logos, aconteceu precisamente a partir dos postulados de Heráclito de Éfeso, no seu devir, quando ele atribuiu a logos (palavra) o também entendimento “razão”, e de igual modo ─ nesta ampliação do entendimento do vocábulo logos, dissera algo surpreendente do ponto de vista metafísico, na afirmação: Os homens são obtusos com relação ao ser logos, tanto antes como depois que ouviram falar dele; e não parecem conhecê-lo, ainda que tudo aconteça segundo o logos. 
      
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Está aí, um fator importantíssimo do ponto de vista cultural e didático para o uso prioritário do vocábulo logos em detrimento de rhema ou exatamente o contrário desta fantasia herética defendida por Yonggi Cho. E de forma conseqüente João e os demais escritores neotestamentários tiveram também este forte motivo filosófico e de melhor forma de informação teológica, a partir de um termo (vocábulo) mais abrangente no seu sentido etimológico e semântico. Coisa, que quem escreve sobre determinado assunto, deve ter o mínimo necessário de informação sobre o mesmo, principalmente quando se trata de algo que atribua a Deus, quer como fala ou ato. E quanto ao específico escrever, é pressuposto primário e prioritário, que se busquem termos (palavras, vocábulos), os mais usuais possíveis do conhecimento e entendimento daqueles aos quais queremos informar, o que demandou a presença ostensiva de logos na escrita do Novo Testamento.

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Também, sendo o evangelho de João bem diferente dos três de fato sinópticos Mateus, Marcos e Lucas; cujos dois primeiros tinham como público alvo, a igreja judia e o de Lucas, as igrejas num todo    até porque Lucas era gentio ─; diferentemente o evangelho de João mistura história (a saga do ministério de Jesus) com considerações teológicas suas; numa clara consciência, também presente nos três sinópticos, da cultura e do idioma  grego; quando, considerando isso, na medida do que não colidia com o Evangelho de Jesus, ele (João) aproveitou os elementos didáticos da então predominante cultura helênica e idioma grego, como já acontecera com os outros escritores do Novo Testamento, que escreveram antes dele, usando exatamente o grego koiné; que ainda,  considerando fato; de ter sido inicialmente o evangelho de Mateus  ─ ou segundo Mateus,  (escrito inicialmente em aramaico e depois vertido para o grego), ou como o de cada um dos evangelistas;  creio que você deve ter notado, quando me refiro aos ensinamentos de Jesus, uso para Evangelho a grafia maiúscula e para os registros dos evangelistas a minúscula. São estes alguns dos componentes hermenêuticos, que cabem e também são necessários (podendo ser explicado) para se ter uma segurança mínima no construir doutrinas e regras teológicas, sendo isto, o que faltou a Yonggi Cho nessa desastrosa maximização do vocábulo rhema em detrimento de logos.  

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Ainda, não esqueçamos Anaxágoras (500-428 a.C.), filósofo de Clezômena na Jônia, que para sua visão filosófica do princípio (grego, αρхє), aventou a idéia do νους ou νοός, que em português corresponde a: mente; compreensão; inteligência; modo de entender, conforme Lucas 24. 45; intenção, desejo, conforme Romanos 7. 23-25, e de forma objetiva Anaxágoras deu ao seu entendimento nous (transliteração) a idéia de razão ou uma espécie de espírito controlador ou exatamente as características dadas por Heráclito ao logos, inclusive, há na obra de Platão Fedon; considerável comentário de Sócrates sobre Anaxágoras e o seu nous, que ele disse ter se apaixonado pela Idéia, entretanto, se decepcionou no seguimento das ponderações de Anaxágoras, que também contemplava os quatro elementos de Heráclito, quando depois de Platão, em Aristóteles esses quatro elementos foram sistematizados; o que durou até John Dalton (1766-1844), que provou de forma empírica a existência do átomo e a definitiva improcedência dos quatro elementos como base da formação de tudo no mundo.

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Também, e até muito é interessante isto. O fato de que desde o Gênesis, Deus nos foi apresentado na Bíblia como transcendente e precisamente na idéia de um ser ou ente espiritual (o Espírito de Deus), conforme Gênesis 1. 2. Disto se conclui, ser praticamente impossível que, de alguma forma, esse entendimento de Deus ─ Θεός, termo inventado (criado) pelos gregos ─ que é transcendente e fora plenamente identificado com o tetragrama do hebraico YHVH (transliteração), não tivesse penetrado a cultura e filosofia grega  ─; cuja ocorrência em Heráclito e Anaxágoras (quinto século antes de Cristo), porque esse entendimento existia na literatura político-religiosa do povo judeu desde 4000 anos antes de Cristo (idade da história efetivamente escrita) ou 3500 anos presente entre os judeus antes de Heráclito e Anaxágoras, com características exatamente transcendentes. Além, de no período dessas ocorrências nesses dois filósofos, estava também presente a todo o tempo na cultura grega a idéia de transcendência, no Panteão dos deuses gregos. Parece-me que Paul Yonggi Cho e diversos teólogos têm dificuldades com todas essas informações históricas, culturais, filosóficas e teológicas.
                                               
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Creio ter dito o suficiente quanto a David (Paul) Yonggi Cho versus igrejas em células; porque a questão não é se milhares aderem a isto ou aquilo; pois os meios não podem justificar os fins e sim o verdadeiro Evangelho sendo pregado e pessoas amando e desejando a volta de Jesus e não nos milhares que crêem que Deus os ama e os quer fazer prósperos e felizes nesse mundo que jaz no maligno.

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Todavia, para concluir quanto ao irmão Cho, o “ícone” desse negócio chamado igrejas em células  ─ inclusive exercendo o que é legal quanto ao crédito ao autor e também respeitando o que preceitua a Editora Vida (que editou o livro)  ─; terminarei citando um pequeno texto do mesmo livro. Aproveitando antes para trazer à lembrança o que disse Voltaire, quanto à crítica ou aprovação que se possa fazer sobre a obra de alguém. Para não gostar e ser contra o que escrevi. É necessário que este meu trabalho seja lido e estudado com profundidade como fiz com o livro A quarta dimensão do irmão Yonggi Cho.           

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A citação que faço agora para concluir sobre igrejas em células e de modo mais específico sobre David (Paul) Yonggi Cho, é justamente a que dentre outras, mostra, de maneira clara, a personalidade, inteligência, grau exacerbado de megalomania e ousadia de Yonggi Cho, que está na página 113 desse seu livro, A quarta dimensão, quando disse a um determinado gerente de banco: ─ “Senhor, vim aqui com um projeto tremendo e vou lhe fazer um grande favor. ─ Sim. Se o senhor me fizer um pequeno favor, posso trazer-lhe 10 mil contas novas para o primeiro ano ─ disse-lhe. Dez mil contas novas? ― exclamou ele. ─ Apanhe o telefone e peça informações a meu respeito. Sou o dr. Yonggi Cho, pastor da maior igreja evangélica da Coréia. Nossa igreja possui mais de 10 mil membros, e tenho grande autoridade sobre todos esse cristãos. Posso fazer com que todos eles transfiram suas contas para seu banco no ano que vem. Far-lhe-ei esse tremendo favor se o senhor me fizer um pequeno.”  

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Toda esta demonstração de habilidade, inteligência e exacerbado domínio sobre a vida de pessoas que têm o livre-arbítrio e o direito de exercê-lo, não havendo por parte dele respeito quanto a isto    que na citação acima, Cho diz ser dono da vontade daqueles crentes  ─,  mostrando parecer que  estas lideranças não têm entendido e respeitando isto, pois, todas impropriedades foram exercidas na direção de conseguir um cheque de cinqüenta mil dólares sem oferecer garantias ─  que ele conseguiu ─; não sendo tão fácil assim, pois demandou mais habilidade ainda de Cho, inclusive, quando usou de chantagem para com o presidente do banco, quando disse:    Se o senhor não o fizer ─  interrompi  ─, tenho outros lugares aonde ir. Poderia fazer esse favor ao banco Cho Heung”. Decididamente não estou aqui patrulhando o irmão Yonggi Cho e os demais chefões evangélicos ─ até porque este posicionamento meu, do ponto de vista da ótica humana pode me prejudicar grandemente quanto à veiculação deste e de outros meus trabalhos em função da unanimidade que ele é e estes mega ministérios têm  , todavia, como disse Pedro também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita; e em Atos 4.19, também diz: “importa agradar a Deus e não a homens”; que faço racionalmente e buscando me apoiar na revelação plena já existente no texto sagrado, da qual não abro mão ─ não que não creia em revelações e profecias, que denomino de “domésticas”, como busco informar no denominado de Os dons do Espírito Santo no estudo sobre profecias.

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Entendo já ter sido muito claro quanto à deformação ou a idéia anti-bíblica de mega congregações; que não têm nenhuma base no Novo Testamento, pelo contrário, como já expliquei, o que nos é ensinado ajusta-se a idéia de pequenas congregações autônomas que se reportam diretamente ao seu pastor e ali se resolvem tendo o Senhor Jesus como cabeça. Seminaristas e pastores auxiliares dediquem-se com amor e afinco à sua igreja e ao comando do seu pastor presidente; entretanto jejue, ore e clame insistentemente a Deus, em nome do Senhor Jesus, que se produza na mente dos pastores presidentes a grandeza de alugar ou construir congregações, e remetê-los devidamente aprovados por ele e a igreja a qual pertença; para esta agora autônoma e plenamente igreja, cujo vínculo com a igreja mãe seja tão-somente o fraternal e dos mesmos princípios.

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Para sintetizar e mostrar o pleno horizonte do que tenho veementemente defendido aqui; vou fazer uma pequena análise a partir da geografia dentro da visão cartográfica. Como sabemos, o nosso planeta terra tem a forma esférica (geóide). A cartografia o mapeou a partir dessa forma, onde guardada as devidas proporções, aqui literal, objetiva e direta, levando-se em conta a óbvia escala, se tem a plena visão de todas as regiões, ressalvando quanto à questão topográfica. Convencionou-se também a linha chamada do Equador (que divide os dois hemisférios) e as demais paralelas divididas em graus para norte e para o sul, que mede a latitude no sentido este e oeste; o meridiano de Greenwich, que convenciona na interseção com a linha do Equador, o marco zero e os demais meridianos divididos também em graus, 180º oeste e leste, que mede a longitude no sentido norte e sul. De igual modo convencionou-se duas outras linhas circulares: o Trópico de Câncer (norte) e o de Capricórnio (sul), respectivamente com 230 27’ 30’’ de inclinação em relação à órbita elíptica da terra versus o seu centro e o centro do sol. Essas convenções exatamente associadas ao mapeamento do esférico (geóide) da terra e do sol.

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Questões de ordem econômica, navegação e domínio do saber, fizeram com que se procurasse a maneira mais fácil de trabalhar com todos estes dados, quando da criação do planisfério ou as cartas e mapas planificados. Que na projeção de Gerhard Kremer, codinome Mercator, a mais usada hoje, na de Mollwile, na de Peters; quer na cilíndrica, cônica, azimutal ou plana. Onde na projeção cilíndrica, em todos os pontos que estão bem próximos da linha do Equador e com graus perto de zero na direção latitude, quer norte ou sul, a deformação é praticamente nula; entretanto, caminhando na direção latitude, aos pólos, quer norte ou sul, teremos uma deformação crescente no que diz respeito às áreas ou janelas ─ como nós Batistas gostamos de chamar essas áreas geradas pelas intercessões de paralelas com os meridianos. Na projeção cônica; já começa a haver deformação a partir do zero da linha do Equador, que é decrescente (para menor área), até a latitude 450 (deformação máxima, para área menor), diminuindo essa deformação, à medida que se aproxima de um dos pólos. O maravilhoso quanto a isso foi e é a plena administração ─ poder trabalhar operacionalmente com essa convenção que envolve dentro de si deformações que podem e são administradas pelo homem.  Estou fazendo esse trabalho de informar quanto à convenção planisfério, porque quero compará-la a algo importantíssimo relacionado com igrejas versus a “deformação igrejas filiais” e conseqüentemente com esse outro negócio chamado igrejas em células.

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João fala do dia do arrebatamento no seu relato do Apocalipse 1. 7  Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o Verá, até os que o transpassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém. Sendo que esse relato de João já havia sido feito por Jesus no final do seu ministério, conforme Mateus 24. 30 ─  Então aparecerá no céu o sinal do filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. Isso, me permite trabalhar na direção de que o olhar ou o ver de Deus, os nossos atos e tudo o que acontece no planeta terra, não implicará necessariamente; se Deus estivesse de frente para o Brasil. Para ver o Japão teria que dar  uma volta de 1800 ou ter o poder de fazer curva com o olhar    essa conjectura elementar e infantil é para se poder raciocinar quanto a algo importante relativo a nós seres humanos, que é o dito nos textos acima, que todos veremos a vinda de Jesus    um plano de onde, de todas as suas regiões  sairão olhares vetoriais na direção Dele, como se todo o globo terrestre fosse algo à semelhança dos mapas planificados. Pensemos agora no fato de que os cartógrafos conseguiram planificar de maneira administrável a superfície esférica da terra. Por quê? Deus o Senhor de todas as coisas não pode ver toda a superfície da terra ao mesmo tempo, e de igual modo, as nossas orações não precisam fazer curva; pois em nome de Jesus seguem, como um vetor, diretamente para Deus, e não só isso, mas tudo acontece no momento em que Ele julgar necessário ou simplesmente quiser.

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Essa avaliação nos leva a algo muito sério diretamente ligado às igrejas, que é a repugnante centralização de poder exercido pelos pastores presidentes de igrejas matrizes, bispos, missionários, apóstolos e outros chefões ditos evangélicos. Oportunamente, se alguém quiser me processar pelo dito aqui; que fique bem claro não estar contestando esse estado de coisas do ponto de vista legal (constitucional) e sim bíblico ─ que remete ser a minha contestação avaliada via o Direito de fé e a Constituição maior, que é a Bíblia, a qual estabelece normas para tudo isto  ─; quando quem ocupa o lugar de Cristo na chefia de igrejas já resolvidas e com seu pastor, está em total contraposição com princípios bíblicos, e terá que dar contas ao Senhor na sua volta.

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Porque não foi este o modelo criado por Jesus o Filho unigênito de Deus e seguido pelos seus apóstolos; senão lembremos-nos do seu exemplo e de suas palavras. O Senhor não nasceu filho de uma princesa judia que morava em um palácio, não foi atendido, para o seu nascimento em um hospital ou maternidade “cinco estrelas” ─ onde são tratados os grandes líderes, que dizem ao povo serem procuradores de Deus e que vão curar-lhes todas as suas enfermidades ─ quando se vêem diante da menor dor de barriga, vão imediatamente para esses centros médicos vips especiais.
   
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Jesus, nascido em Belém, cidade da Judéia ─ para provar o seu vínculo profético com a realeza de Davi, todavia, para que também nele não houvesse nenhum referencial de ostentação. O parto que o trouxe ao mundo aconteceu em uma infecta estrebaria, e teve como berço uma manjedoura um cocho, recipiente de comida de animais. A sua origem (moradia) foi a da pouco recomendável região da Galiléia, conforme a profecia de Isaías 9. 1-7 e precisamente na cidade de Nazaré, que ensejou a censura de Natanael quanto a essa sua origem, como o registro de João 1. 46 ─ Perguntou-lhe Natanael: Pode haver coisa boa vinda de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê. De igual modo os fariseus buscaram o desautorizar pela sua origem, que de fato era humilde e de uma região obscura como profetizou Isaías, conforme João 7. 52 ─ Responderam-lhe eles: Es tu também da Galiléia? Examina e vê que da Galiléia não surge profeta. E como o próprio Jesus disse, conforme Mateus 8. 20 e Lucas 9. 58    Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. No mais quanto a Jesus, leia também o texto de Isaías 53. 3 ─ Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado em nos sofrimentos; e, como um quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum (ler todo o capítulo). Que descreve essa parte importantíssima do ministério dele e em Isaías 61, também todo o capítulo, que muitas lideranças gostam de se apropriar, como se fosse para si ─ outros, o citam para seus líderes, por falta de conhecimento bíblico, senão leia Lucas 4. 14-21, onde o Senhor Jesus informa que o texto de Isaías 61 é uma profecia sobre a sua pessoa. Se quem usurpa o lugar de Jesus e quer também copiá-lo, não tente pela sua glória, pois nessa posição não poderão fazê-lo, e sim tentem pelo possível e correto, a estrebaria infecta, sua vida terrena humilde e a rude cruz.
    
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Esse é o Senhor Jesus cabeça da Igreja e das igrejas; que os chefões usurpam o seu lugar na chefia delas, entretanto não querem agir como aquele humilde Rabi e ser como ele no que viveu e sofreu, este é o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Filho unigênito do Deus.

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Também com relação aos apóstolos, os chefões terão grande dificuldade em tomá-los como exemplo, pois nenhum deles ficou rico à expensas do Evangelho, pelo contrario foram perseguidos e maltratados, tendo tido, inclusive, a maioria deles morte violenta e espoliação dos seus bens, excetuando o apóstolo João e Pedro, que morreram de velhice. Citei aqui o apóstolo Pedro propositadamente, porque a tradição católica romana diz que ele morreu crucificado de cabeça para baixo em Roma. Não sendo isso decididamente verdade. Primeiro porque não há prova histórica de que Pedro tenha estado em Roma e ali ter sido crucificado; e outro fato interessante e contundente é o do Evangelho de João ter sido escrito por volta do ano 90, Pedro era bem mais velho que João e possivelmente já havia morrido nessa época, e precisamente no seu evangelho (João 21. 18-19) ele registrou uma profecia anterior de Jesus dizendo que Pedro morreria de velhice. Que ele, agora fazendo esse registro já no final do primeiro século fala disso como realmente assim tivesse acontecido (versículo 19a). No meu livro Ceia, sim! Cruz, não! Esse assunto foi amplamente debatido. 
              
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Quando falei anteriormente da visão de Deus tendo o globo terrestre como planificado; pensei também imediatamente na nossa relação vetorial com Ele  ─ que é um vetor (alegoria geométrica) que sai de cada um de nós exatamente na direção de Deus, e no caso de cada igreja através do seu pastor; é e terá que ser sempre assim. Imagine agora uma igreja filial ou célula, onde qualquer célula que tenha sua efetiva administração espiritual é de fato uma igreja no Senhor, que do ponto de vista dessa institucionalização desses mega negócios, quando em orações ou se dirigindo a Deus, dentro dessa visão da dependência hierárquica. Considerando a alegoria vetorial que tenho proposto. Teríamos o vetor que sai dessa igreja na direção da matriz, e da matriz, sendo sancionado pelo que tem autoridade e manda e desmanda, como diz o irmão Yonggi Cho, sairia outro vetor na direção de Deus. Decididamente não existe a relação com Deus, via um intermediário pastorzão ou qualquer outro chefão, que dentro desta alegoria vetorial seria o contato bi-vetorial, ou um vetor que vai a um ponto central, e deste, para chegar Deus (como o explicado acima). A nossa relação com Deus é plenamente uno-vetorial e em nome do Senhor Jesus, como Ele ensinou à mulher samaritana e conseqüentemente a nós, conforme João 4. 23-24. Explicando melhor essa questão uno-vetorial. Temos como ensinamento bíblico que existe a de fato essa relação nossa para com Deus e Dele para nós, quando demonstrei não existir relação de dependência de pastor da filial versus o da matriz para se chegar a Deus. Que de igual modo o texto sagrado mostra no livro do Apocalipse (nas sete cartas às igrejas da Ásia); Deus se dirigindo de maneira alegórica a anjos (pastores) e não arcanjo, como na antiga aliança, quando havia sumo sacerdote, que era alegoria de Jesus, que se findou nele, ou de fato a efetivos pastores e não a ditos apóstolos, missionários, bispos e semideuses, que não são legitimados pelo texto bíblico.         
     
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Não sei se estou me fazendo entender plenamente quanto a essa alegoria da planificação do globo terrestre na nossa relação com Deus, todavia, vou prosseguir para fechar essa questão. Se nós realmente estudamos a Bíblia e nos preocupamos com as importantes diretrizes estabelecidas por Deus para a nossa vida; constataremos a importância da grande comissão e da forma de evangelizar estabelecida por Jesus, a qual se sintetizou, operacionalizou e objetivamente se materializou no evangelismo da comissão dos doze e na comissão dos setenta; e por inferência é o modo operacional ou a verdadeira estratégia de Deus para a evangelização a nós exigida na grande comissão, que não tem nada a ver com esse sistema de igrejas em células, que é os fins sendo justificados pelos meios.

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Também, um ser humano estar diante de multidão para falar das coisas de Deus é legítimo e perfeitamente normal diante de Deus; entretanto é herético e usurpação daquilo pertence a Deus e ao seu Filho o Senhor Jesus; a autoridade e mando de um homem sobre milhares de servos do Senhor, que do ponto de vista humano só se reportam ao seu efetivo pastor, que é o que as conhece e as apascenta de fato.

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A outra questão clara no Novo Testamento é a opção estabelecida por Deus; isso sinalizado desde o cativeiro babilônico pelas pequenas congregações autônomas ─ muito claras no texto sagrado ─; que dentro da visão de planificação do globo terrestre Deus quer ver pequenos núcleos aqui e ali, espalhados horizontalmente... O estudo sério das Escrituras me permite dizer que Deus não se alegra em ver grandes templos erguidos para a glória do líderzão e não Dele. E grandes aglomerações, em detrimento da ausência de pequenos templos em várias regiões, sejam no Brasil ou qualquer outro país; que nesta idéia do ponto de vista do direito bíblico de cada pastor ter o devido suprimento das suas necessidades com dignidade; pois digno é o obreiro do seu salário, a que deveriam estar atentos os que controlam várias igrejas e pastores, e têm grandes templos, vinculando-os à vontade de Deus. Quando  essas coisas grandes só causam transtornos de mobilidade, ecológicos e de toda ordem de dificuldades em função da presença indevida de um grande número de pessoas num determinado lugar. Que analisando com sinceridade só interessa de fato ao sentimento de megalomania do líder. Sendo que isso não quer dizer que não se faça eventos evangélicos específicos e transitórios de grande porte, como falei acima de evangelismo.

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Ouso afirmar que Deus está dizendo, não sendo levado a sério; a esses queridos pastores que controlam outras igrejas, bispos, apóstolos, missionários e outros que quase se intitulam como semideuses. Que usem esses milhares e até milhões de reais ou de outra moeda qualquer, em outros países e plantem igrejas em regiões onde o evangelho ainda não está sendo pregado, mandem para lá aqueles pastores seus auxiliares que são dignos de confiança e dê total autonomia a essa nova igreja. Se isso for feito de maneira séria, em pouco tempo o Senhor nosso Deus, ao olhar para o nosso planeta terá a satisfação em ver que estamos fazendo conforme o que a Bíblia ensina.
                                                           
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Tome de igual modo todo o cuidado com as citações bíblicas aleatórias que visam legitimar igrejas em células, sem o devido estudo dos casos; quanto ao momento sociológico, político e religioso, que geram para certos modos de fazer este ou aquele procedimento narrado no texto bíblico, que de forma contraditória colidem com a Bíblia; e já que aqui estamos falando em nível acima do básico; observe citações como Atos 1.13-15 e Atos 2. 2, que se refere a cenáculo e não exatamente residência. Sem me alongar nesse assunto no momento, vou listar textos que se refere à efetiva ação de Jesus e posteriormente dos apóstolos no templo e nas sinagogas, que inclusive algumas se tornaram igrejas. A lista é a seguinte: Mateus 12. 9-15, Mateus  21. 23-27, Mateus 24. 1-2, Marcos 1. 21-25, Marcos 6. 1-3, Marcos 11. 27-33, Marcos 12. 35-37, Lucas 2. 39-52, Lucas 6. 6-11, Lucas 20. 1-8, João 5. 13-15, João 7. 10-15, João 8. 1-2, João 10. 22-28, Atos 2. 4, Atos 3. 1, Atos 3.11-26, Atos 4. 1-4, Atos 5. 17-32, Atos 5. 17-32, Atos 9. 19-22, Atos 13. 5, Atos 13. 13-16, Atos 14. 1-3, Atos 17. 1-4, Atos 17. 10-11, Atos 18. 4, Atos 18. 18-22, Atos 21. 26.

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O ponderado aqui teve uma visão ampla sobre igrejas em células, que como busquei demonstrar; as mais certinhas e equilibradas formulações praticadas aqui e ali, nessa ou naquela igreja ─ que estariam dando certo e promovendo o crescimento dessas igrejas. Aceitando e entendendo isso, peço a você que está lendo esse trabalho considere com seriedade tudo o que aqui foi dito, as palavras do Senhor Jesus e de Paulo quando avisaram quanto ao caminho mais fácil e dissociado do que é bíblico.

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Finalizando, essa deformação igrejas em células, decididamente (como tenho explicado) é o que poderíamos chamar, desculpe o coloquial, “forçar a barra”, pois o que efetivamente aconteceu foi: Primeiramente, a evangelização dos judeus através da comissão dos doze e dos setenta ─ também por João Batista que apontava para Jesus; e no período apostólico após a perseguição de Saulo (Atos 8. 1). Leiam todo o capítulo oito de Atos para saber exatamente o que foi o evangelismo da igreja de Jerusalém e de modo especial a do diácono Filipe. A partir do capítulo nove; a conversão de Saulo, suas viagens missionárias, que seguiram a metodologia das primeiras comissões criadas por Jesus, dos doze e dos setenta  ─ irem de dois em dois ou em um, como Filipe ou mais de dois, como Pedro indo a Cornélio sendo acompanhado por alguns irmãos.

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É este o verdadeiro evangelismo bíblico. E não estou falando contra reuniões, pontos de pregação e até igrejas em casas, porque afinal de contas nós crentes de igrejas sérias, conhecemos esse tipo de trabalho, desde que o Evangelho chegou ao Brasil; e creio que você vivenciou o participar daquelas reuniões nos lares, posterior ponto de pregação e depois igreja. Foi exatamente assim que aconteceu com a igreja primitiva, após o evangelismo feito pelos crentes de casa em casa. Até porque esse modismo igrejas em células está exatamente a partir de alguém que já fora evangelizado e cede sua casa. Quando o pressuposto da “estratégia” do Senhor Jesus, dois em dois, de casa em casa, busca prioritariamente atingir àquele que não conhece a Palavra e abrir a sua casa para o Evangelho.

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Não estou aqui criticando ou falando contra a qualquer coisa que se faça nos lares em nome de Jesus. Agora, estou sim veementemente denunciando esse modismo pseudo-evangélico da instituição chamada igreja em células, cujo pressuposto é o gigantismo das igrejas em função do domínio e projeção do líder.
              
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Essa ponderação final também é para lhe trazer a lembrança o início desse modismo, o G12; que teve praticamente rejeição total de todas as igrejas assim que apareceu. Onde os modelos atuais se têm mostrado mais sedutores, pois atenuaram o componente de alienação do mecanismo operacional tornando-o menos agressivo, cujo pressuposto básico ainda é vigente em todos ─ comporem as lideranças com crentes que não façam questionamentos quanto aos métodos e com novos convertidos. Sem os “chamados encontros traumáticos de alienação”, como foi amplamente divulgado e rejeitado por muitos pastores. Seja o G (grupo) de qualquer quantidade de pessoas, com maior ou menor grau de alienação, tenha que resultado tiver; se próximo ao de Yonggi Cho ou não. Igreja em células como instituição é exatamente o que procurei explicar nesse pequeno estudo ─ os fins sendo justificados pelos meios, que não tem base bíblica e nem Maquiavel concordaria com isto ─; sendo muito grave, porquanto ele associa essa consideração a de “todo o mundo ser (a grande maioria) do vulgo” ou pouco inteligentes, nos quais, alguns que entendem alguma coisa não são ouvidos e até perseguidos.

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Se você está convivendo com o início de igrejas em células em sua igreja observe, não sei se está observando; e você que não convive com isto em sua igreja estude o assunto e observe tudo o que já disse e estes pontos que estou sintetizando para memorização. O processo coercivo de implantação da idéia de igrejas em células começa por omitir o nome ou a de fato denominação igrejas em células; que paulatinamente aqui e ali vai aos poucos sendo insinuado. Após se conseguir a cooptação de parte importante da liderança, o nome aparece; aos poucos vai se buscando também incutir a idéia na mente dos que se mostram refratários ou reticentes, que a medida da diminuição do seu número, passam a ser tratados como crentes de pouca visão espiritual ─ coisa esta que desde o início do processo de cooptação é dito de maneira amena, porém continuada; que aqueles que não entendem ou aceitam a idéia de igrejas em células não serem crentes espirituais; que conduz ─ nesse processo de alienação espiritual ─ contra a estes que estão legitimamente exercendo o direito bíblico de examinar, reter e praticar, o que for bíblico, justo e agradável a Deus   a um estado de culpa ou acabam sendo cooptados nesse processo de alienação.

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Estratégia genuinamente bíblica ou a perfeita forma de evangelizar e conseqüentemente ensinar é a que foi ensinada por Jesus; do ir de casa em casa ─ a comissão dos doze e a dos setenta, e posteriormente o trabalho feito pelos apóstolos ─ examinem as viagens missionárias de Paulo, nas quais, esta forma verdadeiramente bíblica de fazer um trabalho sério, possibilita de fato o atingir a todos que ainda não conhecem o Evangelho. Porquanto, se formos a todas as casas, teremos realmente ido e pregado a todos, cuja conversão depende única e exclusivamente do Espírito Santo. Igreja em célula é puramente um expediente humano que agrega a visão centralizada da antiga aliança ─ já passada, inverídica base bíblica neotestamentária, objetivo megalomaníaco e o mecanismo de alienação, que tenho mostrado desde o início. Embora se apresente como algo plenamente espiritual, todavia merece ser rejeitada e combatida veementemente, porque em contraposição com o ir de casa em casa, esse negócio só atingirá os vizinhos dos membros desta igreja. Embora tenha detalhado no decorrer do estudo a vertente de alienação e motivação triunfalista deste modismo; peço-lhe observar com carinho o comportamento emocional e discurso de fé da maioria dos crentes que você conhecia e que agora são membros de igrejas que praticam esta dita estratégia.

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Para concluir sobre essa improcedente visão células, que tenho ponderado veementemente não corresponder à verdade bíblica; é bom lembrar-se de Isaac Newton pela sua grande autoridade moral, científica e teológica, pois criou leis na área da física e da matemática e até estudos abrangentes de teologia e escatologia. Daí o ser importante ouvi-lo quanto ao que seja falso ou verdade. O economista e mestre em história da ciência da PUC-SP, Roberto César de Castro Rios, quando num ensaio denominado Isaac Newton e a Casa da Moeda, sobre o grande físico, matemático, astrônomo e também teólogo Isaac Newton (1643-1727); falando do período em que Newton foi responsável pela emissão de moeda na Inglaterra, aproveitou no termino desse trabalho para citar uma máxima dele que aparece na conclusão dos seus manuscritos sobre teologia e escatologia; denominado por ele, de Theological Manuscript, que sintetiza o que temos defendido quanto à seriedade no que estudamos e concluímos: Apud: robertocrc@terra.com.br ─ “Um homem pode imaginar coisas que são falsas, mas só pode compreender aquilo que é verdadeiro”.


                                                         
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A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Espero, que o divulgado por mim até agora tanto neste, como nos Blogs anteriores  ─, esteja sendo entendido exatamente no que me propus ao escrevê-los. Mais ainda, quanto à intenção desses estudos, que é o sincero interesse em contribuir para o melhor entendimento de todas essas questões e interagir com os possíveis interessados.

Sendo o próximo Blog (o quinto) que postarei sobre o assunto Predestinação Absoluta, a sistematizada por João Calvino; cujo estudo contemplará a sua vertente inicial ou raiz, que foi a Doutrina da Iluminação Divina de Santo Agostinho, incorporada por Calvino na conclusão dos seus Cinco Pontos da Predestinação Absoluta, conto com a sua expectativa e pleno contínuo interesse.
 
Desde já obrigado,       


                        JORGE VIDAL egrojladiv@yahoo.com.br